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Luta ou ato simbólico?

UBES: Outro cenário sem “Fora Bolsonaro”?

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas realizou diversos atos simbólicos em todas as regiões do país mas esqueceu-se de reivindicar o principal: o Fora Bolsonaro

Segundo o portal da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), mais de 200 cidades tiveram atos simbólicos na última semana. Segundo a entidade, os protestos alcançaram 15 capitais, além de Brasília, e mais dezenas de municípios. No entanto, o chamado ultra moderado de “Vida, Pão, Vacina e Educação”, aponta para a necessidade dos estudantes vincularem às suas reivindicações de luta a palavra de ordem de “Fora Bolsonaro e todos os golpistas”, ultrapassando a política capituladora das suas direções.

A mobilização da UBES faz parte da Jornada de Lutas “Juventude quer Vida, Pão, Vacina e Educação”, que homenageia Edson Luis, secundarista morto num protesto por alimentação estudantil durante a ditadura militar, em março de 1968. Como parte das ações, estudantes espalham outdoors denunciando as políticas de Bolsonaro pelo Brasil, distribuem marmitas, realizam protestos. Na última sexta (26), estudantes recepcionaram o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com pedidos de mais vacina e palavras de ordem contra o governo Bolsonaro. Um “ato simbólico”…

Entre as reivindicações dos estudantes estão a agilidade na vacinação para toda a população e a criação de planos concretos do governo para o combate dos problemas sociais agravados na pandemia, como a fome e a evasão escolar. A revolta por parte dos estudantes é resultado da política genocida dos golpistas – como o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro e os governadores ditos “científicos” – que não fizeram nada em relação à crise econômica e a pandemia. Pelo contrário, que diante do agravamento da pandemia decretaram a volta às aulas presencial.

No entanto, as declarações dos dirigentes da UBES, ao invés de se chocarem frontalmente contra o regime político golpista, expressa a confusão e a hesitação de direções que não entenderam ou não concordam que a resolução dos problemas da juventude e dos trabalhadores passa inevitavelmente pela derrubada de Bolsonaro e de todos os golpistas. Isto fica claro nas declarações dos dirigentes da entidade.

“O movimento estudantil expressa esse grito de revolta entalado na garganta. Representamos esse fósforo na luta por dias melhores”, analisa Matheus das Neves, diretor de comunicação da UBES. Já a presidenta da UBES, Rozana Barroso, disse: “Não aceitamos viver num país onde se morre de fome ou de Covid-19. Basta deste governo genocida.”

Somadas ao chamado do ato, as declarações acabam por omitir a questão central da lua política no País, ou seja, de que a pandemia e o desemprego não se resolverão sob a política burguesa dos governos golpistas.

É preciso lutar

Os Comitês de Luta Estudantil, impulsionados pela Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), do Partido da Causa Operária (PCO) tem feito pequenos atos pelo País com reivindicações como o fim do modelo de EAD (Ensino à Distância), a segurança financeira dos profissionais da educação, a segurança de saúde dos alunos e todos os envolvidos na educação, em todos os seus níveis, bem como a volta às aulas presenciais só com a vacina para todos e o fim da pandemia.

No entanto, os Comitês vinculam todas estas reivindicações, gerais e específicas dos estudantes, à luta política, pois somente com a queda do governo Bolsonaro e de todos os golpistas é que será possível melhorar a atual situação da juventude e do estudantes.

Não é por acaso que as direções omitem das palavras de ordem as reivindicações políticas. Essas direções da esquerda pequeno-burguesa tem aplicado desde o início da pandemia uma política de conciliação, evitando que os estudantes se choquem contra a direita golpista. Em alguns casos absurdos, serviram inclusive como apêndice da política dos governadores e prefeitos “científicos”, como quando defenderam a chamada “volta às aulas segura” – um golpe dos governadores e prefeitos para pressionar pela volta às aulas presenciais, num momento em que a pandemia se agravava, ou seja, que não havia segurança nenhuma.

A mobilização da UBES tem um motivo muito importante, mas não reivindica o principal quesito necessário para mudança da atual conjuntura do país. Por isso, a juventude precisa romper com essas direções, abandonando assim as encenações de luta, os “atos simbólicos” e esclarecer os demais estudantes, através da sua própria mobilização, que a juventude só vai ter “Vida, Pão, Vacina e Educação” caso a direita – que deu o golpe de 2016, organizou a fraude eleitoral de 2018 e está no poder com Bolsonaro e com os “científicos” – for derrotada.

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