O Grupo Heineken começou 2022 anunciando um mergulho de cabeça na política identitária. A cervejaria, que no ano passado foi obrigada a desistir, após muitos protestos por parte da sociedade civil, de construir uma fábrica dentro de um importante sítio arqueológico em Minas Gerais , onde foi encontrado Luzia, o mais antigo fóssil humano das Américas, agora investe na sua própria distribuidora de cervejas.
Após assumir a distribuição própria de cervejas, a empresa precisou contratar quase 2,5 mil pessoas e aproveitou para investir na “diversidade de gênero”…. Segundo a Vice Presidente de Recursos Humanos da empresa, Raquel Zaggi, “Quando a gente foi abrir as vagas para motorista de empilhadeira e motorista de caminhão, a gente abriu para pessoas que não tinham carteira de motorista dessa categoria. Com isso conseguimos atrair mulheres. Você tem o perfil da Heineken e os valores da Heineken? Beleza. Dirigir caminhão a gente consegue te ensinar”, explica. E ainda “Se a gente não usasse essas contratações para alavancar a agenda, e deixasse o negócio correr naturalmente, a gente iria aumentar o gap entre homens e mulheres”.
Trata se na verdade de mais uma empresa a lançar mão dessa falsa solução para o problema das minorias, que é a política identitária, e se utiliza para lucrar ainda mais e parecer uma empresa amiga do trabalhador.
QUEM NÃO TE CONHECE QUE TE COMPRE
A Heineken assim como acontece com muitas empresas multinacionais no Brasil, recentemente foi flagrada se utilizando de trabalho escravo, e contabiliza históricos de morte de trabalhadores dentro de suas dependências por falta de segurança.
Além disso, durante a pandemia de Covid -19, a empresa foi acionada pelo sindicato da categoria depois de anunciar a pretensão de demitir cerca de oito mil trabalhadores do seu quadro, segundo a empresa por conta da baixa de vendas de cervejas durante a pandemia, hipótese que foi desmentida pelo representante dos empregados que demonstrou ter o número das vendas durante a pandemia inclusive aumentado.
É a esse propósito nefasto que serve o feminismo liberal que prega a ascensão de algumas poucas mulheres no marco do capitalismo: fazer com que os inimigos dos trabalhadores consigam se utilizar de demagogia para mascarar sua política de ataques aos direitos trabalhistas.