No último domingo, 1° de dezembro, a Polícia Militar fascista de João Doria mostrou novamente qual o seu objetivo em relação à população: 9 pessoas foram mortas e 12 foram feridas durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo.
Um nota da PM afirma que os policiais estavam durante uma operação, apelidada de “operação pancadão”, quando foram alvos de tiros vindos de dois homens numa moto, que logo após foram em direção ao baile funk “atirando e provocando tumulto”. Lá, os policiais teriam sido atingidos por garrafas e pedras e, por esse motivo, teriam revidado com bombas de efeito moral, dispersando as pessoas presentes no local. A PM ainda afirma que nenhum policial disparou contra a multidão.
Entretanto, a versão das pessoas no baile e do resto da comunidade é diferente: no dia 1° de novembro um sargento morreu durante um confronto em Paraisópolis. Depois disso, os moradores afirmam que as operações da PM são diárias, com bloqueios de ruas, revistas e ameaças aos moradores, inclusive a crianças. Alguns moradores ainda afirmam que frequentemente escutam frases como “vamos tocar o terror em Paraisópolis”.
As testemunhas que estavam no baile disseram que a PM chegou no local atirando e quebrando carros e motos. Nesse momento, a polícia também já havia bloqueado algumas ruas em volta do local, fazendo com que a multidão que estava no baile se concentrasse num pequeno beco, onde os jovens mortos teriam caído e sido pisoteados.
Segundo relatos, a PM teria usado bombas de efeito moral, gás de pimenta e balas de borracha, além de ter agredido a multidão com garrafas e cassetetes.
Após a ação da PM, os moradores de Paraisópolis fizeram uma manifestação com gritos de protesto como “Doria, a culpa é sua!”.
O fascista Doria fez questão de fazer demagogia dizendo que “sente muito pelas vítimas” e, poucas horas depois, já estava elogiando a PM de São Paulo, dizendo que é uma polícia “preparada, equipada e bem informada” e que faz o seu trabalho “com seriedade, com planejamento, com estruturação, com inteligência para permitir a ação preventiva do crime, com respeito aos policiais”.
Com isso, fica claro que a PM está preparada, equipada e bem informada para reprimir a população e matar o povo pobre e trabalhador das favelas, sobretudo os jovens que não podem ter um momento de lazer sem serem encurralados pela polícia fascista.
A Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), juventude do PCO, vem reforçar a proposta do partido da necessidade de acabar não só com a Polícia Militar, mas com todo o aparato repressivo do Estado que é o principal responsável pela morte da população. Também reforçamos a necessidade de criação de milícias populares e, consequentemente, do armamento do povo, já que só ele pode se proteger da violência do Estado capitalista que o massacra todos os dias, de todas as formas possíveis.
Nesse aspecto, o jovem, sobretudo os da favela são os mais afetados. Eles sofrem sobretudo com o desemprego e as más condições de vida, além de serem os mais vulneráveis à ação da polícia.
É preciso exigir a saída do golpistas por meio da mobilização popular, indo às ruas e usando as palavras de ordem fora Bolsonaro e fora Doria para impor uma derrota a direita. É necessário intensificar as mobilizações exigindo a saída dos fascistas, que têm uma política de massacre ao povo pobre.
Veja abaixo a lista dos jovens mortos na chacina:
- Marcos Paulo Oliveira dos Santos, 16 anos
- Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos
- Eduardo Silva, 21 anos
- Denys Henrique Quirino da Silva, 16 anos
- Mateus dos Santos Costa, 23 anos
- Homem não identificado 1, aproximadamente 28 anos
- Gustavo Cruz Xavier, 14 anos
- Gabriel Rogério de Moraes, 20 anos
- Luara Victoria de Oliveira, 18 anos
Clique aqui e veja o momento em que a PM encurrala jovens que estavam no baile.