Segundo matéria lançada pelo portal Folha de São Paulo no dia 1º de Novembro de 2020 afirma que “Partidos descumprem regra de repasse de verba eleitoral para negros e mulheres”, Brancos reúnem até agora 60% do dinheiro público eleitoral e homens 73%, a matéria como não poderia deixar de ser negligência o fato de o Partido da Causa Operária distribuir de forma totalmente igualitária os recursos da campanha eleitora entre todos os seus candidatos, chega o citar outros partidos de esquerda “só os nanicos de esquerda PCB e PSTU cumpriram ambas as regras”.
Isso nos abre uma oportunidade de discutir como deve ser o financiamento de campanha do ponto de vista de um partido operário e revolucionário, em primeiro lugar os candidatos não são candidatos de si mesmo e sim candidaturas do partido, que levem a diante os interesses de classe e não individuais e alheios aos interesses do povo como são as candidaturas da burguesia, em segundo lugar o caixa deve ser um caixa centralizado de campanha que divida de forma igualitária os recursos para o desenvolvimento partidário em todos os lugares onde o partido tiver candidatos, e por ultimo os materiais devem ser materiais unificados, levando adiante a politica e o programa do partido, tudo isso está em completa o posição as candidaturas de tipo burguesa e pequeno-burguesa e tem como um único objetivo, a construção da direção revolucionária da classe operária, a construção do partido revolucionário.
Candidatos do Partido, ou seja, da classe operária, e não de si mesmos ou da burguesia
O Partido da Cauda Operária não admite a existência de candidaturas individuais. Todos os seus candidatos são candidatos do Partido e submetidos ao programa, à tática e à disciplina partidária nas eleições. A ambição individual tipicamente pequeno-burguesa deve ser combatida de maneira incansável dentro do Partido e denunciada em relação aos demais partidos de esquerda.
O candidato individual é um candidato de si mesmo e da burguesia. Mesmo se não financiado pela burguesia, uma vez eleito torna-se parte da burocracia do Estado capitalista, sustentado por ele e, portanto, controlado por ele em função da defesa do Estado explorador e da opressão, ou seja, da opressão, da exploração da classe trabalhadora.
Os candidatos do Partido são escolhidos pelos militantes partidários, seguindo o critério das melhores pessoas indicadas para levar adiante a luta pelo programa partidário. Esta escolha deve ser guiada pela atividade partidária de cada militante.
Um só partido, uma só campanha com comitê financeiro único
Ao contrário dos partidos burgueses e pequeno-burgueses que financiam suas campanhas por meio de contribuições de empresas capitalistas que se constituem – de fato – em donas de suas campanhas e, depois, dos mandatos conquistados, o Partido da Cauda Operária – desde a sua origem – se opõe e proíbe o recebimento de doações eleitorais de capitalistas e sustenta suas campanhas e sua atividade nas contribuições obtidas junto aos trabalhadores e à juventude.
Contra a verdadeira guerra que se estabelece no interior dos partidos pela “corrida aos mandatos”, na qual candidatos do mesmo partido disputam entre si para obter as melhores votações e suplantar seus adversários internos, o Partido da Cauda Operária adota como norma a campanha coletiva, partidária, cujo centro seja a defesa de suas propostas, sua luta política e não a “venda” dos candidatos, a disputa individual etc.
Para impulsionar esta perspectiva de luta política coletiva a 30ª Conferência elegeu um comitê financeiro nacional único e centralizado de campanha eleitoral (CFN), o comitê financeiro nacional empregará os recursos unificados, sob a supervisão da direção partidária, para impulsionar a campanha geral do partido em todas as regiões, levando em consideração a necessidade política geral do partido, o desenvolvimento partidário, a participação militante na campanha financeira e política.
Para o Partido da Cauda Operária não importa a cor, gênero, renda, quantidade de votos e sim a construção do partido e neste sentido todos os candidatos tem importância semelhante, portanto, todos os recursos são iguais para o desenvolvimento do partido de norte a sul do pais, de leste a oeste, queremos construir uma partido revolucionário de massa em todos o território nacional e não ganhar votos no candidato A ou B.
No Partido da Causa Operária, é proibido a formação de comitês financeiros individuais, bem como o recebimento e emprego individual de recursos. Qualquer contribuição à campanha deve ser integrada ao fundo único de campanha.
Com isso é garantido que independente da cor, região do país, renda entre outros fatos, todos os candidatos tem o mesmo recurso a sua disposição como única intenção o crescimento e desenvolvimento do partido.
Materiais unificados de campanha
Todos os materiais de campanha – que são produzidos com os recursos arrecadados para a campanha, centralizados no comitê único de campanha – serão produzidos sob a estrita orientação e supervisão da direção partidária.
Todos os materiais dão destaque especial aos eixos gerais da campanha do partido (em primeiro lugar a luta contra o golpe) e aos pontos do programa aprovado na 30º Conferência Nacional e devem servir para fazer campanha da luta pelo governo dos trabalhadores e o socialismo/comunismo.
A campanha eleitoral deve ser feita pelo partido e em nome do Partido e não dos candidatos individuais. A legislação brasileira é uma legislação antipartido e transforma cada candidato em um micro partido. Nossa campanha deve se opor radicalmente a isso, fazendo uma campanha partidária e não de candidatos (de forma totalmente contrária ao que acontece na campanha dos demais partidos em que o destaque é dado às figuras individuais que, muitas vezes, usam o partido como instrumento para alavancar suas “carreiras”). Nossa palavra de ordem é “vote e lute com o PCO” e não em tal ou tal pessoa.
Nosso objetivo central: construir a direção revolucionária da classe operária, construir o partido revolucionário