Na última segunda-feria (11), Sima Bahous, diretora executiva da ONU Mulheres, levantou a necessidade de se investigar relatos de estupro e tráfico humano nas fronteiras da Ucrânia devido à operação russa no país. Trata-se de mais uma tentativa do imperialismo de caluniar a Rússia.
O órgão em questão faz parte da Organização das Nações Unidas e, pretensamente, existe para promover e defender a igualdade de gênero e o “empoderamento” feminino, seja lá o que isso signifique.
“A combinação de deslocamento em massa com a grande presença de recrutas e mercenários e a brutalidade exibida contra civis ucranianos levantou todas as bandeiras vermelhas”, disse Bahous, sem apresentar qualquer tipo de prova.
Ainda de acordo com a entidade, há um risco aumentado de tráfico de pessoas nas fronteiras, principalmente de jovens mulheres. No mais, não há nada concreto, apenas um risco, sem qualquer evidência clara, o que já é suficiente para servir de calúnia contra a Rússia.
Para completar, Bahous levantou a necessidade de uma resposta humanitária sensível ao gênero, mais uma típica demagogia do imperialismo.
Essa sensibilidade toda da ONU passa despercebida e é capaz de comover os mais desatentos, mas é importante esclarecer que se trata de uma campanha publicitária contra as ações do governo Putin em confronto contra as forças imperialistas. Afinal, o papel da ONU é garantir os interesses do capitalismo, mais um aparato que serve aos seus interesses, que oprime os mais diversos povos no mundo todo, subjugando-os à mais completa barbárie sem qualquer apoio humanitário.
As incontáveis provas de abuso, violência sexual e exploração das tropas americanas em guerras como do Iraque e Afeganistão nunca foram levadas adiante por organizações humanitárias, que nada mais são que órgãos do imperialismo que fazem serviços demagógicos em terras arrasadas por eles mesmo.
A ONU mulheres nunca levantou preocupações em relação às denúncias contra o exército dos Estados Unidos sobre sua atuação em casos de pedofilia no Afeganistão, por exemplo. É exatamente por isso que se deve pôr em dúvida qualquer denúncia desse tipo de gente contra os russos no caso da Ucrânia.
Por fim, temos o caso de Julian Assange, jornalista que denunciou os crimes executados pelos Estados Unidos justamente nas guerras do Iraque e Afeganistão e que, por isso, tornou-se um preso político do imperialismo. Dentre dezenas de acusações, uma delas, litigada pelo governo da Suécia, é justamente a de exploração sexual.
Vemos, então, que existe um modus operandi do imperialismo que utiliza preocupações reais da luta das mulheres para impor a sua política ao redor do mundo. Tudo isso, claro, embelezado pelo verniz do identitarismo. Finalmente, aqueles que ousam duvidar das denúncias imperialistas contra os oprimidos são prontamente “cancelados” como machistas.
Por isso, as denúncias contra a Rússia e o governo Putin levantadas por organismos do imperialismo devem ser, no mínimo, questionadas. Sem provas concretas, qualquer tipo de acusação se torna uma calúnia e, portanto, não deve ser levada à sério.