Na segunda-feira (4), o Facebook sofreu um apagão e deixou bilhões de usuários dessa plataforma sem poder ter qualquer acesso aos seus conteúdos. No dia seguinte, um ex-funcionária dessa gigante das redes sociais denunciou ao Congresso norte-americano do quão é nocivo ao mundo o poder que monopólios privados, que ganham acumulam fortunas homéricas, principalmente com a manipulação, com censuras, inclusive passando por cima de legislações internas dos países, considerando como donos de toda a comunicação, utilizando-se de censuras a quem eles bem decidirem.
Conforme artigo da Folha de S.Paulo da última terça-feira (5), Haugen, ex-funcionária da rede social Frances, testemunhou no Capitólio, depois de vazar para as autoridades e para o The Wall Street Journal um enorme arquivo de investigações internas que detalham como o Facebook sabia que seus sites eram potencialmente prejudiciais para a saúde mental dos jovens.
Conforme o artigo relata, a denunciante disse: “acredito que os produtos do Facebook prejudicam as crianças, intensificam a divisão e enfraquecem a nossa democracia”. “É preciso que o Congresso aja. Essa crise não será resolvida sem a sua ajuda”.
Monopólio da comunicação
A imprensa, tanto escrita, falada e televisada, bem como as plataformas de tipo Facebook, YouTube etc. estão nas mãos de meia dúzia de pessoas que detém o poder da comunicação e fazem o que quiserem. Eles mesmos fazem suas próprias legislações, impulsionam guerras, interferem diretamente nos países, em relação aos chefes de estado etc..
No Brasil, onde o principal veículo de comunicação é dominado pela família do falecido Roberto Marinho, a Globo apoiou todos os golpes de estado que ocorreram no país, desde a aquisição da concessão, praticamente domina, bem como, interfere em toda a sua situação política e social.
As organizações Globo apoiaram a ditadura militar e, recentemente, foi uma da mais entusiastas, quando do golpe que tirou a Dilma Rousseff da presidência da república em em 2016 através do impeachment e orquestrou uma perseguição implacável contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde, juntamente com o imperialismo norte-americano, da CIA, noticiava diuturnamente notícias falsas coletadas diretamente da Polícia Federal, através do Sérgio Paranhos Moro, tido como alcunha de Mussolini de Maringá. Ou seja, apenas meia dúzia de famílias fazem o que bem entende com a comunicação do país.
Assim como as organizações Globo, temos Bandeirante, Record, ou seja, um privilégio, enquanto os partidos políticos, universidades, sindicatos, associações, movimentos populares não têm esse privilégio. É um absurdo! E hoje em dia não existe mais a desculpa que o Estado dava antes que era de que ele estava entregando a concessão porque a empresa de comunicação tem condições técnicas e infraestrutura para utilizá-la. Porque hoje, com a evolução da tecnologia, é muito fácil fazer programas de TV e rádio com uma infraestrutura mínima, porque as ferramentas técnicas já são acessíveis. A crise do Facebook/Instagram/WhatsApp mostrou que esses monopólios controlam são fracassados, não são eficientes. Como é que uma empresa privada fique a tarde inteira sem funcionar e mesmo assim tenha mais poder do que governos inteiros? Por que os governos se submetem a isso? Elas mandam nos governos! Esse é o imperialismo.
Caçar a concessão
Em 2007, a emissora de televisão da Venezuela, a RCTV, à serviço do imperialismo norte-americano, que fazia oposição incessante ao governo Chávez, em 2005 havia pedido a morte do presidente Hugo Chávez durante oito dias seguidos, conforme o jornalista Cristian Góes.
Quando terminou o período de concessão da emissora de TV RC, o governo venezuelano não a renovou e, desta forma, tornando-a pública. No entanto, ficou limitada a apenas essa emissora.
Não ao controle dos meios de comunicação nas mãos dos monopólios privados, sob o controle de punhadinho de pessoas! É preciso expropriar esses monopólios, confiscar essas empresas e estilizá-las para colocá-las a serviço da população.