O governador “científico” do estado de São Paulo, João Doria, apresentou na última quinta-feira, 19 de agosto, novo programa que tem demagogia até no nome: Bolsa do Povo Educação.
O programa, segundo anúncio do governo, visa combater a evasão escolar pagando R$1000 por ano letivo para estudantes do ensino médio da rede estadual em situação de pobreza e extrema pobreza. O programa, no entanto, é pura propaganda eleitoral: a bolsa de R$1000 que pretensamente combateria a evasão escolar são em realidade miseráveis R$83 por mês. Governador do estado com maior número de mortes por coronavírus no país, Doria não ofereceu sequer auxílio emergencial para o povo. Este programa, não nos enganemos, tem por único objetivo promover a candidatura de João Doria para presidente em 2022 como candidato da chamada terceira via.
Doria se declara preocupado com o futuro da geração de estudantes que estão evadindo a escola. Ora, se se preocupasse realmente com o futuro da juventude, não estaria tirando proveito do altíssimo nível de desemprego na juventude brasileira, e paulista em particular, para super-explorar a mão-de-obra jovem por metade de um salário mínimo.
O fascista João Doria está tão preocupado com a educação dos estudantes pobres do ensino público estadual quanto está com as suas condições de vida. Doria, que aproveitou o fechamento das escolas no início da pandemia em 2020 para demitir funcionários a rodo, que desde o final de 2020 reabriu as escolas, empurrando professores, funcionários e alunos para a morte sem vacina, que ataca os servidores estaduais e que destrói a carreira do Magistério, que manda a PM espancar professores em greve, não tem nenhuma preocupação com a educação. A Doria só lhe preocupam as perdas nos indicadores econômicos com as escolas fechadas e é por isso que reabre as escolas com 100% de atividades presenciais em pleno reascenso do número de casos e mortes com a variante Delta.
Tampouco lhe preocupam as condições de vida dos estudantes e de suas famílias. Doria, lacaio dos capitalistas abutres da Fiesp, colocou o estado de São Paulo à venda, com um saldo de privatizações que dão inveja a Bolsonaro, é o maior responsável pela situação de desemprego, miséria e desespero da população trabalhadora do estado de São Paulo. Enquanto famílias inteiras dormem ao relento em um dos invernos mais rigorosos da história de São Paulo, Doria é o responsável por um terço dos despejos durante a pandemia: quase 4 mil despejos, que revelam que sua verdadeira política é a do “Fique SEM casa”. Esta é a política de João Doria: a face mais cruel e legítima representante da política neoliberal de esmagamento da população trabalhadora.
Enquanto a esquerda frente amplista do PC do B e PSOL, que domina a burocracia do movimento estudantil, elogia e faz campanha para o “cientista São João Doria”, desmobiliza os atos traindo o ímpeto de mobilização do povo trabalhador, colocando-se como auxiliar da terceira fase do golpe, o governador Doria, apesar da propaganda demagógica, diante da crise sem precedentes do capitalismo, não pode esconder ou arrefecer a política de fome e morte da direita dita “civilizada”, capacho do imperialismo. A única saída é a derrubada do regime golpista de conjunto pelas mãos do povo trabalhador. Pelo Fora Bolsonaro, Fora Doria e todos os golpistas, por um governo dos trabalhadores, com Lula presidente!
