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Uma campanha pela censura

“Fake news é coisa de pobre”, monopólios podem mentir à vontade

A histeria em torno das chamadas "fake news" só serve contra a população em geral, enquanto a Rede Globo mente tranquilamente

A discussão sobre as fake news tem aparecido no cenário brasileiro desde a eleição de Jair Bolsonaro em 2018. Naquele momento, setores de esquerda defenderam que Bolsonaro só ganhou a disputa graças a supostas fake news veiculadas por seus apoiadores em redes sociais, grupos de whatsapp e outros meios virtuais.

Apesar de o termo se traduzir literalmente por “notícias falsas”, que podem também ser chamadas simplesmente de “mentiras”. A sua utilização em inglês já é sinal de que é algo importado diretamente do imperialismo norte-americano.

A própria ideia da existência das fake news como um fenômeno novo ou que só teria surgido com o advento das redes sociais é totalmente ridícula. É absurdo pensar que antes do surgimento do Facebook e afins, não havia mentiras ou notícias falsas. No que diz respeito à política burguesa, a falsificação e a deturpação dos fatos é prática corrente dos seus meios jornalísticos.

No Brasil, o discurso da burguesia procura demonstrar que as redes sociais são responsáveis por todas as mentiras e notícias falsas do mundo. Trata-se de uma gigantesca farsa. Qualquer pessoa que lê um jornal da burguesia de forma minimamente crítica pode perceber com facilidade que estão contidas em suas páginas as maiores mentiras de que se tem notícia.

O inquérito das fake news, levado adiante pelo skinhead de toga, Alexandre de Moraes, é uma demonstração de qual o sentido dessa farsa gigantesca. Trata-se de um processo farsesco e totalmente inconstitucional, com o objetivo de perseguir, censurar, reprimir e até prender pessoas que digam coisas contrárias aos interesses da burguesia e do status quo na internet.

A campanha das fake news surge porque a burguesia apresenta uma grande dificuldade de controlar os meios virtuais, ao contrário do que ela faz com a televisão, os jornais e o rádio, que também começaram como meios democráticos de difusão de informação, mas logo foram dominados e monopolizados pela burguesia. Trata-se de mais um pretexto para perseguir a população.

Com esse inquérito absurdo, Moraes e o STF já promoveram a perseguição de deputados, jornalistas e, agora, de todo um partido político. As medidas tomadas nessa operação vão totalmente contra a constituição e as leis, e como o conceito de fake news é muito vago (quem define quais notícias são “falsas” ou “verdadeiras”?), fica ainda mais fácil para os ditadores de toga decidirem o que será censurado ou não.

Os ricos não mentem?

Um dos pontos que mais chama a atenção em toda essa campanha, é quais são as vítimas dessa perseguição criminosa promovida pelo inquérito. São sempre redes sociais ou usuários individuais os acusados de cometerem o perigosíssimo crime de espalhar “fake news”. No entanto, a “antena” nunca se volta para os veículos mais mentirosos do país e com maior poder de fogo – jornais burgueses como Estado de São Paulo, O Globo, Folha de São Paulo e afins, canais de televisão como a Rede Globo e suas afiliadas etc. E esses canais são os que mais espalham e promovem mentiras no país, de forma muito mais destrutiva do que um perfil ou página numa rede social.

Um caso que exemplifica isso de forma bastante concreta é o novo “escândalo de corrupção” que procuraram armar para difamar o ex-presidente Lula. Um contador, que já fez algum serviço para Lula num passado distante, foi preso e está sendo acusado de possuir conexões com o PCC. Sempre que seu nome surge em algum veículo de notícias, ele é classificado como o “contador ligado a Lula”. A sua ligação com Lula é exatamente nenhuma. Ele prestou algum serviço para o ex-presidente num momento anterior e é só isso.

Para a imprensa burguesa, que não tem nenhum compromisso com a verdade, no entanto, isso é suficiente para salientar sua ligação com Lula. É uma demonstração inicial do nível ao qual descerá a campanha da imprensa durante o período eleitoral. Se algo poderia ser classificado como mentiroso ou fake, essa notícia é uma delas. A ligação do contador com Lula é nenhuma, e Lula tampouco tem a ver com os crimes pelos quais ele é acusado.

Tudo isso é a prova de que o inquérito das fake news é uma gigantesca farsa. Essa mentira absurda está sendo espalhada dia após dia em todos os jornais do país, e não há, por parte dos líderes do inquérito das fake news, nenhum processo, nenhuma exigência da derrubada de redes sociais inteiras de determinados canais, nada.

Fica evidente, portanto, que o inquérito tem por objetivo atingir a população pobre, que não tem meios para ter seu próprio meio de comunicação de massas, e precisa se expressar por meio das redes sociais. É uma forma que a burguesia está procurando empregar para controlar algo sobre o qual eles nunca tiveram controle algum: a internet. É preciso denunciar isso todo o tempo e reagir. É por isso que o Partido da Causa Operária está organizando sua 32ª Conferência Nacional tendo como tema único a defesa da liberdade de expressão. Todos que desejarem participar dessa campanha devem entrar em contato com os militantes do PCO e comparecerem à Conferência, que ocorrerá em São Paulo, nos dias 25 e 26 de junho. Todos estão convidados.

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