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Por Lula Presidente

Acima de votar, juventude precisa se mobilizar

Com as eleições se aproximando, a burguesia iniciou uma campanha em torno do voto da juventude quando, na realidade, esta deveria estar nas ruas

lula são bernardo 2

Começou nesta semana a campanha Jovem Eleitor 2022, promovida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Presidido pelo ministro Faccin, conhecido por ter sido chamado de verme por um ex-amigo de faculdade mas também por ter encabeçado a operação golpista Lava-Jato, o TSE quer incentivar adolescentes de 16 e 17 anos completos até dia 02 de outubro a fazer seu título de eleitor e participar das eleições. Para motivar a juventude, o Ministro chefe desse tribunal, fez um comovente vídeo (regado a demagogia e hipocrisia).

No vídeo, Faccin ressalta a importância da participação ativa através do voto. Porém, só o voto não é suficiente para atuar efetivamente no campo político. A juventude que se importa com as questões políticas, agudas atualmente, e preocupa-se com o futuro do nosso país, têm o dever de organizar politicamente e isto não significa fazer intervenção artística para quebrar tabus ou xingar muito no twitter . E por falar na rede do passarinho, para cororar esta ação hipócrita, “o TSE liderará na quarta-feira (16), a partir das 10h, uma ação lúdica, educativa, apartidária e voluntária para sensibilizar ainda mais a juventude brasileira: um tuitaço marcado pela hashtag #RolêdasEleições.” como consta no site oficial tse.jus.br.  

Em meio a twittaços, abraçassos, cirandas e rodas de conversa, a juventude dos últimos dez anos, em sua maioria, afasta-se da luta real, seja por falta de identificação ou por ser cooptada por uma “esquerda” que segue a cartilha imperialista e repete tudo que a Globo e seus derivados dizem.

A situação se agrava nos últimos dois anos com a desculpa da pandemia. É fato que a pandemia existe, não estamos aqui negando isso, entretanto, usar a pandemia para desmobilizar a luta popular e se esconder no conforto do seu lar enquanto a classe trabalhadora continua se pondo em risco para manter os serviços consumidos pelas classes mais abastadas, com certeza vai envergonhar muita gente no futuro quando perceberem que, ao contrário de terem preservado a vida, assistiram passivamente mais de 600.000 vidas sendo ceifadas por causa de um governo que deveria ter sido tirado do poder. E isto só seria possível com a luta popular organizada e nas ruas. Nenhum grupo social, na história da humanidade, conquistou direitos ou derrubou fascistas ficando sentado no sofá. Mas apesar da mansidão da classe média, a culpa é dos dirigentes que não mobilizaram a população. Apenas o PCO alertou que ficar em casa era uma decisão equivocada.
Agora a estorinha é depositar todas as esperanças no poder do voto. Essa é uma campanha demagógica. Primeiro, porque coloca a culpa no povo, no sentido de que foi o povo que não tirou o título para derrotar o “fascismo” e amplia essa culpa ao jovem que não votar este ano. Segundo porque aponta o voto como a solução dos problemas do povo, o que, por si só, não é verdade. O que pode mudar a situação do povo e da juventude é a mobilização popular, algo que simplesmente não tem acontecido nos últimos 2 anos.

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