Em áudio vazado no último período, de uma reunião ocorrida em agosto deste ano, o “reitor” interventor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Janir Alves Soares aparece atacando gratuitamente estudantes e professores. O golpista se dói de sua própria falta de legitimidade e se ampara na autoridade institucional para buscar manter-se em seu cargo.
O “professor”, ao ser indagado a respeito de temas os mais variados, entende a questão como um ataque constante à ocupação que faz do cargo de reitor da universidade — de maneira não eleita, mas indicada pelo golpista Jair Bolsonaro — localizada ao norte do estado de Minas Gerais. Esse entendimento por parte do interventor já demonstra, por si, a fragilidade de sua posição, ou seja, que não tem apoio algum e que pode ser derrubado facilmente com alguma organização da base estudantil, setor mais avançado politicamente nas universidades.
O destaque deve ser dado à inação da União Nacional dos Estudantes, que nada fez contra essa intervenção ou qualquer outra, tendo uma postura de buscar se adaptar às intervenções e negociar a passividade dos estudantes com os mandatários do presidente golpista Bolsonaro. A troco de quê, não sabemos, mas a entidade que deveria organizar a luta política dos estudantes e representar esse setor não faz absolutamente nada mesmo contra as figuras baixas e rastejantes tal qual o reitor da UFVJM, Janir Alves, um escroque, golpista, interventor sem vergonha nem autoestima.
A questão das chamadas listas tríplices aparece sempre como forma de atacar a autonomia universitária, retirando especialmente dos estudantes, mas também de servidores e docentes o poder de definir a política da instituição, submetendo-a aos desmandos de governos de plantão. A Aliança da Juventude Revolucionária – AJR, coletivo de juventude do Partido da Causa Operária – PCO, defende o governo tripartite nas universidades. A verdadeira autonomia universitária se dará com o poder de participação equânime entre os setores que compõe as comunidades acadêmicas, não com a desproporcionalidade nos conselhos garantida ao corpo docente, nem com eleições que não são seguidas, com a chamada lista tríplice.
Abaixo a intervenção nas universidades! As comunidades acadêmicas não devem buscar dialogar com os fantoches interventores do governo Bolsonaro. Não devem dar-lhes nem o ouvido, nem nada, são interventores e como tal devem ser tratados. O mínimo de democracia exige que as reuniões devem necessariamente ser presenciais, e os escroques postos abaixo e impedidos de adentrar os espaços de deliberação com qualquer autoridade, e com os meios que se façam necessários. Golpista não é reitor, é títere! E tal como um títere velho, deve ser jogado na lata de lixo, no caso, da História!