Em entrevista concedida ao portal GZH, a professora e pesquisadora Claudia Costin utiliza de um verdadeiro malabarismo para defender a volta às aulas.
Nas palavras da pesquisadora, a espera da vacina seria “particularmente cruel com as crianças mais pobres”, visto que, de acordo com os epidemiologistas consultados por ela, todos afirmaram categoricamente que uma vacina para amplas massas não apareceria antes do ano de 2022.
Trata-se de uma demagogia para confundir a população e pressionar para colocar os estudantes em risco diante da pandemia. Os elementos da burguesia e os funcionários que trabalham para ela nunca defenderam nenhuma tentativa de isolamento. Os ditos “científicos” simplesmente buscavam maneiras de contornar as possíveis convulsões sociais e, por isso adotavam medidas minúsculas para tentar manter uma parte ínfima da população em casa, enquanto a grande maioria estava nas ruas trabalhando.
Justo agora, onde o país alcança a estratosférica quantia de 140 mil mortos e sem previsão de diminuição da curva de contágio, a política da burguesia tem sido a de reabertura total da economia, desde os comércios até as escolas.
O caso tratado aqui é de mais uma “científica” defendendo demagogicamente que existe alguma possibilidade de retorno. De acordo com a “científica” pesquisadora, proteger as crianças e adolescentes do contágio seria crueldade. Permitir que voltássemos às aulas somente com a vacina seria crueldade. Talvez as centenas de milhares de mortos e a exposição de mais milhares de estudantes não sejam uma crueldade.
O regime golpista utiliza de todo artefato para atacar a população. Dado que a situação do corona vírus já está totalmente fora de controle e não há nenhuma tentativa por parte dos governos em conter o avanço do vírus, a solução da burguesia é a mesma de sempre: salvar os bancos, salvar os grandes capitalistas.
Os estudantes devem não só denunciar toda essa operação farsesca das mídias da burguesia na campanha do retorno às aulas, como devem se organizar em comitês para impedir esse retorno. Junto ao pacote de ataque a população, ainda tem a implementação forçada do ensino a distância como desculpa para evitar o contágio. Para barrar essa ofensiva, é necessário uma ampla mobilização da juventude e a organização de greves estudantis nas escolas e universidades de todo o país.