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Paladino da economia

Boulos na Folha contra Dilma x Boulos na Folha contra Bolsonaro

Para atacar o governo do PT meses antes do golpe de Estado o psolista "entendia" tudo de economia, agora o que prejudica a população brasileira são as falas de Bolsonaro

boulos na folha

Final de 2015, Guilherme Boulos, em sua coluna na Folha de S. Paulo, em relação ao ajuste fiscal do governo de Dilma Rousseff – em uma matéria com um título bem sugestivo, “Vai tarde”, apesar de o texto estar se referindo ao ministro da Economia do período, Joaquim Levy, faz seus ataques contra o PT: “A questão agora é se a política econômica vai junto com o ministro. De nada adianta crucificar Levy e esquecer que foi Dilma quem o colocou e o manteve até agora.”

Março de 2016, um novo texto publicado pela Folha, “O que está em jogo?“, Boulos, mostra sua posição politica após o juiz fascista, Sérgio Moro, vazar áudios telefônicos entre Dilma e Lula – o que por si só já é um crime politico e que foi divulgado pelo que há de pior na imprensa golpista – Jornal Nacional (Globo). “É preciso compreender o que está em jogo nesses dias tumultuados. Não se trata nem de defender o governo Dilma e muito menos de brecar as investigações de corrupção.”

É interessante também ver em suas colunas, meses antes do golpe de Estado de 2016, como Boulos “entendia” tudo de economia, falava em “austeridade fiscal, retração do consumo, aumento de juros, queda do PIB, taxa Selic, direitos trabalhistas, recessão, desemprego” etc. Ou seja, para atacar o governo do PT, o pseudoesquerdista, soltava os cachorros contra Dilma. Em várias oportunidades afirmava categoricamente que o governo do PT não tinha nenhuma possibilidade de ser defendido pela esquerda.

Contrariando aquele pit bull, que faltava chamar Dilma de bandida em suas colunas antes do Golpe, no final do ano passado em um de seus textos semanais para a mesma Folha golpista, “O ano em que poderemos acabar com o pesadelo” o pré candidato a governador de São Paulo pelo PSOL, não apresenta argumentos econômicos para atacar o governo fraudulento de Bolsonaro como fazia com a Dilma, o que no mínimo é curioso. Fala-se de “fake news” “máquina de ódio” – seja lá o que isso signifique – mas não aponta claramente os motivos reais pelo qual o fascista tomou de assalto o poder no Brasil.

Boulos, ataca Bolsonaro pelas suas falas, para ele, o “pesadelo” do brasileiros acabaria caso Bolsonaro parasse de falar bobagens, como “golden shower; é só fazer cocô dia sim, dia não; pirralha; se eu puder dar um filé mignon pro meu filho eu dou; Johnny Bravo; gripezinha; país de maricas; e daí?; caguei; só se for na casa da sua mãe; quer dar o furo; cala a boca; AI-5; ou é voto impresso ou não tem eleições; enfia no rabo o leite condensado.” Sendo assim o pesadelo do povo brasileiro, não seria o golpe de Estado e a politica neoliberal imposto pelo regime golpista seguido pelo governo fraudulento, mas sim, as bobagens faladas pelo Bolsonaro.

As críticas a Bolsonaro se resumem simplesmente a sua “má educação” – o que nunca foi novidade para ninguém. Porém, para alguém que se diz uma liderança de esquerda isso é apenas uma crítica moral, abstrata, vazia. Essa atitude de Boulos mostra que a política econômica neoliberal de Bolsonaro, que é infinitamente mais destrutiva do que a da Dilma, não tem muita importância. E que para a esquerda pequeno burguesa, e a classe média liberal que ele representa, as besteiras profanadas por Bolsonaro ao longo dos últimos três anos, tem mais relevância que as reformas, privatizações, desemprego, fome, repressão, entre outros crimes cometidos pelo governo ilegítimo contra a população em geral.

Outro ponto que podemos acrescentar em relação aos métodos de Boulos é que ele não tem (ou não quer) uma politica combativa contra o golpe, e que a politica econômica de Bolsonaro que serve aos interesses da direita golpista, da burguesia e do imperialismo, é a mesma daqueles que apoiam, financiam, elogiam e dão voz a liderança psolista, por isso o rabo preso. Não é difícil perceber que esse cidadão é fabricado artificialmente, não tem vínculo com o povo brasileiro e serve apenas, para confundir a esquerda nacional e abrir brecha para infiltração direitista, inclusive norte americana, na politica do país.

No caso de Dilma, o ataque contra o ajuste era oportunista, fingia-se de esquerda para poder atacar Dilma “pela esquerda” e apoiar a derrubada do governo. Agora que é para lutar contra a política econômica neoliberal, ele não fala nada, não levanta um programa de luta classista, não fala em reduzir a jornada de trabalho, em expropriar o latifúndio, nem nada parecido. Prova de que apoiou o golpe e que não é contra a derrota do golpe, porque o golpe só pode ser derrotado derrotando a política econômica dos golpistas.

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