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Análise Política da Semana

Veja como foi a continuação da Análise Política da Semana

Confira os principais temas da mais tradicional análise política de toda a esquerda brasileira. Em especial a criminosa votação da PEC das compra de voto e capitulação da esquerda

Na última segunda-feira (18), aconteceu a continuação da Análise Política da Semana, forçosamente interrompida no dia 16 por uma queda de energia no bairro.

No início da transmissão, foi esclarecido que quem é membro da COTV não precisa deixar de sê-lo, pois o canal não foi cancelado, somente a transmissão no Brasil é que foi interrompida, uma arbitrariedade que o canal COTV Reserva procura superar, sendo fundamental a inscrição dos simpatizantes e apoiadores do PCO neste novo canal.

Depois, foi informado outros programas que contarão com a participação do companheiro Rui, o Análise Política das terças no novo canal Rádio Causa Operária às 16 horas. Na próxima semana, retorna na segunda-feira, às 18 horas, o programa Marxismo, de estudo teórico sobre o socialismo cientifico, que será transmitido no canal PCO oficial, e a retomada do programa cultural Arte e Revolução as 19 horas às quintas-feiras.

Também foi realizado o agradecimento aos canais de YouTube que entrevistaram o companheiro Rui na última semana, um contraste com o Brasil 247 que cancelou sua entrevista semanal por decisão de seu Conselho Editorial. As entrevistas foram nos Associação Nacionais dos Trabalhadores Portuários (ANTP), Platinho, NVP Entrenimento, Conexão News Web Tve e o canal Geo Force. E divulgado outros canais onde serão realizadas novas entrevistas. Por fim, foi anunciado que no dia do Congresso Nacional do Partido haverá um ato na avenida Paulista em São Paulo.

O primeiro assunto abordado foi o da esfera internacional relativo ao aumento da inflação nos Estados Unidos devido aos reflexos das sanções. que o Imperialismo estabeleceu sobre a Rússia.  Inclusive vale o lembrete: é previsto a reestreia do programa da análise internacional as sextas as 19 horas já nesta semana.

O Companheiro Rui destacou a informação que a inflação estadunidense estaria se aproximando dos 10%. Apresentando uma situação explosiva pelo aumento dos preços dos combustíveis no país. Um tom de comédia pois o ataque imperialista ao Putin, não fez efeito a Rússia e tem piorado as condições econômicas nos países que as estão aplicando.

Uma das consequências previstas por ele é a mobilização da classe trabalhadora mundial para recuperar as perdas econômicas. Como exemplo relembrou as greves operárias no Brasil no final da década de 70 que criaram a Central Única dos Trabalhadores.

A crise do governo Macron mesmo tendo acabado de ser reeleito, a queda dos primeiros ministros no Reino Unido e na Itália, ao mesmo tempo o governo social democrático na Alemanha tem perdido apoio dia a dia. A situação pode piora ainda mais quando chegar o inverno na Europa uma vez que a necessidade de combustíveis vai aumentar.

Para Pimenta o Brasil e a América Latina também vão sofrer as consequências do aumento dos preços dos combustíveis. Destacou que aproximação da campanha eleitoral tem tirado o foco no Brasil da situação internacional. Ressaltou que considera que no Sri Lanka foi uma efetiva mobilização popular e não uma revolução colorida e que está cada vez mais próximo o momento que a China interverá em Taiwan.

No cenário nacional, foi comentado com a presença do Lula motiva a participação popular nos atos, apesar da baixa divulgação, um forte indicio da tendência a mobilização, não somente eleitoral, mas sim geral.

Só que existe um elemento contraditório na campanha do PT e do Lula, parecendo que é dominada pelos partidos direitistas da coligação, pois a resposta para uma possível violência bolsonarista é o emprego de meios “direitistas” como a justiça ou a polícia, instituições com uma presença marcante de bolsonaristas.

O pânico que está dominando a campanha fez que em Brasília ao invés de fazer o ato em um lugar aberto como no Rio de Janeiro, fosse realizado em um lugar fechado e com um rígido controle de revista o que provocou que o local de aproximadamente 8 mil pessoas não estivesse cheio. Levando a conclusão que a campanha pode estar implodindo por este pânico com o bolsonarismo, agravada com o assassinato do militante petista por um apoiador do Bolsonaro.

Outro fator que enfraquece a campanha é a ação dos marqueteiros em podar o discurso do Lula, tirando a sua espontaneidade com o medo de dizer alguma palavra que ofenda os identitários.

Em termos de eleições foi avaliada a pesquisa realizada pelo BTG que estaria apontando uma tendência de queda das intenções dos votos de Lula e de Bolsonaro e de crescimento da candidata identitária senadora Simone Tebet de até 20 % das intenções de voto se os dois candidatos mais bem colocados se unirem em torno dela.

O perigo do crescimento da 3ª via aumenta com a possibilidade de uma campanha difamatória da imprensa burguesa contra o Lula. Pimenta indicou que já existiram três notícias que foram divulgadas e colocadas de molho.

Uma suposta ligação do PT com PCC relacionada com a morte do Celso Daniel, a prisão nos Estados Unidos de um chavista que poderia delatar ligações do PT com o tráfico de drogas internacional e a declaração do colunista Merval Pereira, porta voz da família Marinho, que Lula teria um “teto de vidro” em relação a questão do assédio sexual. Tudo isto junto poderia através de uma forte campanha difamatória tanto pela imprensa burguesa ou pelas campanhas adversárias alterar o cenário eleitoral.

O tema seguinte foi a votação da PEC da compra de votos, uma expressão criada pelo PCO para demostrar a finalidade e a ilegalidade desta proposta de emenda constitucional. Diferente do adotado pela imprensa burguesa.

Contudo este é um termo que os partidos de esquerda não podem adotar pois eles votaram a favor desta ilegalidade, pois é proibido a distribuição de numerário a pessoas físicas próximo das eleições.

Foi neste momento que a transmissão da análise foi interrompida pela queda de energia da empresa privada paulista.

Retomada na última segunda com uma rápida retrospectiva dos temas abordados no domingo e aprofundando a questão da votação da PEC citada acima.

Sobre esta votação, o companheiro Rui destacou dois aspectos: o primeiro é o que foi votado. Não foi uma doação de dinheiro a certos setores da sociedade, mas sim a declaração do Estado de Emergência como a imprensa tenta mostrar.

Na verdade, foi dado poderes ao executivo em geral que permite passar por cima da lei existente e sendo que este estado de emergência não está previsto na Constituição Federal. Nela só constam o estado de sitio, de defesa e de calamidade pública. Logo “o estado de emergência seria uma criação esquisita” e “abre uma porta grande”.

Como o presidente nacional do PCO alertou que “amanhã o Congresso Nacional aprova que no estado de emergência o presidente pode fazer A, B ou C”.

Algo bastante incoerente se a esquerda considera que Bolsonaro pode dar um golpe caso perceba que não vai ganhar as eleições em outubro.

O estado de emergência votada permite que seja desconsiderado a legislação eleitoral que só permite que em ano eleitoral somente as empresas podem receber benefícios financeiros, ou seja normalmente só a compra de votos dos empresários é legal.

Aproveitando desta concessão criminosa dada pelo congresso, Bolsonaro vai dar dinheiro para setores que estão sofrendo devido ao aumento dos combustíveis, setores como caminhoneiros e taxistas que vão transferir estes recursos para os acionistas internacionais a Petrobras. Além disso parte dos recursos serão doados através do Auxilio Brasil que vai acabar junto com as eleições, uma clara e criminosa compra de voto.

Assim Rui Costa Pimenta destaca que existem dois fatos: “Diretamente temos a aprovação do Estado de Emergência e indiretamente a aprovação da distribuição de R$ 50 bilhões de dinheiro para a campanha do Bolsonaro e dos bolsonaristas, ou seja, um investimento bilionário no Apocalipse”.

Em relação a esquerda nacional estaria em um dilema uma vez que “ou votaria na pec e dar o dinheiro para o Apocalipse ou volta contra sofre a rejeição de amplos setores da população que queriam o dinheiro” além da acusação dos bolsonaristas. Só que o companheiro Rui alerta que isto não é verdade pois ela seria aprovada sem os votos da esquerda e o correto seria dizer que apoia os benefícios financeiros para a população, mas não de modo criminoso.

Em suma a esquerda capitulou frente a politica bolsonarista, mas os erros da esquerda é adotar a capitulação como uma política geral e integral

Visto que o companheiro Rui alerta que a representação do PT, outros partido de esquerda, além ao PSB e outros ao STF e ao Alexandre de Morais apresenta as seguintes ideias: “primeiro que o TSE deveria controlar o que o Bolsonaro vai falar na campanha eleitoral tanto de modo direto e indiretamente para o seu público especifico, evitando o chamado discurso de ódio, algo bem misterioso e sem definição”, o que poderia significar ódio quando ele diz amor, uma cópia piorada da política adotada pelo Partido Democrata contra o Trump;  Segundo foi pedido que se um bolsonarista  qualquer cometer alguma coisa como no Paraná o Bolsonaro deveria expressar uma opinião condenado o acontecimento, mesmo que ele não concorde.

Em suma “a frente partidária que se formou para apoiar o Lula decidiu partir para uma verdadeira operação judiciária contra a campanha eleitoral e a expressão nas eleições”.

Entretanto, ele alerta que o senador Humberto Costa, aquele que pediu que a página do golpe fosse virada, apresentou um projeto de lei que penaliza o partido ou a federação partidária por um homicídio realizado por um dos seus membros, algo extremamente antidemocrático, típico das ditaduras.  O chamado crime de associação ao estilo do macartismo.

Ressaltou que a esquerda não pode defender que sejam criadas leis que coloquem mais pessoas nas prisões.

Por isto o erro do PT em pedir que o assassinato do Paraná seja caracterizado como crime político, mas não para que sejam tratados no estilo da democracia como um crime superior, demandando um foro especial e algumas facilidades, mas sim para agravar as penas destes crimes.

Rui Costa Pimenta, mais uma vez, alerta que no Brasil a lei que tipifica o crime politico é a lei da segurança nacional, uma lei do Estado contra o cidadão. Além disso, a capitulação da esquerda ao acreditar no judiciário e não realizar uma politica ampla e democrática, chamando o povo a participar das eleições de modo efetivo e protegendo a candidatura do Lula.

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