A juventude dos Estados Unidos da América está para completar três anos sem um calendário sequencial de aulas por conta da pandemia que assola o mundo. Desde o começo do ano, mais especificamente em janeiro, agências de saúde norte-americanos vem divulgando um número altíssimo de infeções das novas variantes em crianças e jovens de todas as idades. Um total de 9.452.491 casos infantis de COVID-19 foram relatados em todo o país até o dia 13 do primeiro mês do ano, aumentando drasticamente os casos infantis de COVID-19, segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP) e da Associação Hospitalar Infantil.
Já neste mês, mesmo no fim do período letivo, diversas universidades decidiram retomar a obrigatoriedade do uso de máscara, logo após ter extingui-lo. Para além desta medida, muitas instituições retomaram as aulas na modalidade EAD, atacando novamente a qualidade do ensino dos jovens do seu próprio país.
Nesta altura do campeonato, já deveria ser mais do que óbvio, principalmente para a esquerda pequeno-burguesa, que os grandes capitalistas, através de seus políticos de estimação do Partido Democrata, nem chegaram perto de pensar em uma paralisação em massa das fábricas, do comércio, e também do pior mal em toda a pandemia para a saúde dos trabalhadores: os transportes públicos. Na área do lazer, que também sustentam a economia dos parasitas imperialistas, os grandes eventos, jogos, que aglomeram milhões de trabalhadores todas as semanas, continuam a todo vapor. Ou seja, é uma grande demagogia!
Afinal de contas, seria o coronavírus transmissivo apenas fora das escolas e universidades? Decerto que não. Trata-se, antes de tudo, de uma arbitrariedade direcionada para oprimir a juventude, atacando os seus direitos e restringindo cada vez mais o acesso do povo às instituições de ensino.
A implantação de aulas à distância foi adotada como critério de redução dos custos de manutenção com os prédios, com os salários de professores e alunos. Lembremos que a intenção de utilizar esse recurso é anterior à pandemia, inclusive já existiam alguns cursos funcionando neste formato. E assim, a pandemia veio a calhar com a intenção do estado burguês de liquidar completamente o ensino público em várias partes do mundo, como reza a cartilha do neoliberalismo. Esse é um modelo de educação onde os alunos não aprendem nada e o coronavírus é a desculpa perfeita para reduzir os investimentos na educação.
E falando em censura do governo decadente dos EUA, está acontecendo mais um processo neste país que evidência a destruição das condições mais básicas para aprendizado dos jovens, através de livros proibidos nas escolas e universidades norte-americanas que desde 2000 chegaram aos números de 1.600.