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Não à ditadura!

Leia um balanço dos atos contra a ditadura em Causa Operária

O Partido da Causa Operária e os Comitês de Luta chamaram e diversos setores mais avançados da esquerda e da classe operária saíram às ruas, veja aqui como foram os atos do dia 31

Neste dia 31/03, o PCO, os Comitês de Luta, militantes do PT e de outras organizações de esquerda, além de ativistas independentes, saíram às ruas em mais de 30 cidades do país e do exterior contra as comemorações do golpe fascista de 1964, feitas pelo presidente ilegítimo Jair Bolsonaro e pelos comandantes das Forças Armadas.

Os atos contrários à ditadura foram muito positivos. Enquanto os atos da direita foram realizados em poucas cidades e se mostraram esvaziados, os da esquerda conseguiram agrupar o setor mais combativo dos movimentos populares, que compreenderam a importância de dar uma resposta às crescentes ameaças golpistas da extrema-direita.

Contando com o apoio de importantes figuras da esquerda, como a presidente do PT, Gleise Hoffmann, o dirigente da Frente Nacional de Luta, José Rainha, e a deputada dirigente da Apeoesp, Professora Bebel, as manifestações romperam com um longo hiato nas mobilizações populares, trazendo para a rua milhares de pessoas.

Em São Paulo aconteceu o maior ato. Centenas de manifestantes se concentraram no vão do MASP e foram em passeata até o antigo prédio do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), localizado próximo à estação da Luz, onde hoje funciona o Memorial da Resistência. No local, houve a intervenção do companheiro Rui Costa Pimenta, que participou da atividade na Capital paulista.

No Rio de Janeiro, o ato contou com grande apoio das organizações “Frente Internacionalista dos Sem Teto” (FIST) e da Casa Nem, que compareceram em peso. A manifestação teve início na Cinelândia, em frente ao clube militar, e a caminhada seguiu em direção à Estação Central do Brasil. Todos os presentes se empolgaram em poder segurar a gigantesca faixa “Fora Bolsonaro”, com 300 metros quadrados.

A manifestação de Brasília ocorreu diante da Biblioteca Nacional e contou com a presença, inclusive, de figuras da esquerda parlamentar, como a deputada Natália Bonavides. Ali, a direita teve de fugir para outro local para não se enfrentar com o ato contra a ditadura, que era muito maior

Em Salvador, a manifestação foi na Praça da Piedade e contou com importantes presenças ligadas à luta da classe operária, como lideranças da CUT, dos sindicatos dos Correios, além de Florianópolis, na Catedral Metropolitana; Belo Horizonte, na Praça da Estação; Cuiabá, na Praça Alencastro e em Rio Branco, no Parque da Maternidade. Além de cidades do exterior, como Nova Iorque, Paris, Berlim, Viena, Porto, Lisboa e Helsinki.

A Bateria Zumbi dos Palmares teve presença marcante nos atos de São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, onde embalou as palavras de ordem e levantou o moral dos presentes, com ritmos tipicamente brasileiros. A bateria é um importante fator de agitação política nos atos, que além de induzir os manifestantes a gritarem as palavras de ordem, também os ajuda a cantar hinos do samba e da música popular brasileira. Além disso, é um importante agregador de pessoas, já que atrai a participação de diversos companheiros.

Em todos os lugares, os atos contaram com grande apoio popular. Por onde passavam, os manifestantes eram aplaudidos e recebidos com gritos de aprovação. As palavras de ordem dos atos, como “Abaixo a ditadura!”, “Fim da Polícia Militar”, “Fora Bolsonaro”, “Lula presidente!” e “Vacina para todos” encontraram grande receptividade entre a população.

Todos os fatos mostram o acerto da decisão do Partido da Causa Operária e dos Comitês de Luta de se manifestarem para se oporem à direita golpista nesta data que nos remete a um dos momentos mais infames da história do país. O chamado para tomar as ruas pode não ter sido apoiado pelas direções da esquerda em geral, que permanecem paralisadas e acovardadas diante das ameaças golpistas do governo e dos militares, mas ele certamente teve grande efeito nas suas bases, especialmente nos seus setores mais avançados, que compreenderam a urgência da situação e não hesitaram em se juntar aos militantes do PCO e dos Comitês nestes atos, que foram extremamente bem sucedidos.

Nesse sentido, a esquerda revolucionária procura apontar o caminho e qual deve ser o curso de ação para enfrentar o avanço da ditadura no regime já anti-democrático que já vivemos. E o caminho certamente não é pedir ao STF para encarcerar ilegalmente um deputado que defende o AI5 em seus discursos. O caminho é enfrentar a direita nas ruas procurando canalizar a revolta do povo em demonstrações como as ocorridas no dia 31. Não se deve aceitar, nem por um segundo, que os defensores do fascismo saiam às ruas para comemorar um dos momentos mais macabros da história recente do Brasil.

É preciso abandonar de imediato a política do “Fica em casa”, que já configura quase um escárnio com a classe operária, que está todos os dias nos transportes coletivos lotados e nos locais de trabalho precários e sem proteção. É o momento de sair às ruas para protestar contra o genocídio do povo e contra a ditadura que a burguesia procura impor sobre a população do país, à revelia de sua vontade.

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