Duas das mais importantes universidades do país estão a um passo de fechar as portas. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informaram neste início de semestre as condições precárias de funcionamento de seus campus. Segundo notas lançadas pelas assessorias de comunicação das universidades, estão previstos para os meses de agosto e setembro a paralisação de atividades como água, limpeza, energia, segurança, serviços gerais e até a realização de cirurgias pelo Hospital Universitário da UFRJ.
Desde o golpe de Estado em 2016, o governo golpista de Michel Temer começara a destruir o país aplicando duríssimos cortes a diversos setores essenciais do serviço público, sendo a área da educação uma das mais afetadas. Com o objetivo de sucatear o serviço público e entregar o país na mão do capital privado e estrangeiro, além da aprovação da “PEC da Morte”, aplicaram-se cortes aos orçamentos já vigentes comprometendo de vez o funcionamento das universidades e escolas públicas. Isso deixou muito claro os objetivos do governo golpista de destruir a população trabalhadora.
O governo fraudulento e autoritário de Jair Bolsonaro está longe de trazer uma nova política para o país e, como já denunciamos, faz uma política de aprofundamento do golpe. Sendo assim, a paralisação das universidades faz parte de um ataque violento do governo golpista à educação. Desde que assumiu em 2018, os ataques à educação pública se intensificaram através de retaliações da autonomia das universidades e principalmente dos cortes orçamentários ao longo do ano. Os mais pesados ocorreram em maio, com o anúncio do bloqueio de 30% das verbas orçamentárias para todas as universidades, e o do mês de julho, cortando quase 1,5 bilhões de reais em investimento público.
É preciso entender que o anúncio de paralisação de atividades da UFPE e da UFRJ representam exemplos do que já está acontecendo no país inteiro. O encerramento de atividades acadêmicas, bolsas para pesquisa, auxílio permanência, alimentação, cargos e etc. já é realidade cotidiano na maioria das universidades do país. O próprio governo golpista assume a responsabilidade pela destruição desses espaços quando não deixa alternativas ao ensino público.
É preciso que as demais categorias da comunidade acadêmica e dos setores da educação reajam com grandes mobilizações que denunciem o projeto de destruição da educação e das universidades públicas do Brasil. É preciso denunciar o governo golpista e agir para sua derrubada, pois sabemos que não é possível que se barrem os cortes sem derrubar o governo autoritário de Jair Bolsonaro. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!