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TV 247

Rui Costa Pimenta fala sobre o discurso de Bolsonaro na ONU

O presidente do Partido da Causa Operaria falou também sobre a situação da terceira via nas eleições de 2022 e sobre a estagnação dos sindicatos

Nesta terça-feira, 21 de setembro, Rui Costa Pimenta participou de mais uma análise política no canal TV 247, entrevistado por Nathalia Urban. O presidente do Partido da Causa Operária falou sobre o discurso de Bolsonaro na ONU e sobre as eleições de 2022. Além disso, a entrevista contou também com uma análise da situação de João Doria como candidato da terceira via.

Logo ao inicio, a apresentadora do 247 questionou sobre o discurso de Bolsonaro e sobre a listagem de empresas a serem privatizadas no Brasil. Para Rui, a fala do presidente foi direcionada para a sua candidatura no ano que vem, “o discurso de Bolsonaro enveredou, novamente, pela linha do bom-mocismo, evitou de causar escândalos e procurou apresentar um panorama cor de rosa. Como nós estamos vendo nos últimos acontecimentos ele está adotando uma posição mais fácil de ser digerida pela opinião pública”. Sobre as privatizações, Bolsonaro, ao apresentar um panorama das empresas a serem vendidas, está novamente se preparando para as eleições, já preparando o terreno para uma disputa contra o Dória, conhecido por privatizar grande parte das empresas de São Paulo. “Esse é o principal calcanhar de aquiles de Bolsonaro diante do setor internacional da burguesia, e ele está tentando resolver. Ele está fazendo uma demonstração de boas intenções para esse grupo”, completou Rui.

Para que o Bolsonaro conseguisse cativar a confiança dos demais países seria necessário que seu discurso soasse como democratico, que tivesse um apelo para os principais países do mundo. Segundo o presidente do PCO, “foi o que ele tentou fazer, o problema é que ele não tem essa versatilidade. No Brasil você tem o Dória, que passa de Bolsodoria a defensor das mulheres e dos LGBTs, e você tem o Bolsonaro, que é uma pessoa petrificada em uma ideologia que não é corrente no mundo hoje”.

Sobre a terceira via, Rui Costa fez novamente um alerta de que não devemos subestimá-los. Segundo ele, mesmo que nas pesquisas a terceira via apareça com poucos votos, isso tende a mudar, haja visto a grande propaganda feita pela imprensa em apoio ao Doria, além da grande campanha feita para apresentá-lo como o salvador na pandemia. “A campanha dele vem sendo levada adiante com cautela, e essa cautela mostra que essas pessoas não são amadores. Está sendo montada uma operação de grande vulto, não será como a candidatura do Alckmin, que eles não conseguiram enfrentar a situação. É uma candidatura com capacidade de disputar as eleições”.

Além disso, a pré-candidatura do PSDB transmitida pela Globo será o início desta campanha, onde serão apresentados os candidatos como um grupo que possui divergências mas é completamente civilizado e democratico. “Sera um espetáculo repugnante de hipocrisia. Mas irá lançar a candidatura do Doria para o país inteiro e a partir daí nós vamos ver qual é a viabilidade da candidatura dele. Nós temos que tomar muito cuidado, porque se por acaso a burguesia conseguir essa proeza de elegê-lo, nós vamos pagar caro por isso, não vai ser melhor que o Bolsonaro não”.

Rui Costa Pimenta também foi questionado sobre a paralisia dos sindicatos diante da situação política atual. Segundo ele, o movimento sindical já está paralisado desde o segundo mandato de FHC, após a derrota da greve dos petroleiros, desta forma eles vem atravessando a pior fase da história, comparável com a época do regime militar. “Isso é uma situação difícil de romper, os sindicalistas se acostumaram com essa situação e eles vivem em um estado de acomodamento permanente. Para que nos tivéssemos um ressurgimento do movimento sindical seria necessário o surgimento de um movimento de baixo para cima, o que me parece que está relativamente proximo”, afirmou Rui.

Para que essas mobilizações aconteçam é necessário que cresça uma radicalização na base da sociedade, no entanto a maioria da população está muito insatisfeita com a realidade atual do país. Segundo Rui, para que a água transborde do copo e a população desperte para a luta política seriam possíveis duas situações. A primeira seria um movimento organizado dos trabalhadores a partir de organizações ou partidos populares que conseguem canalizar essa revolta. A outra possibilidade seria de que algum acontecimento aleatório acabe servindo como estopim de um movimento geral, “como o caso da Tunísia, quando um trabalhador sofreu um confisco de sua propriedade, e desesperado, jogou fogo em seu próprio corpo. Isso gerou uma revolta generalizada no pais que derrubou um governo que era uma ditadura de vinte ou trinta anos. Aqui o acontecimento não precisa ser tão dramático quanto esse, mas esses acontecimentos podem levar a uma explosão geral no Brasil”.

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