Na última sexta feira, pressionado pela mobilização de estudantes e outros setores da população o deputado Carlão Pignatari (PSDB), que está como governador em exercício em função das viagens de João Doria e Rodrigo Garcia ao exterior, vetou o projeto de lei do Deputado estadual, o fascista Arthur do Val (Patriotas), mais conhecido por “Mamãe Falei”, que saiu do esgoto da política do MBL (Movimento Brasil Livre) e do bolsonarismo para atacar o povo no legislativo, que decretava o fim do direito a meia entrada a expressivos setores da população paulista.
O projeto do deputado de defesa dos capitalistas da área cultural havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), acabava com a meia-entrada nos eventos culturais, um direito assegurado até mesmo por leis federais.
Com a aprovação pela maioria dos deputados direitistas da Assembleia Legislativa no último dia 27 de outubro, do fim do direito a meia entrada, explodiu a revolta de amplos setores populares e de classe média, em especial dos estudantes e da juventude explorada e oprimida que se expressou claramente pelas redes sociais e que viram na aprovação do estúpido projeto o fim de um direito que visava expulsar o povo e beneficiar apenas os capitalistas do setor, que aumentariam os ingressos ao seu bel-prazer.
O governador em exercício Carlão Pignatari (PSDB), também presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, declarou:
“O projeto, ao proibir aos estabelecimentos a instituição de cotas máximas de ingressos para meia entrada, bem como vedar a concessão de meia-entrada para categorias específicas de ingressos (artigo 2º) também não está em conformidade com a legislação federal, que assegura o benefício para 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento.”
“Concluiu-se que a matéria se encontra suficientemente disciplinada na esfera federal, e que projeto mostra-se incompatível com as normas gerais expedidas pela União.”
Com isso foi encaminhado ao arquivamento o projeto do deputado Arthur do Val (Patriotas).
Nos últimos meses, setores dirigentes de importantes partidos de esquerda como o PC do B, partido que dirige a UNE (União Nacional dos Estudantes) vem defendendo em reuniões públicas, como a reunião que ocorreu na quadra dos bancários por ocasião da organização do dia de luta de 24 de julho pelo Fora Bolsonaro, onde dirigente do PC do B, após fala de militante do PCO, contra a participação nos atos da esquerda e dos trabalhadores de representantes dos capitalistas como o PSDB, este representante do PC do B na reunião, declarou em alto e bom som, que haveria sim no dia 24 daquele mês, Patriotas e PSDB na manifestação.
Os ataques da direita à classe trabalhadora e a juventude brasileira deixam claro que não é possível nenhum acordo da esquerda com a direita, não é possível nenhum acordo com a 3º via, com a política de frente ampla. E que a política das direções de tais partidos da esquerda é um crime e uma traição contra a classe trabalhadora do país.
O recuo do partido chefe da terceira via, o PSDB sobre a meia entrada aconteceu devido a revolta dos estudantes nas redes sociais, e ao medo da burguesia de que uma possível mobilização nas ruas desse setor pode ser um estopim a incendiar a juventude do principal estado do país.
