Seguindo a política de reabrir tudo que vem sendo levado pela burguesia, o governador do Rio quer levar os alunos para os verdadeiros campos de morte que são as salas de aula durante a pandemia. A medida publicada pelo governo do estado do Rio de Janeiro pôs fim ao sistema híbrido – isto é, meio online, meio presencial – e obrigou a volta completa no modelo presencial para todas as escolas.
Para tanto, vemos a imprensa burguesa insuflar o clima de que a pandemia já teria acabado. Isto é, mesmo com apenas uma pequena parcela da população vacinada com a segunda dose; as pessoas tendo que recorrer à terceira dose da coronavac – a vacina mais ineficaz de todas –, centenas de mortes (em números oficiais!, mesmo com toda a subnotificação e manipulação da direita) diariamente etc. a pandemia teria acabado.
Isso se trata, apenas, de uma forma de jogar as pessoas ao genocídio e à escravidão capitalista, pondo em risco a vida delas para não afetar a circulação do Capital. O mesmo se aplica no que concerne ao ensino: os professores, mesmo sem estarem todos vacinados com a 2ª dose, estão tendo que voltar aos cubículos que são as salas de aula.
E tudo piora quando se olha para os alunos: uma parte considerável sequer tomou a primeira dose; o número de menores de 18 anos vacinados com as duas doses é quase nulo.
Enquanto os estudantes não tiverem tomado as duas doses, colocá-los de volta nas salas de aula significa espalhar a doença, contaminar mais pessoas e pôr em risco a vida deles. E isso é feito de maneira altamente autoritária: não se ouviu a comunidade escolar, não se quis saber a opinião dos alunos ou a dos professores – que são majoritariamente contrários a esse abuso.
Cláudio Castro, governador do Rio, completamente desconhecido para o povo, vem levando adiante a política cínica da burguesia “científica”: enquanto esses civilizatórios voltam com todos os serviços, obrigam os trabalhadores a se aglomerar no auge das 600 mil mortes, fazem os alunos se reunirem mesmo sem a vacina; mesmo depois de tudo isso, estes se dizem democratas, oposição ao “negacionista” Bolsonaro.
A volta das aulas presenciais será responsável por superlotar ainda mais os ônibus e metrôs, de maneira que ocorrerá um efeito cascata, que necessariamente resultará num aumento da transmissão do coronavírus.
O recrudescimento do coronavírus é resultado direto da política reacionária desses governadores, que seguiram a mesma política do Bolsonaro, que é a política exigida pela burguesia. Voltar com as aulas presenciais já no fim do ano letivo apenas vai causar mais mortes, proliferar a pandemia ainda mais e atrapalhar a vida tanto dos alunos, quanto dos professores. Uma medida tão impopular só pode ser tomada de forma arbitrária e antidemocrática, sem ouvir a comunidade escolar. Não à volta às aulas presenciais durante a pandemia! O ensino presencial na pandemia é um genocídio. Fora Cláudio Castro! Fora Paes! Fora Bolsonaro! Eleições gerais já!