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Coletivo Rosa Luxemburgo

Mulheres discutem direitos democráticos e o Talibã

Vitória do Talibã é derrota das mulheres?

O coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo se reuniu no sábado passado (28) com as militantes do PCO e companheiras e companheiros de outras organizações políticas, juntando dezenas de pessoas, para discutir aspectos da polêmica que se construiu em torno da vitória do Talibã sobre o Imperialismo e que diz respeito  ao tratamento dado às mulheres por parte do agrupamento afegão.

No debate estiveram presentes companheiras residentes na Europa as quais conhecem mais de perto a questão dos refugiados afegãos, tendo os países de sua residência recebido alguns dos refugiados do Afeganistão devido aos últimos acontecimentos. Uma companheira da Alemanha, que trabalha com imigrantes, frisou a importância de não assumir que as mulheres afegãs seriam vítimas do talibã sem nem mesmo saber o que acontece lá de fato, o que vem sendo feito intensamente por parte dos identitários.

Uma outra companheira do coletivo também lembrou que para muitas dessas mulheres a burca já se tornou um costume do qual, mesmo durante a ocupação americana, quando deixou de ser obrigatório o uso, muitas não quiseram abrir mão. E que portanto falar em nome delas sem conhecer os seus costumes e deduzir daí que essas mulheres não estão do lado da vitória do Talibã, é para dizer o mínimo, uma falta de respeito.

Durante o debate as companheiras trouxeram dados e fatos que mostram claramente que o período no qual o exército imperialista esteve presente em território afegão a vida da população do Afeganistão não melhorou em nada, muito menos a das mulheres.

O percentual de vítimas dos bombardeios americanos, por exemplo, foram jogadas 300.000 bombas durante o período de ocupação, e 43% das vítimas eram do sexo feminino. Também foi lembrado que o índice de escolarização no país continua extremamente baixo mesmo depois de 20 anos da presença americana, com cerca de 80% da população analfabeta e com escolas que não possuem sequer estrutura física , com prédios sem paredes , muitas vezes sem estrutura física nenhuma.

Não apenas falta escolaridade no Afeganistão após a ocupação dos Estados Unidos como falta até mesmo alimentação. Cerca de 70% das crianças afegãs estão subnutridas , isso segundo dados da ong Human Rights  Watch. A grande maioria das crianças afegãs não podem estudar simplesmente porque precisam ajudar os pais no trabalho , tamanha a pobreza do país , um dos mais pobres do mundo.

A companheira Natália Pimenta concluiu o debate reforçando a denúncia contra a política identitária , denúncia essa que permeou toda a conversa. Essa política vem sendo usada no caso do Afeganistão, pelo imperialismo, para opor a luta  pela autodeterminação dos povos oprimidos aos direitos das minorias como no caso das mulheres , oposição essa que não existe. A vitória do Talibã já aponta uma mudança nos rumos da vida das mulheres afegãs tendo em vista que o agrupamento tomou o poder com apoio da população e, além disso, já deu declarações no sentido de garantir o acesso a escolaridade para as mulheres, o que eles terão realmente de fazer tendo em vista inclusive a estabilidade do governo.

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