Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a crise causada pela administração do governo golpista de Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à pandemia fez com que 20 estados tivessem uma taxa de desemprego recorde. Os mais afetados pelo desemprego são os jovens. No grupo das pessoas de 18 a 24 anos a taxa chegou a 29,8%, mostrando que os jovens são o setor mais afetado pela crise capitalista, agravada pela pandemia, o que transforma o país numa panela de pressão prestes a explodir através de uma revolta popular.
Em 2020 o IBGE registrou que a taxa chegava a 13,5%, a maior desde 1993. No último semestre do ano a taxa chegou a 13,9%. O número total de desempregados foi de 13,4 milhões, quase um milhão a mais que no ano anterior. A maior taxa de desempregados foi nos estados do nordeste, Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%) e Sergipe (18,4%), enquanto os menores foram na região sul, como Santa Catarina (6,1%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%).
A taxa de desemprego entre pessoas negras foi de 17,2% e a de pardos foi de 15,8%, enquanto a de brancos foi a menor, com 11,5%. A taxa entre as mulheres também foi alta, chegando a 16,4%, com 4,5% a mais que a dos homens, que foi 11,9%.
O caso mostra que os jovens, as mulheres e os negros são os grupos sociais mais oprimidos pelo desemprego, fruto da crise capitalista e da pandemia no País. Outra parte da pesquisa mostra a segregação causada pela elitização das escolas e universidades, onde os brasileiros com ensino médio incompleto se encontraram com uma taxa de 23,7% de desemprego, enquanto os com nível superior completo ficaram em 6,9%.
Os dados indicam que após a diminuição do valor do auxílio emergencial o número de pessoas procurando trabalho aumentou. O auxílio, que já era um valor baixíssimo de R$600,00, ajudou a amenizar os impactos da crise. Após sua redução e mesmo extinção, o aumento do número de desempregados era inevitável. A atual crise que o país passa é uma demonstração do descaso do governo com a pandemia e mostra como o imperialismo e sua política neoliberal é um regime decadente.
Esta decadência faz com que os jovens, enquanto setor mais oprimido pelo capitalismo, sejam cada vez mais esmagados. Sem experiência e não sendo formados, a maioria dos jovens se torna mão de obra barata, sendo os principais trabalhadores informais ou compondo o exército de reserva de desempregados.
Diante disso, é necessário que a juventude lute pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, para que mais pessoas possam trabalhar. Também é preciso defender que o auxilio emergencial seja pago a todos os trabalhadores durante estes tempos de pandemia, que seja vinculado ao salário mínimo vital de R$5.500,00 reais, que também deve ser reivindicado para que a população consiga cumprir suas necessidades básicas.
