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Por que jornalistas “progressistas” imitam a propaganda da Globo?

Tão comprometidos em combater as mentiras da Globo a nível nacional, comunicadores da esquerda repetem a mesma ladainha do PIG sobre a Ucrânia

O Milton Alves, vinculado ao PT de Curitiba, publicou em seu portal virtual de notícias uma matéria acerca da situação política de guerra na Ucrânia. A matéria critica a posição de órgãos de imprensa progressista como o Diário Causa Operária que, segundo ele, assume um posicionamento de “indisfarçável torcida pelos avanços militares do exército russo”. O jornalista, no entanto, conscientemente ou não, não se incomoda de estar junto a órgãos da imprensa golpista como a Globo, por exemplo, que emite opinião equivalente à dele.

Milton, assim como outros portais de comunicação da esquerda pequeno-burguesa, faz parte daqueles grupos que mesmo tão comprometidos em combater as mentiras da Globo a nível nacional, repetem a mesma ladainha do PIG sobre a Ucrânia. Esse fenômeno é fruto de uma intensa pressão da propaganda imperialista em torno da questão da guerra que, com sua demagogia política sobre autoritarismo e questões humanitárias, leva grande parte da esquerda a uma grande confusão política.

Sobre a opinião do escritor, é importante refletir sobre o fato de que, aquilo que ele chama de “jornalistas pró-Putin” e “torcida pelos avanços militares do exército russo” é, em verdade, a expressão de uma política anti-imperialista que busca denunciar, a partir da guerra na Ucrânia, a amplitude do problema das ações imperialistas criminosas dos norte-americanos sobre demais povos e culturas. Dessa forma, podemos entender que a questão não está centralizada em torno de uma “torcida” pela Rússia, mas sim de mais uma derrota norte-americana, e o balanço da política imperialista no mundo.

Na matéria, Milton clama por valores humanitários, destacando atrocidades como as mortes causadas pela guerra, as migrações, os traumas… Entretanto, como jornalistas progressista, faria muito mais sentido esclarecer que estas mesmas atrocidades são causadas diretamente pela OTAN, pelos EUA e pela União Europeia ─ que promovem o exército criminoso e infestado de nazistas da Ucrânia, bem como os grupos nazistas armados como o Pravy Sektor, que estão bombardeando civis. Inclusive, é válido destacar que ele deveria denunciar também os crimes de guerra causados pelos aliados imperialistas dos EUA, como o dos israelenses que bombardeiam a Síria, como os sauditas que detonam o Iêmen e, para ir mais além, dos próprios norte-americanos que massacram a Somália ao mesmo tempo que ocorre o conflito na Ucrânia.

O jornalista é mais um do campo progressista que cai no conto da carochinha dos norte-americanos, que controlam um aparato gigantesco da imprensa capitalista internacional, aparato este que tem a Globo na palma da mão. A apelação “humanitária” que vemos nos principais meios de comunicação da imprensa burguesa no Brasil e no mundo é apenas mais da pura hipocrisia e demagogia da direita, que esconde seus crimes, apelando a valores universais. Não há sequer uma matéria na imprensa burguesa denunciando o nazismo ucraniano, isto porque não interessa a ela denunciar o fenômeno, já que os olhares se voltariam para entender sua origem, ou seja, quando encontraríamos os EUA e a OTAN financiando o desastre.

O que há por parte da imprensa imperialista é, na verdade, uma força-tarefa monumental para esconder fatos como o golpe de Estado na Ucrânia em 2014, financiado pela OTAN, e mobilizar opiniões contra a Rússia, como se esta, pura e simplesmente, estivesse agredindo o povo ucraniano por interesses de uma “(…) guerra criminosa de anexação de territórios.”, como menciona Milton Alves.

O jornalista coloca que a guerra é de caráter regressivo e que, no fim, os trabalhadores é quem pagarão o preço das ações dos capitalistas responsáveis pela guerra. Sendo assim, nesse sentido, é mais relevante perguntar quando os trabalhadores não pagaram o preço das ações capitalistas?

É válido ressaltar que de uma perspectiva revolucionária, o desmoronamento da política imperialista norte-americana na Ucrânia é mais um golpe fundamental para a crise do capitalismo. O que abre as portas para ações organizadas dos trabalhadores no mundo, com a tarefa de expulsar esta mesma política criminosa em outras localidades.

Para entender de outro modo, é preciso torcer para um desfecho absolutamente nefasto para os norte-americanos e nazistas na Ucrânia. Ao mesmo tempo em que, no Brasil, é preciso mobilizar os trabalhadores em torno da candidatura do ex-presidente Lula, e que em torno de que sua política seja abertamente contra os interesses da direita que elegeu, por fraude, Jair Bolsonaro, ou seja, um capacho do capital estrangeiro.

A imprensa burguesa e hipócrita que ataca a Rússia com demagogias humanitárias é a mesma imprensa que promove as privatizações da água, da eletricidade, da Petrobrás, dos aeroportos. É a mesma imprensa que financiou o golpe de Estado no Brasil em 2016, é a mesma imprensa que financiou o golpe de 2018 com a prisão de Lula. Portanto, é da categoria do absurdo que a imprensa dita progressista assuma os mesmos posicionamentos que golpistas como a Globo, a Record, a Bandeirantes, o SBT e a Jovem Pan, por exemplo.

Milton Alves pede, no fim de sua matéria, um pouco de “sentimento e empatia”. No entanto, essa mensagem não deveria ser dirigida aos seus colegas da “mídia progressista”, mas sim aos órgãos da imprensa burguesa e criminosa que, na verdade, nunca falaram seriamente sobre isso. E ainda mais: para os assassinos da OTAN, que promovem a carnificina do povo ucraniano desde 2014.

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