Nos últimos dias 13 e 16, alunos do colégio Intellectus, no Rio de Janeiro, organizaram protestos exigindo a demissão de dois professores, de matemática e de biologia, por conta de episódios de assédio sexual e psicológico. O primeiro protesto aconteceu na sexta-feira, no pátio da escola, mobilizando todo o colégio contra a direção e contra os dois professores que teriam tratado de forma completamente inadequada os alunos.
Em um vídeo dos alunos no auditório, um aluno discursava energicamente contra a omissão da direção, naquilo que marca um avanço do movimento estudantil, livrando-o das amarras do imobilismo. Os alunos, além de promoverem uma manifestação, formaram um comitê, que se reuniu na segunda-feira. Após a formação do comitê para denunciar os professores que provocaram a revolta dos alunos, foi redigida uma carta de repúdio, que foi espalhada pelo colégio.
Afirmando o caráter combativo do movimento dos estudantes, foi decidido que os alunos se manifestariam de vermelho. Na convocatória dos atos dos estudantes, também há palavras de combatividade, terminando em um apelo: “alunos, uni-vos”.
Com isso, indica-se o caminho para as outras escolas do Rio de Janeiro e do Brasil: mobilizar os estudantes em torno de suas reivindicações, organizando a revolta da juventude para a conquista de suas pautas, contra os elementos negligentes com a juventude, para impor através da luta o desejo dos estudantes.