A partir desta segunda-feira, 18, o governo do estado de São Paulo determinou que 100% dos alunos de escolas da rede estadual devem voltar às aulas presenciais, embora apenas ¼ delas tenha condições de receber os estudantes de forma segura, considerando o distanciamento social necessário para impedir a contaminação de jovens e crianças pelo coronavírus. Segundo a Secretaria Estadual da Educação, as demais escolas, por falta de espaço físico, ainda manterão o sistema de rodízio.
Deliberações como essa demonstram a demagogia do governo do PSDB e de João Doria, em São Paulo, já que, como se percebe facilmente indo à maioria das escolas do estado, a educação nunca foi prioridade de governos neoliberais e que os anos do PSDB no estado destruíram o ensino público. Há décadas, o nível do sistema de ensino tem sido rebaixado, não há investimentos necessários para alavancar o ensino público, como acontece com o país inteiro. Com o discurso de que a educação é um serviço que não pode parar, esse governo toma decisões que favorecem apenas as empresas que lucram com essa atividade.
Toda essa operação aumenta desmesuradamente o fosso da desigualdade que mata tanto quanto algumas guerras que ocorreram e ocorrem no mundo. Para garantir que todo um esquema capitalista não deixe de ganhar com as escolas em funcionamento total, como transporte, cantinas, empresas de uniforme, fornecedores de merenda, entre outros, os jovens são impelidos a um convívio que os pode infectar e até levá-los à morte.
Como todo governo subserviente aos capitalistas, o PSDB segue firme na destruição de São Paulo e de sua população: não é preciso muita observação para notar a decrepitude das cidades e da capital do estado mais rico do país.
O PSDB e João Doria não estão preocupados com a situação dos estudantes. Pelo contrário, estão querendo jogar os estudantes em meio a pandemia e sem estarem vacinados no risco de se contaminarem nas escolas e no transporte público lotado. Estão interessados apenas nos lucros e nas empresas que estão a serviço da direita parasitando o estado.