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Monopólios

BBC, Reuters e a imprensa como agências de espionagem

Como diz a recorrente citação, "na guerra, a primeira vítima é a verdade". Podemos acrescentar que quem a mata hoje é a imprensa imperialista, a mais poderosa inimiga da verdade.

A operação de guerra encabeçada pelos monopólios da comunicação dos países imperialistas contra a Rússia traz a tona de maneira bastante explícita seu papel na manutenção dessa dominação mundial. O pesado investimento mostra resultados também bastante explícitos, ao ponto de colocar muitos esquerdistas a reboque da política imperialista, ignorando todo o conjunto de fatos históricos dos últimos anos. Para aqueles que desconfiam das evidências, afortunadamente existe o vazamento de documentos que desnudam a atuação do imperialismo e mostram que as conspirações são parte fundamental da política imperialista.

Foreing, Commonwealth and Development Office

O portal de notícias The Grayzone, focado em notícias e jornalismo investigativo para fazer frente aos monopólios da comunicação, repercutiu em fevereiro de 2021 o vazamento de uma série de documentos expondo a atuação do órgão do governo do Reino Unido chamado Foreing and Commonwealth Office (FCO, algo como Escritório de Assuntos Estrangeiros e Comunidade) entre 2018 e 2020. No final de 2020, o primeiro ministro Boris Johnson fundiu o FCO com o Departamento para o Desenvolvimento Internacional formando o Foreing, Commonwealth and Development Office (FCDO, Escritório de Assuntos Estrangeiros, Comunidade e Desenvolvimento).

Os documentos mostram que o FCO patrocinou a Reuteurs e a BBC para levar a cabo uma série de programas secretos com o objetivo de promover uma “mudança de regime” na Rússia e enfraquecer a influência russa na Europa Oriental e Ásia Central. Mediadas pelo departamento de Combate à Desinformação e Desenvolvimento de Mídia (Counter Disinformation & Media Development) ambas empresas atuaram ao lado de “empreiteiros de inteligência”.

Consta na documentação tornada pública que Reuteurs e BBC pediram somas milionárias para trabalhar pelos objetivos intervencionistas do governo britânico. Treinando jornalistas russos, estabelecendo redes de influência dentro e fora da Rússia e promovendo “narrativas pró-OTAN” em regiões de língua russa.

A tentativa de promover uma “revolução colorida” na Bielorrúsia em 2020 também aparece nos documentos expostos, assim como detalhes de operações de propaganda anteriores. Ainda em 2020, The Grayzone repercutiu também outro vazamento que expunha uma campanha agressiva de propaganda financiada pelo mesmo FCO para angariar apoio para derrubar o governo na Síria.

Entre as “responsabilidades” oficiais do atual FCDO temos por exemplo “construir a prosperidade do Reino Unido, aumentando as exportações e investimentos, abrindo mercados, garantindo acesso a recursos e promovendo crescimento sustentável no mundo”. Atualmente, estamos vendo o que isso significa na prática para os países assediados pelo imperialismo.

British Broadcasting Corporation (BBC) e o romance distópico 1984

Diante do advento do rádio, o imperialismo britânico, o mais poderoso até então, atuou rapidamente para estabelecer um monopólio estatal do rádio controlado pelas forças armadas. A BBC, criada após a Primeira Guerra Mundial, cumpre o papel de falsificar informações nos tempos de guerra desde seu nascimento. Trata-se de uma arma de guerra tão letal quanto bombas e mísseis, uma arma de propaganda que desestabiliza quem combate os interesses imperialistas e manipula a opinião pública para posições que favorecem as guerras impulsionadas pelos grandes capitalistas.

Entre 1941 e 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, o escritor George Orwell (famoso pseudônimo do britânico, nascido na Índia Britânica, Eric Arthur Blair) observou de perto o funcionamento da fábrica de mentiras da BBC. Em diversos locais se encontra a informação de que o stalinismo serviu de inspiração para o romance 1984, que mostra um mundo onde as notícias são manipuladas ao nível das palavras, ao ponto da linguagem oficial ser alterada arbitrariamente para um controle mais eficiente do pensamento da população. O fato que geralmente é omitido é que sua experiência profissional na BBC forneceu material em primeira mão para a projeção detalhada e assustadoramente realista de um futuro distópico.

Ao ver o bombardeio de notícias solidárias aos “nacionalistas ucranianos”, que rejeitam os ucranianos de origem não polonesa, e a repercussão delas na população mundial temos que tirar o chapéu para o escritor britânico. Mais concretamente, reconhecer que a BBC onde ele trabalhou segue desempenhando o mesmo papel de imprensa de guerra para as Forças Armadas do Reino Unido.

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