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Atos do dia 7 de setembro

Fascismo se enfrenta nas ruas

Fascismo se enfrenta nas ruas

No dia 07 de setembro mais uma vez em todo o Brasil a esquerda saiu às ruas pelo fora Bolsonaro, e mais uma vez o PCO e o bloco vermelho foram um importante destaque em todas os atos que participaram. Neste 6º ato da campanha nacional unificada o grande diferencial foram os atos convocados pelo presidente fascista em seu apoio também por todo o Brasil, com destaque para Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, estes atos da extrema direita foram para o partido um sinal de alerta de que era necessário mobilizar ainda mais, contudo para um grande setor da esquerda eles serviram como mais um fator de desmobilização, um erro perigosíssimo que pode ter graves consequências para a classe trabalhadora.

Fotos de Fabricio Sousa / Ag. Enquadrar

Bloco Vermelho encantou manifestação na Cidade Maravilhosa

No Rio de Janeiro o ato aconteceu no tradicional ponto do Grito dos Excluídos na Rua Uruguaiana esquina com a Avenida Presidente Vargas, o boicote realizado por amplos setores da esquerda aconteceu, contudo foi menor do que o ocorrido no ato do dia 18 de agosto, assim a manifestação quase dobrou em tamanho e continuou ganhando um aspecto mais combativo. A concentração se iniciou às 9h da manhã com a tenda do partido em conjunto com a grande bandeira de 3x10m e o ensaio da Bateria Zumbi dos Palmares, onde no entorno se concentraram os companheiros do Bloco Vermelho.

Logo no início da passeata foi aberta a faixa de 55m de fora Bolsonaro em foi acionado o carro de som com as falas do companheiro Henrique Simonard da direção nacional do PCO e também dos companheiros do Comitê Fora Bolsonaro Rio Centro Zona Sul. O desfile cativou os manifestantes do entorno que se aglomeraram no bloco vermelho ao som da bateria que fez um gigantesco sucesso. A chegada na Praça Mauá contou com o microfone aberto com discurso de companheiros da AJR e do PT como André Constatine.

Os companheiros da FIST, Frente Internacionalista dos Sem Teto, já haviam sugerido a continuidade do ato para Central do Brasil, o que foi aceito pelo PCO, contudo o mesmo não pode ser dito acerca das forças de repressão. Logo após o anúncio do trajeto no carro de som a polícia militar ameaçou multar o motorista e chegou a tentar impedir a ida do ato sem carro de som até a Central. Eles não esperavam pelo ímpeto dos manifestantes que já se dirijam a seu novo destino antes mesmo da polícia terminar de reprimir o motorista. A passeata terminou em alegria, despistando a repressão, o Bloco Vermelho dirigiu a Central do Brasil sem o carro de som, apenas ao soar dos batuques e do cântico das palavras de ordem. O ato terminou no maior terminal ferroviário da cidade com um coro unificado da Internacional Comunista.

PCO furou boicote generalizado aos atos no sul do país

Em Florianópolis o boicote aos atos vem sendo gigantesco desde o princípio, um dos motivos foi o cancelamento da manifestação do dia 19 de junho devido ao risco de chuva. Desta vez tentaram usar o mesmo argumento, contudo a realidade é que como em todo o Brasil um grande setor da esquerda se acovardou frente às manifestações da extrema direita saindo das ruas, ou seja, fazendo o exato oposto do que a situação política exige. O ato desta vez por pouco não foi cancelado, os militantes do partido já estavam no local da manifestação se preparando quando receberam uma ligação dos companheiros do PT perguntando se a posição deles também era do cancelamento, visto que era a de todo o resto da esquerda. Ao receberem a notícia de que não só o PCO iria como já estava nas ruas, estes companheiros que sempre marcham ao nosso lado soltaram uma nota reafirmando a convocação para a manifestação.

No fim o ato foi bem pequeno com cerca de 500 pessoas mas com uma grande participação do PCO, do Bloco Vermelho e com destaque para a bateria Zumbi dos Palmares. Nas demais capitais do sul do país os acontecimentos foram semelhantes, em Porto Alegre o local do ato foi mudado no próprio dia devido a chuva com a participação de 1000 pessoas aproximadamente. Já em Curitiba o ato teve um tamanho semelhante com o destaque para mais uma calúnia do PCdoB que acusou o partido de agredir uma de suas militantes, a mesma armação que já havia sido feita em Florianópolis e no Rio de Janeiro. Em ambas estas cidades a participação do PCO foi proeminente visto que o partido foi quase o único setor a mobilizar as manifestações.

Recife, Pernambuco. Foto: Reprodução

Da Bahia ao Ceará o PCO tomou a frente dos atos

Em Salvador o PCO estreou mais uma faixa de 50m Fora Bolsonaro, a primeira do nordeste, em conjunto a Bateria Zumbi dos Palmares o Bloco Vermelho foi o grande destaque da manifestação da capital baiana tomando a frente do ato de forma espontânea em conjunto com os companheiros da CUT com quem temos uma relação cada vez maior. O ato contou com cerca de 10 mil pessoas se aproximando dos atos dos meses anteriores que chegaram ao marco dos 15 mil. A presença do partido foi tão forte no ato que diversos setores da esquerda até evitaram divulgar o ato em si pois era impossível não notar a participação do partido, ao contrário dos primeiros atos também tivemos o direito a fala no carro de som principal. Outro ponto relevante é que foram levados companheiros de Aracaju para essa manifestação, o que assentou as bases para um trabalho partidário no estado. Nesta capital a mobilização do PCO foi crucial para que o ato dos bolsonaristas não ofuscasse a manifestação da esquerda, que teve um tamanho semelhante, como aconteceu no sul do país onde o boicote foi ainda maior e uma parcela da burguesia local já aderiu ao bolsonarismo.

Em Recife, a participação do Bloco Vermelho e da Bateria Zumbi dos Palmares foi um grande destaque na manifestação, ela ocorreu pela manhã na Praça do Derby voltando ao tradicional local de mobilização da esquerda em uma área central próxima a diversas sedes do sindicato e a própria sede da CUT. Os companheiros da capital pernambucana depois se dirigiram a João Pessoa para fortalecer o ato do estado vizinho. Neste a esquerda havia convocado uma mobilização para um bairro afastado e rico pela manhã em que houve a participação do PCO. Mas os militantes do partido não aceitaram o boicote aberto sem uma luta, convocaram também outro ato para o horário da tarde na Lagoa, no centro da cidade. A bateria provinda do Recife causou um grande impacto junto ao grupo musical Xumbrega de Rabeca. A imprensa burguesa apareceu para tentar desmoralizar o ato mas acabou propagando a política revolucionária do PCO em suas redes, visto que todas as outras organizações boicotaram o ato da tarde.

Brasilia, DF. Foto: Reprodução

DF: Em meio a horda de bolsonaristas o PCO não se acovardou

O ato na capital do país aconteceu em meio a uma das maiores mobilizações bolsonaristas com dezenas de caravanas chegando à cidade e os hotéis próximos ao local do ato lotados, sendo assim havia um grande fluxo de fascistas nas proximidades, mesmo assim o partido não se acovardou. O Bloco Vermelho foi o maior de toda a manifestação sendo o único que levou caravanas das periferias de Ceilândia e Jardim ABC, contudo devido ao grande boicote da esquerda que por pouco não cancelou o ato estiveram presentes cerca de 1500 pessoas. Quase todos os manifestantes estavam muito dispostos a seguir na luta, foram de vermelho e defendia o ex-presidente Lula, algo muito oposto a posição covarde das direções, apenas o PCO levou faixas, bandeiras e montou sua tenda.

Os ataques ao partido por parte da esquerda pequeno burguesa também aconteceram, o bloco vermelho mais uma vez incomodou demais. Os representantes do partido e de sua juventude foram colocados como últimos a falar e depois censurados pela própria esquerda que encerrou o ato de forma brusca proibindo nossas falas, houve até ameaças de agressão física. Após o entrevero, o ato rachou em duas plenárias, uma com a esquerda pequeno burguesa caluniando o PCO e tentando mais uma vez expulsar o partido das mobilizações e outra do bloco vermelho focado em organizar e ampliar as próximas mobilizações.

Algo que precisa ser comentado é que apesar da demagogia feita acerca dos povos indígenas pela esquerda pequeno burguesa foi feita também forte campanha de desmobilização no acampamento muito próximo ao ato dos indígenas que lutam contra a ditadura do STF e dos latifundiários. Ao invés de unificar o ato convocando os acampados, o que mais que dobraria o tamanho da mobilização essas organizações foram amedrontar os indígenas alegando que os bolsonaristas os agrediram tentando impor a sua política da “coragem de ser covarde”, que em todas as ocasiões levou o fascismo ao poder.

Araraquara, São Paulo. Foto: Reprodução

Contra frente fascista Doria-Bolsonaro PCO tomou as ruas

Na capital de São Paulo aconteceu o principal ato da esquerda, após as investidas fascistas do governador João Dória do PSDB que entregou a Av Paulista para os Bolsonarismo, tentou proibir o ato da esquerda e depois ameaçou de realizar uma ampla repressão aos manifestantes o ato ocorreu no Vale do Anhangabaú com cerca de 15 mil pessoas. Apesar de recuar, não houve revista em massa nem probição de mastros e bateria como havia sido ameaçado, o PSDB não permitiu que o ato acontecesse sem nenhuma intervenção da polícia. A prefeitura impediu o acesso ao local do ato com a justificativa de que este agora é um espaço privado e também impediu a entrada de mais de um carro de som, ou seja, impediu que o partido tivesse a presença de seu próprio carro.

O ato não foi pequeno contudo poderia ter sido muito maior caso houvesse uma convocação real da esquerda, os blocos do sindicatos estavam extremamente pequenos, com exceção da APEOESP, também houve uma pequena participação das torcidas organizadas, mas só com alguns representantes, sem a ampla mobilização das bases. Mais uma vez o grande destaque foi o Bloco Vermelho do PCO e dos Comitês de Luta que levou dezenas de instrumentos, faixas e também o balão do partido. A maior Bateria Zumbi dos Palmares do país foi um enorme destaque no ato e agitou todos os companheiros do entorno ao ecoar as palavras de ordem mais combativas, em especial o Fora Doria.

A própria imprensa burguesa destacou que dentre todas as falas das organizações a do companheiro Antônio Carlos, que foi o representante do partido a falar, foi a única que atacou o PSDB e a Polícia Militar e também a única que citou a importância de Lula na atual situação política, o conclamando a participar das próximas manifestações. A grande atuação do partido em São Paulo com a política acertada é extremamente popular, o que dessa vez foi reconhecido, de forma tímida é claro, pela própria imprensa golpista. Toda uma luta foi travada antes do dia do ato por sua convocação e contra a repressão fascista de Doria que teve seus frutos colhidos com a maior manifestação do país, que apesar de pequena em relação a dos fascistas na Av. Paulista foi de primeira importância para deixar a chama das mobilizações, que irão derrotar a extrema direita, acesa.

Belo Horizonte, MG. Foto: Reprodução

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