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Paraná

Universidade espiona celular de alunos sob pretexto identitário

Trata-se de uma perseguição política e de uma invasão da privacidade dos estudantes, independentemente das opiniões expressadas por eles em mensagens privadas

Uma denúncia anônima feita para a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) fez com que a organização investigasse um grupo privado na rede social Whatsapp por “racismo, nazismo e homofobia”. Essas “ofensas” eram feitas por meio de figurinhas, um recurso da rede para mandar rapidamente um meme. O caso foi denunciado para a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), que encaminhou a denúncia para o Ministério Público do Paraná (MPPR).

Os alunos que trocavam figurinhas são estudantes de Agronomia, cerca de 10, de acordo com as imagens que foram enviadas para o portal Plural Curitiba. Em uma nota da UEPG, a instituição afirma que “por meio da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade, a primeira do tipo numa universidade estadual, atua no combate a toda e qualquer manifestação de racismo”.

As figurinhas continham piadas sobre negros, gays e faziam alusão ao nazismo, com fotos de Hitler e da Ku Klux Klan. Nada disso, entretanto, estava sendo direcionado a ninguém em específico, como se fosse uma piada puramente difamatória, direta e sem motivo.

É evidente que um caso como esse tem a perseguição apoiada por toda esquerda identitária. As figurinhas seriam coisas ruins e, portanto, a investigação iria atrás de pessoas ruins que postaram coisas ruins.

A verdade é que o único crime altamente reprovável em todo esse caso foi a violação da privacidade dos alunos, que estavam conversando em um grupo privado — além de estarem simplesmente conversando. Os alunos estão literalmente sendo investigados por falar, ou, pior ainda, por mandarem imagens consideradas ofensivas, que efetivamente não teriam vindo a público se as investigações não tivessem começado e, portanto, ninguém saberia de sua existência e elas não teriam “ferido” ninguém.

A Universidade é a que forma a ditadura sobre os alunos. Ela está investigando o que os alunos estão falando em privado e sabe-se-lá qual será a punição pelo simples ato de mandar uma figurinha, a qual, diga-se de passagem, não é exclusiva dos alunos da UEPG de Ponta Grossa.

A realidade é que os alunos são os principais oprimidos da história. As figurinhas dos estudantes não influenciam em nada na vida de ninguém, sendo públicas ou não. Tudo isso é um reflexo da campanha identitária e histérica da esquerda pequeno-burguesa, que condena coisas subjetivas e que não impactam em absolutamente nada.

A universidade afirmou que ainda não identificou todos os alunos presentes na conversa, mas que “tão logo esteja concluído o processo administrativo interno, vai impor as medidas cabíveis aos autores dos ataques”. Já o Ministério Público do Paraná afirmou que o processo foi recebido e uma apuração sob sigilo está sendo realizada.

Tudo isso faz parte da “campanha contra o fascismo”, uma perseguição intensa (não contra os verdadeiros fascistas, mas contra o cidadão comum) onde esse setor da esquerda se alia com deus e o diabo, denunciando até mesmo seus próprios companheiros à polícia por achar alguém racista ou homofóbico por ter falado alguma coisa que lhe ofendeu. Recentemente tivemos o caso de Bruna Brelaz, atual presidente da União Nacional dos Estudantes, que processou o companheiro Juliano Lopes, um dos coordenadores do Coletivo João Cândido, grupo de negros do Partido da Causa Operária, por suposto racismo. Ele disse que ela era uma “negra de alma branca” ou “negra da casa”, ou seja, ele próprio a denunciou (não na justiça, mas no debate de ideias) como sendo uma serviçal da burguesia branca, isto é, inimiga dos negros. E se provou que realmente é, pedindo para a justiça da burguesia branca punir um militante negro.

Ou seja, a pretexto de nada, assim como de absolutamente coisa nenhuma, os identitários têm ajudado a instaurar cada vez mais uma ditadura ferrenha contra as palavras, onde qualquer coisa pode ofender o outro e, portanto, precisa ser censurada, apagada da história da humanidade, assim como aquela pessoa, como, por exemplo, um jovem falando besteiras com outro jovem, precisa ser jogada em um poço escuro, cheio de cobras, que a torturaram pelo resto de sua vida.

Isso não é correto, qualquer pessoa tem que ter o direito de falar o que quiser, seja em privado ou em público. Este é o direito fundamental de liberdade de expressão, onde não existem processos por falar algo que ofendeu alguém e onde toda essa ditadura identitária não tem espaço.

Os estudantes são jovens e estavam trocando figurinhas, em uma conversa privada. Eles são a vítima da história, enquanto a Universidade, os identitários e, sobretudo, o Estado burguês os persegue para infernizar suas vidas por estarem simplesmente falando.

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