O reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realiza cobrança de aluguel ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) do espaço já utilizado pelos estudantes. O DCE da Paraíba é composto por duas sedes, a principal fica no Centro de Vivências e a segunda sede serial do DCE social. As sedes são utilizadas pelos estudantes para administrarem sua coordenação, pois o DCE é responsável por administrar as reivindicações dos estudantes e representá-los perante a reitoria e o governo. Além disso, o local também é utilizado para eventos estudantis e alojamento o corpo discente em épocas de Congressos.
Segundo Ruan Navarro, representante do DCE na Universidade Federal da Paraíba, em entrevista a uma emissora de rádio pessoense, o reitor passou a fazer uma cobrança inicial de mais de 160 mil reais, que se comparado a metragem com o valor da cobrança, o DCE Social ultrapassa a soma de 700 mil reais, ou seja, os estudantes teriam que desembolsar mais de 870 mil reais para funcionar nos espaços da Universidade.
Lembrando que o Diretório Central dos Estudantes é uma das representatividades mais importante dos estudantes de nível superior, por onde acontecem discussões de pautas necessárias ao desenvolvimento do estudante dentro da Universidade. É por ele que é decidido propostas e ideias aos estudantes e para os estudantes. Cobrar o estudante por um espaço que é dele é de extremo absurdo.
O Reitor da UFPB, Valdiney Gouveia, é do Departamento de Psicologia e foi nomeado para o cargo de reitor pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em novembro de 2020 com zero votos no Consuni pela Universidade, mas por compactuar com o governo fascista, direitista e militarista de Bolsonaro, protegido pelo STF, que deferiu todos os processos de pedido de anulação de seu cargo, permaneceu no cargo e deu início a perseguições aos estudantes e seus direitos.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Igor Montalvão, em entrevista à mesma rádio, destacou “Nesse momento em que o movimento estudantil tem sido fundamental para lutar contra os retrocessos do governo, contra os ataques à autonomia universitária, o interventor Valdiney, ao fazer isso, ao atacar, na verdade só respalda, e demonstra que é um representante desse projeto autoritário do governo Bolsonaro”.
Essa é de certo uma tentativa do governo golpista e genocida de destruir o Movimento Estudantil por meio da força. Impor uma multa por militar é o mesmo que mandar a polícia invadir a sua sede, no fim das contas é a tentativa de tornar inviável qualquer organização estudantil.
