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Identitarismo

Número de candidatas à cargos públicos não importa

À medida em que as eleições se aproximam, imprensa burguesa inicia uma campanha demagógica em prol de candidaturas femininas

A Imprensa burguesa já começou a demagogia com as candidaturas femininas para as eleições. 

A Folha de São Paulo noticiou que o número de mulheres pré-candidatas às eleições de 2022 caiu em relação a 2018. Em 2018 foram 30 candidatas aos governos estaduais, o que equivale a 15% das candidaturas. Até o momento, dos 161 pré-candidatos, 22 são mulheres, o que equivale a 14%. 

Este número pode baixar após as convenções dos partidos que deverão referendar ou não as candidaturas. No momento, das 27 unidades federativas, apenas 14 poderão ter mulheres como candidatas ao Executivo Estadual. Será uma candidata mulher para cada sete candidatos homens. Vale lembrar que 53% do eleitorado brasileiro é de mulheres.

A imprensa burguesa ainda lembra que apenas seis estados tiveram até hoje mulheres como governadoras. São eles:  Rio de Janeiro, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Roraima.

O Rio Grande do Norte é o único estado que teve três mulheres governadoras, e a atual Fátima Bezerra (PT), caso seja reeleita, vai se igualar às outras duas mulheres que conseguiram esse feito, Roseana Sarney (PFL/MDB) no Maranhão, e Wilma de Faria (Avante), no Rio de Janeiro. 

Fátima Bezerra avalia que a diminuição do número de mulheres candidatas se dá devido ao governo Jair Bolsonaro, que segundo ela, “é menos aberto à diversidade de gênero”. No entanto, em 2014, quando o governo era de uma mulher do campo progressista, a ex-Presidente Dilma Rousseff, o número de candidatas mulheres foi de 20, representando apenas 11% dos candidatos. 

Fato é que tudo isso é uma baboseira, uma demagogia da imprensa burguesa com a situação da mulher. A grande verdade é que não importa o número de mulheres candidatas, pois são todas candidaturas burguesas. Tais candidaturas não impulsionam a emancipação da mulher, não são um fator progressista e não são indicativos concretos da evolução da luta da mulher. 

O Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo do PCO está sempre pontuando essa questão sobre as mulheres em cargos políticos. Já começa pelas legendas. Das nove mulheres que já foram governadoras no Brasil, seis são de partidos da direita; já a primeira mulher que exerceu o cargo no Brasil, a Janilene Vasconcelos de Melo, nomeada governadora de Rondônia por 42 dias em 1982, não tinha partido, isto é, também era da direita. 

Fica bem fácil de perceber o quanto que apenas ter mulheres em cargos políticos não quer dizer nada para a emancipação da mulher quando vemos as tais mulheres que chegam ao poder.

Vamos começar por Damares Alves (Republicanos). É Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro e até agora só fez retroceder a condição das mulheres,. Inclusive, em 2021, usou apenas 24% das verbas destinadas aos programas contra a violência das mulheres; No governo Biden, temos Kamala Harris, considerada uma capitã do mato que não só ataca as mulheres americanas, bem como a população negra; Condoleezza Rice, Secretária de estado do Bush, disse que “a guerra no Iraque vale a pena”; Margaret Thatcher foi primeiro ministra do Reino Unido de 1979 a 1990. Quando ela morreu em 2013, muitos comemoraram dizendo que havia chegado a hora da bruxa morrer.  Era chamada de a Dama de ferro e instituiu políticas econômicas ultra conservadoras que destruíram milhares de empregos; Ângela Merkel ficou a frente da Alemanha de 2005 a 2021, uma ditadora  que impôs políticas duríssimas a países menores como Grécia e Portugal, a fim de encher os cofres dos bancos especuladores alemães; e o que dizer de Madeleine Albright? Primeira mulher secretária de estado nos EUA, responsável pela morte de mais de 500 mil crianças iraquianas, teve a indecência de dizer que o preço valeu a pena.

Ainda no Brasil temos deputadas como Tábata do Amaral, Simone Tebet, Joice Hasselmann e outras que votaram contra os trabalhadores em todas as oportunidades. 

Fica claro, portanto, que o que importa é a política da pessoa, não o gênero. A única forma de emancipar a mulher é por meio da luta pelo socialismo, e somente figuras ligadas aos trabalhadores podem levar essa luta adiante de maneira consequente.

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