Um regime fantoche do Imperialismo foi instaurado na Ucrânia em 2014 após o golpe do Euromaidan que derrubou Yanukovich, com participação notável de milícias nazistas herdeiras dos colaboracionistas ucranianos da época da Segunda Guerra Mundial. A Ucrânia se tornou uma ponta de lança da OTAN para atacar os russos, dezenas de laboratórios biológicos militares foram construídos no pais, se colocou a entrada da Ucrânia na aliança militar imperialista na ordem do dia, nazistas ucranianos foram treinados por oficiais da OTAN, os gastos militares no país aumentaram significativamente, etc. Logo antes do início das operações especiais russas, dezenas de milhares de soldados ucranianos se encontravam na fronteira do Donbass naquilo que poderia virar uma verdadeira campanha de extermínio na região.
Uma guerra dos povos oprimidos contra o imperialismo
Pouco importa aqui quem invadiu quem, quem atirou primeiro, o conteúdo real da guerra na Ucrânia é a libertação nacional frente ao imperialismo em que a população ucraniana serve de bucha de canhão para os interesses dos grandes monopólios norte-americanos e europeus, que buscam cercar e isolar a Rússia. Putin não é comunista, a Federação Russa não é um estado operário, mas dada a situação internacional de profunda crise do capitalismo, o país foi forçado a reagir de maneira enérgica às investidas do Imperialismo e assumir uma posição profundamente progressista no mundo. Depois do que aconteceu na Iugoslávia, na Líbia e na Síria, nada mais natural.
Em defesa da Rússia e a guerra contra o nazismo na Ucrânia
A Rússia, que apesar de ser um país fortemente armado, é um país atrasado, exportador de matéria-prima e oprimido pelo Imperialismo, e sua vitória nesta guerra colocaria em cheque o domínio mundial desta ditadura e abriria uma etapa revolucionária no mundo, em que os países oprimidos poderiam se levantar contra o Imperialismo. Não é a toa que os únicos países que condenam os russos são os países membros do bloco imperialista: não vimos nenhum dos países atrasados mais importantes do mundo se colocando contra os russos, nem o Brasil, nem a China, nem a Índia, etc. Não podemos cair no golpe do conflito da “democracia” contra a “ditadura russa”, o que temos em questão na Ucrânia é o levante dos povos oprimidos contra a ditadura mundial imposta pelo Imperialismo.