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Identitarismo

Simone Tebet e a demagogia identitária para promover a direita

Golpistas do Senado saem em defesa do feminismo, mas onde estavam quando aconteceram ataques machistas e o golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff?

Nesta terça, 21 de setembro, a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 contou com o depoimento do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário. O que deveria ser mais uma reunião costumeira da CPI – com frases de efeitos dos senadores direitistas para suas redes sociais contra os depoentes ligados ao governo, com o intuito de forjar uma oposição a Bolsonaro –, se tornou um assunto viral na internet, mas não pelos golpes baixos dos parlamentares que tentam a todo custo emplacar um candidato da terceira via nas eleições de 2022, mas porque o ministro chamou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de descontrolada.

Tudo aconteceu quando, ao final da intervenção da senadora, o ministro da CGU respondeu que ela deveria ler novamente o processo, pois teria falado uma série de inverdades. Após tal declaração a senadora com seu ego ferido, subiu o tom e emplacou um bate-boca e troca de ofensas com o ministro, até que o ele tentando mostrar-se como civilizado e para sair por cima da situação apontou o estado descontrolado da senadora. Imediatamente ele foi repreendido por colegas depoentes e, claro, pelos super-feministas senadores da República.

Diversos senadores logo anunciaram que fala do ministro foi machista, nota-se com destaque a reação do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), que logo se exaltou a gritar repetidamente “seja machista aqui não”. Outro feminista de plantão do Senado, o senador Otto Alencar, do partido “ultra-feminista” PSD-BA, não deixou a oportunidade passar e disse que Rosário quis agredir Simone Tebet e o Senado Federal. Já Omar Aziz, presidente da CPI e do também partido “feminista” PSD-AM, disse que a fala do ministro foi um ataque à senadora e pediu para que a condição do ministro na CPI fosse convertida de testemunha para investigado. Pedido este que foi acolhido pelo senador mais “feminista” de todos, Renan Calheiros (MDB-AL).

Mais uma vez, a esquerda pequeno burguesa ficou a reboque da direita com o uso do identitarismo. O caso serviu não para denunciar a direita golpista ou a CPI, e menos ainda a golpista Simone Tebet. Mas foi uma manobra para a esquerda ficar à reboque da direita, se solidarizar e transformar golpistas e inimigos do povo, como Simone Tebet e Renan Calheiros, em civilizados e patronos da luta da mulher.

Uma palavra apenas serviu para que a esquerda identitária esquecesse o passado sujo da direita, em particular da senadora Simone Tebet, latifundiária do estado do Mato Grosso do Sul, um dos estados onde o latifúndio e sua bancada no Congresso Nacional mais esmagam os indígenas. Mas tudo foi esquecido e a esquerda identitária se unifica com sanguessusgas no Congresso para fazer demagogia eleitoreira.

Mais uma vez o identitarismo serve para a direita. A discussão e denuncias da política de ataque aos trabalhadores é susbtituída por um suposto machismo usado num termo. Não fazem absolutamente nada para defender a mulher dentro do Congresso, mas usam essa discussão de termos para propagandear sanguessugas e a terceira via.

É preciso denunciar a esquerda identitária e que mudança de termos ou uso de palavras não mudam a situação da mulher em nada. Só um governo dos trabalhadores, pode ter bases capazes de pressionar pelas pautas de emancipação da mulher. A CPI da covid tem seu papel muito claro: fingir uma oposição a Bolsonaro e viabilizar a candidatura da terceira via nas eleições de 2022. É preciso intensificar a palavra de ordem “Lula Presidente” para combater as manobras da burguesia contra o povo e contra as mulheres.

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