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"Partido da Imprensa Golpista"

PSDB é muito popular… só nas pesquisas da Folha

Ante a falta de apoio real da "terceira via", imprensa capitalista busca criar condições para a fraude da terceira etapa do golpe, em favor de um candidato com apoio nas pesquisas

Após o estrondoso fracasso dos dos atos do último dia 12, em que a direita golpista (parte dela disfarçada de “centro”), mostrou – uma vez mas –  que não tem qualquer apoio popular, seus partidos e sua venal imprensa, vem realizando um enorme campanha para desqualificar os atos públicos e dizer que eles não tem a menor importância.

Isso porque a situação encontra-se polarizada entre a extrema direita, comandada pelo presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro, que levou mais de 200 mil pessoas às ruas de todo o País, no dia 7/9, e que mesmo profundamente repudiado pela maioria da população, mantém um sólida base de apoio, por um lado, e, por outro,  pela esquerda, que tem como maior liderança o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que – mesmo sem a participação direta de Lula – levou milhões de pessoas às ruas em cinco dias de mobilizações com centenas de atos em cada um deles.

Em campanha

Como acontece em todas as eleições, o “Partido da Imprensa Golpista – PIG”, já deixou claro que tem lado e candidatos prediletos em meio ao cenário de crise e divisão da burguesia, que tem preferência e vai fazer campanha pelo candidato dos grandes monopólios imperialistas e “nacionais” que a imprensa e os principais partidos de direita procuram apresentam como “terceira via” que, supostamente, ainda não tem um nome definido, consensuado para a disputa.

Para valorizar esta política e seguindo a “análise” total interessada e falsa que fizeram das últimas manifestações e vendo que seus possíveis candidatos não tem capacidade d mobilizar ninguém nas ruas, os grandes jornais da burguesia procuram desvalorizar a importância dessas mobilizações. É o que fica explícito, dentre outras, na matérias publicada na Folha de S. Paulo, intitulada “Pesquisas são mais relevantes que manifestações” que procura apresentar a i’deia de que os atos públicos são “coisa do passado”:

“Antigamente, observar o tamanho das multidões que cada grupo político conseguia mobilizar era a melhor forma de aferir sua popularidade. Mas, desde que as pesquisas de opinião pública se disseminaram, na segunda metade do século 20, o uso de manifestações para medir força não faz mais muito sentido. É a “relíquia bárbara” da política, se é lícito tomar emprestada a expressão que Keynes cunhou para designar a insistência extemporânea no padrão-ouro.

O objetivo é claro e já vem sendo colocado em prática há várias campanhas eleitorais, nas quais a direita, com enorme apoio da imprensa golpista e com ação direta do ultra reacionário Poder Judiciário vem reduzindo o tempo de campanha eleitoral, impondo normas que impendem a realizam de comícios e outras formas de campanha, retirando um terço dos partidos do horário eleitoral e destinando à maioria dos demais um tempo ínfimo e deixando o processo eleitoral cada vez mais sob a pressão e a manipulação das “pesquisas” eleitorais, um dos principais instrumentos de fraude da vontade popular.

Monopólio da imprensa e das pesquisas

Essa tese, por certo interessa aos grupos que fazem da realização, manipulação e divulgação das pesquisas um grande negócio capitalista, bem como uma das armas da burguesia para procurar induzir a vontade popular. Essa ficaria sob o controle de quem detém o monopólio da produção e divulgação das milionárias pesquisas, cujos “resultados” são divulgados (ou não) pelos donos dos grandes monopólios das comunicações.

Com essa tese, sobre a supremacia das “pesquisas”, o PIG e toda a direita golpista querem indicar que o importante não é o apoio real que faz com que candidatos e as ideias que defendam sejam capazes de mobilizar centenas de emalhares ou milhões de pessoas, mas o apoio dos controlados das máquinas de pesquisas que poderiam dar vida e apoio virtual a candidatos, com os pré-candidatos à presidente da República que se “uniram” para realizar o ato da Paulista do último dia 12: João Doria (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Henrique Mandetta (DEM), Simone Tebet (MDB), João Amoêdo (Novo) e Alessandro Vieira (Cidadania). Juntos e apoiados pelas maiores máquinas partidárias da burguesia, com apoio do PIG e até mesmo com a participação de setores da esquerda (como o PCdoB e setores do PSOL) e das “suas” centrais sindicais de estimação (como a Força Sindical e a UGT), eles não conseguiram levar sequer a quantidade de pessoas que o PCO e os Comitês de Luta, reuniram no ato classista do último 1º de Maio, na Praça da Sé.

A imprensa burguesa quer impor a fantasia criada pela burguesia golpista de que Doria, Ciro etc. teriam alguma popularidade para vencer eleições minimamente democráticas, tirando Lula da disputa do segundo turno e realizando a disputa com Bolsonaro, diante de quem procurariam  – cinicamente – apresentar seu candidato golpista, reacionário e fascista, como sendo o “mal menor”.

Toda essa campanha e manipulação em torno das pesquisas ilude até mesmo alguns setores da esquerda que se contentam com os resultados, atualmente, apresentados em relação à candidatura de Lula nas pesquisas, que o apresentam liderando com uma certa folga a disputa contra Bolsonaro e demais candidatos. A vantagem em favor de Lula, pode – inclusive – estar sendo manipulada, neste momento (ainda que reduzindo seu alcance) para dar a impressão de imparcialidade das pesquisas, quando ainda estamos há pouco mais de um ano das eleições.  Disseminada a crença nas pesquisas e deixando de lado a importância das mobilizações nas ruas, a direita teria alguma credibilidade para apresentar um suposto crescimento do seu candidato impopular que, ao que tudo indica neste momento, seria o governador paulista. Quanto mais perto das eleições, maior a manipulação e os ataques contra Lula para criar a idéia de que outro seria o candidato com capacidade de derrotar Bolsonaro, com amplo apoio popular, “segundo as pesquisas”.

A caminho da terceira etapa do golpe

Não chegar a ser uma novidade, uma vez que essa política vem sendo usada de forma sistemática pela direita, inclusive divulgando amplamente os candidatos da esquerda que desejam ver tomando votos do partido com maior popularidade, o PT; como ficou explícito – dentre tantos outros – no caso da candidatura de Guilherme Boulos que foi inflada pela própria imprensa golpista e por suas “pesquisas” para tirar o PT da disputa em 2020 e, que agora, começa a ser preparado para cumprir papel semelhante, em 2022, a fim de garantir a eleição de um dos candidatos da direita tradicional tucana para o governo de São Paulo.

Justamente a direita golpista que não tem apoio popular quer dar “conselhos” de como a esquerda deve analisar a situação e agir:

É compreensível que Bolsonaro e seus apoiadores rendam homenagens à relíquia bárbara e se reúnam em praça pública munidos de tacapes. É só o que têm. Mas grupos políticos menos bárbaros deveriam parar de, adolescentemente, comparar o tamanho de suas manifestações e se concentrar na preservação das instituições, o que, a meu ver, passa pelo impeachment de Bolsonaro.

Só uma esquerda cega e dominada por outros interesses que não seja derrotar a direita golpista e sua política de ataques contra a maioria do povo e que não esteja apoiada na realidade, mas nas suas próprias ilusões nas instituições do regime golpista pode dar ouvidos à estes “conselhos”.

Toda esta operação visa claramente impor as condições para a terceira etapa do golpe, onde um candidato sem apoio popular (de fato odiado pela população como João Doria ou outro da “terceira via”), seja eleito por que foi apresentado como predileto do povo nas pesquisa fraudulentas que a burguesia fabrica em série a cada processo eleitoral.

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