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Demagogia pura

“Mulher vota em mulher”, mas Tebet vota contra as mulheres

Por isso o identitarismo é uma armadilha contra Lula, a esquerda e os trabalhadores

O slogan principal da campanha de Simone Tebet, a candidata número 1 da burguesia golpista, é a frase “mulher vota em mulher”. Se colocando como uma defensora das mulheres, se auto intitulando uma feminista liberal, que luta contra o “machismo” e contra a desigualdade entre homens e mulheres, Tebet busca surfar na principal campanha demagógica e identitária do imperialismo no momento.

A mulher do latifúndio

Para isso, conta com o apoio de todo o principal setor da burguesia brasileira e do próprio imperialismo, que a fizeram ser o centro das atenções da recente campanha eleitoral. No entanto, como comprovado por meio de uma série de reportagens realizadas pelo Diário Causa Operária, em “Tebet quer Paula Guedes em seu Ministério da Economia” e “A “feminista” Tebet não teve “sororidade” com Dilma Rousseff“, Simone Tebet possui uma candidatura extremamente delicada, na qual tudo que ela precisa apresentar ser é justamente o completo oposto do que a candidata sempre defendeu em toda sua trajetória política.

A campanha identitária fez de Tebet tornar-se uma feminista, no entanto seu passado permanece inalterado. Desde o início de sua carreira política, Simone Tebet esteve diretamente alinhada com a política majoritária da burguesia contra os trabalhadores. Isso pode ser destacado, sobretudo, com sua defesa do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, curiosamente a única mulher eleita presidente na história brasileira, como também em toda a sua política posterior, alinhada diretamente ao regime golpista.

Como destacado, Tebet não é apenas responsável pela derrubada de Dilma Rousseff, como também pelo resultado posterior ao golpe de Estado devido a sua política de aliança com os latifundiários e da defesa do que há de pior na política golpista. Entre as medidas defendidas pela Senadora, destaca-se seus votos contra as mulheres na reforma trabalhista e na chamada “reforma tributária”, como também em inúmeros projetos contra a população indígena.

A mulher do golpe

Nesse sentido, Simone Tebet se destaca como uma das principais senadoras que defenderam e votaram favoráveis à reforma trabalhista aprovada em 2017, um dos primeiros e mais importantes ataques realizados pelo golpe de Estado aos trabalhadores. Na época encabeçado por Michel Temer, a reforma trabalhista apoiada por Simone Tebet foi responsável por quebrar todos os principais direitos da classe trabalhadora, inclusive o direito das mulheres e até mesmo das grávidas, das mães que Tebet afirma representar.

Além de empurrar para a informalidade milhões de mulheres trabalhadoras, Simone Tebet ainda acompanhou o governo Bolsonaro em 86% das tramitações que chegaram ao Senado segundo apurações da Agência Pública, sendo classificada puramente como “governista”, ou seja, uma apoiadora de todas as políticas do regime golpista e do governo Bolsonaro.

Tebet inclusive, antes de ser conhecida como a “defensora das mulheres”, era popularmente marcada pela sua política defensora dos ataques às trabalhadoras, como também à população indígena. Sobre este segundo tema, Tebet se destacou já em 2015 ao atuar na homologação da PL 480, que visava alterar o Estatuto do Índio, dificultando ainda mais a demarcação de terras indígenas.

A mulher inimiga das mulheres

Sendo conhecida por ser inimiga dos índios – e ela mesmo uma latifundiária – e inimiga das trabalhadoras, Tebet pretende continuar toda sua política criminosa em seu eventual governo. Além de seu retrospecto, todas as suas escolhas para ministérios, a “equipe dos sonhos”, como foi anunciada, consiste sobretudo em aliados de Paulo Guedes no governo Bolsonaro e uma série de importantes nomes do governo de Fernando Henrique Cardoso, pessoas de confiança do último mais importante governo neoliberal no Brasil.

O caso revela que Simone Tebet não passa de uma demagoga, revela a farsa da política identitária para as mulheres e na realidade, apenas uma fachada para atacar os direitos dos trabalhadores. Simone promete nas palavras o melhor dos mundos para a mulher brasileira. Na prática, organiza uma verdadeira manipulação, visando esmagar por completo toda a classe trabalhadora. A missão de Tebet é continuar tudo que há de ruim no governo golpista e aprofundar os ataques a toda a população.

Nada de arregar para a direita, 7/9 nas ruas por Lula presidente - Análise Sindical Nº156 - 31/8/22

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