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Terror da burocracia

Os bons exemplos do bloco vermelho reverberam nas manifestações

De fato, o bloco vermelho se provou como a alma dos atos. Como o centro político da coisa. Convocador, organizador e agitador. A linha política vermelha predomina

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O bloco vermelho, criado com o objetivo de fazer frente direta à política do verde amarelismo — adotado pela esquerda pequeno-burguesa para acabar com os atos e vender a mobilização para a direita — cresce a cada manifestação. Agora, a política do bloco vermelho já o transcende em larga medida, e setores variados da classe operária adotam a política correta de combater a frente ampla e expulsá-la dos atos, por todos os meios que se fizerem necessários.

Ao longo de todos os atos, o bloco vermelho adotou de maneira firme a política de ser uma verdadeira parede contra a infiltração da direita. Um bloco que demarca os atos como da esquerda, do conjunto dos trabalhadores. Um bloco de quem defende Lula como forma de derrotar o golpe, de derrotar a direita de conjunto, seja a direita fascista, seja a direita dita democrática ou científica. O bloco do Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Lula presidente, por um governo dos trabalhadores!

A locomotiva do movimento

Não apenas isso, o bloco vermelho é o bloco daqueles que tem como método as ruas, a mobilização da classe operária, não as negociatas, os acordos de gabinete. O bloco vermelho é o bloco da base, dos militantes anônimos que se empenham de fato na luta política, nos centros de transporte, nos bairros, nas portas de fábrica. Centenas de atividades de panfletagem, colagem de cartazes, plenárias e todos os meios possíveis para organizar os atos e levar à frente a luta contra o golpe foram adotados. Grupos de trabalho, calendários de atividades, a cada ato a organização dos blocos vermelhos país afora aumentou.

A política do bloco se provou acertada. As mobilizações realizadas pelos companheiros do Partido da Causa Operária e pelos simpatizantes do PCO, muitos deles companheiros da base do Partido dos Trabalhadores (PT), impulsionam outros setores da esquerda a chamar os atos. O bloco vermelho faz uma panfletagem, no dia seguinte a burocracia faz uma panfletagem. O bloco vermelho cola cartazes, a burocracia é pressionada a colar cartazes. O bloco vermelho criou escola. É não apenas o condutor real da tendência de mobilização e revolta no país, mas mostra como e o que fazer, levando as bases de toda a corja direitista da frente ampla a pressionar e colocar a faca no pescoço dos pelegos, forçando o movimento a andar pelo exemplo.

Um trem que não para por nada

Não só a escola do bloco vermelho colocou contra a parede a burocracia partidária da frente ampla, PCdoB, PSOL, PCB, UP e a ala direita do PT. A política dos integrantes do bloco de não aceitar o PSDB no ato do dia 3 de julho, de escorraçar a escória golpista da Avenida Paulista, o que gerou repercussão em toda a imprensa, de esquerda e de direita — e inclusive em órgãos de imprensa internacionais, diretamente ligados ao imperialismo, como a CNN — teve seu exemplo seguido. No último ato, vimos as bases do PT extremamente radicalizadas, operários da CUT e militantes petistas em geral encabeçaram vaias generalizadas a elementos da direita nos atos pelo país e, além disso, protagonizaram altercações em São Paulo com os bate paus do PDT, partido do abutre golpista Ciro Gomes, que teve a audácia de atacar Lula na véspera do último ato, e ainda buscou se promover no próprio ato.

De estação em estação

Mais que isso, a influência do bloco vermelho chegou inclusive a setores anarquistas do chamado bloco autônomo. Na Avenida Paulista se pôde observar um grupo de preto, se afirmando de black bloc, rasgando toda a faixa gigante verde e amarela do ex-Partido Pátria Livre – PPL, agora integrado ao PCdoB, partido completamente à mercê da direita, partido de destaque da frente ampla. A faixa foi sumariamente rasgada pelo bloco de preto, o verde amarelo está repudiado dos atos mesmo por aqueles que no geral ignoram a questão política dentro dos próprios atos, separando-se pela alcunha de bloco autônomo.

Trilhos firmes, vagões vermelhos

O último ato demonstrou que a política do bloco vermelho não afetou apenas a rejeição do verde e amarelo e da direita. A adesão ao uso do vermelho, da afirmação dos atos como de esquerda, da defesa de Lula, aumentou drasticamente. As fotos aéreas tornam visível o que do chão se tem por impressão. Os atos foram, de conjunto, vermelhos. Dessa vez, todas as outras cores foram exceções nos atos por todo o país. O vermelho se tornou não só uma cor de destaque nos atos, mas hoje é a cor das manifestações pelo Fora Bolsonaro.

Devido ao boicote posto em prática pela esquerda pequeno-burguesa, frente amplista, capituladora, muito se viu anteriormente de destaque no bloco vermelho. A Bateria Popular Zumbi dos Palmares é um desses destaques. Os outros partidos e organizações simplesmente não levaram baterias ou levaram baterias extremamente reduzidas nos atos passados. No último foi diferente. Se viu baterias da Central Única dos Trabalhadores – CUT, da Federação Única dos Petroleiros – FUP, e elas tiveram papel decisivo na agitação dos protestos. O bloco vermelho levou para os atos não apenas a sua bateria tradicional, que se organiza e cresce a cada passeata pelo Brasil todo, mas arrastou para os atos dezenas de outros instrumentos, quiçá centenas a nível nacional!

Chegará o fim da linha, antes cedo que tarde

De fato, o bloco vermelho se provou “por A mais B” como a alma dos atos. Como o centro político da coisa. Convocador, organizador, agitador. A linha política vermelha predomina de maneira inconteste. A burocracia de cima de seus palcos e carros de som pode apenas suar frio e transmitir seu feio olhar frente às vaias coordenadas contra a frente ampla pelo bloco de quem trabalhou e trabalha pelo desenvolvimento político da situação. Enquanto o bloco vermelho sua por trabalhar de maneira incansável na luta contra a direita, resta aos pelegos, aos “dirigentes” que buscam dirigir os trabalhadores ao abatedouro, suar de nervoso. Eles sentem que sua hora está chegando, e se desesperam ao perceber que terão que prestar contas de suas ações frente à cobrança da história. E a história cobra através de pessoas, que no caso são suas bases massacradas e enfurecidas.

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