Os donos do capital continuam a ofensiva pela volta as aulas a qualquer custo. A burguesia no geral, faz a propaganda que a pandemia já acabou, mas a verdade é que milhares de vidas continuam ceifadas pelo coronavírus. Nada diferente poderia ser esperado, já que, segundo dados oficiais, apenas 21,6% da população está totalmente vacinados.
Essa situação é um genocídio que está acontecendo nas escolas. Um exemplo é a denúncia que vem do Rio de Janeiro. De acordo com o Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro), em um primeiro levantamento com a volta às aulas das escolas abertas, no dia 17, havia 31 escolas tinham caso de COVID-19. Em apenas dois dias, passou para 49 escolas públicas municipais da capital fluminense com casos registrados. Diante disso, o sindicato solicitou o fechamento das escolas, o que, é claro, não aconteceu.
A Secretaria Municipal nega os dados, porém esses dados são coletados com as próprias escolas com gente que trabalha lá. Sabe-se que a maioria dos secretários nunca pisaram em uma escola pública, para quem vive lá, sabe que na maioria das escolas públicas do Brasil não há condições de ocorrer aulas em tempo normal, faltando de tudo, imaginem em uma pandemia!
Já foi relatado diversas vezes o sucateamento da escola pública, mesmo em estados como SP e RJ. Falta materiais de limpeza, falta ventilação adequada na maioria das unidades, não é ofertado máscaras para os alunos trocarem, já está até faltando o álcool em gel ou como já foi denunciado em SP, álcool vencido.
Além da baixa vacinação global da população, ainda não vacinaram a maioria do público das escolas: a juventude. Como fez o SEPE é preciso fechar imediatamente as escolas de todo o país. Outro dado é a variante delta, mas é uma mutação do coronavírus. As escolas abertas podem apresentar um boom de casos como ocorreu no início das aulas em fevereiro, morreram milhares de professores e algumas centenas de alunos. Outro agravante também é a sequela que o COVID-19 deixa em alguns sobreviventes.
É preciso uma ampla mobilização dos professores contra a volta as aulas, pois já custaram muitas vidas e se avizinha coisa pior, a luta judicial tem sido inócua, pois a justiça está do lado dos donos do poder. É preciso reabrir os sindicatos, organizar assembleias presenciais, convocar uma plenária nacional através da CNTE para debater a situação da escola e a pandemia.