Universidade de Férias do PCO é a mais longeva atividade regular de formação da esquerda brasileira. Integrada ao Acampamento da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), o curso é realizado semestralmente há mais de 20 anos, trazendo aos participantes a oportunidade de aprofundamento tanto nos fundamentos da doutrina marxista quanto numa análise política da história e do presente – conhecimento consolidado nos mais de 40 anos de militância da Causa Operária e de seus quadros, como o presidente do Partido, Rui Costa Pimenta.
Além disso, a atividade sempre é realizada a preços acessíveis em hotéis com várias opções de lazer e de convívio com outros participantes, com capacidade de acomodação de toda a família e diversão para as crianças. Num ambiente de camaradagem, os participantes têm a oportunidade de realizar diversas tarefas coletivas – como o preparo das refeições.
30ª jul.2012 – O ano revolucionário de 1922 no Brasil |
31ª jan.2013 – O partido revolucionário: seu conteúdo de classe, seu programa, sua organização |
32ª jul.2013 – Revolução e contrarrevolução |
33ª jan.2014 – O capital de Marx |
34ª jun.2014 – Lênin: a vida, a doutrina, a obra do artífice da maior revolução que o mundo já conheceu |
35ª jan.2015 – Leon Trotski: vida e obra |
36ª jul.2015 – A Revolução Russa: análise da principal experiência revolucionária |
37ª jan.2016 – O que foi o stalinismo |
38ª jul.2016 – Fascismo e frentes populares |
39ª jan.2017 – O programa para a Revolução Socialista nos dias de hoje |
40ª jul.2017 – Revolução Russa: 100 anos, 1917-2017 |
41ª jan.2018 – A crise histórica do capitalismo: do surgimento do imperialismo ao neoliberalismo |
42ª jul.2018 – Brasil: da crise da ditadura militar ao golpe de 2016 |
O tema da 43ª Universidade de Férias
Baseado na leitura trotskista do tema, a 43ª Universidade de Férias, que será realizada de 12 a 26 janeiro de 2019, tratará do Fascismo: o que é? Como combatê-lo?.
Hoje usa-se fascismo como se fosse um adjetivo qualquer. Há 25 anos, o advogado norte-americano Mike Godwin, experiente em debates na internet postulou o que viria a ser conhecida como Lei de Godwin, segundo a qual “À medida que uma discussão online se alonga, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou os nazistas tende a 100%”. Tal uso “vulgar” dos termos “fascista” ou “nazista” acabou por esvaziá-lo de conteúdo. A própria extrema direita passou a formular a absurda e paradoxal teoria de que “o fascismo é de esquerda”, já que o partido nazista alemão continha em sua sigla a palavra socialista.
Por definição, porém, o fascismo é um movimento de direita, criado por Benito Mussolini na Itália entre as guerras, consistindo na ação coletiva baseada em valores míticos ou irracionais – a superioridade racial, a afirmação nacional etc. – que fundamentalmente exclui e elimina grupos e indivíduos diferentes, e que frequentemente leva à tomada de poder por um “líder supremo” ou ditador que comanda tal ação.
Do ponto de vista da luta de classes, a criação de movimentos de natureza fascista é fomentada por setores da burguesia em momentos de crise, quando se faz necessário esmagar as lideranças e movimentos populares de modo a estabelecer um regime de força. O mecanismo preferencial é a cooptação inicial da pequena burguesia, que funciona como correia de transmissão para a arregimentação de setores inferiores do próprio proletariado. Se a pequena-burguesia é atraída pela promessa direta de cargos e favores, bem como pela irracionalidade de natureza moral – como a “luta contra a corrupção”, a “luta contra o crime” etc. –, o lumpen-proletariado é atraído pela promessa de salvação naquela coletividade excludente.
Mais que uma questão semântica, porém, com a crise das democracias burguesas – que acompanha a crise geral do capitalismo –, o mundo vem presenciando nos últimos anos uma nova ascensão da extrema-direita e consequentemente do fascismo. No Brasil, o problema tornou-se real a partir da manifestações “apartidárias” de junho de 2013, com a criação de grupos fascistas diretamente financiados pelo imperialismo, como o Movimento Brasil Livre (MBL), o Revoltados Online ou o Vem pra Rua. Tais grupos passaram a agir de modo sistemático no combate à esquerda nas ruas e na imprensa. Comemoraram o cinquentenário do golpe militar em março de 2014, juntaram-se à imprensa golpista nos coxinhatos contra a reeleição de Dilma Rousseff e, em 2015, no movimento que levaria ao impeachment fraudulento da presidente. Após o impeachment, passaram a atacar fisicamente as atividades populares, como no caso das invasões fascistas às ocupações das universidades e escolas em todo o Brasil contra a Emenda Constitucional do novo Regime Fiscal.
Como não poderia deixar de ser, a “velha guarda” do fascismo brasileiro também voltou a levantar a cabeça junto a esses movimentos. Ex-militares de classe média passaram a se articular mais definitivamente pedindo o retorno da Ditadura Militar. O então deputado federal Jair Bolsonaro, um tosco capitão do exército tornado em pseudo-celebridade política acabou ganhando os holofotes ao dedicar seu voto em favor do impeachment ao “coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o terror de Dilma Rousseff” – um dos mais cruéis torturadores do anos 60 e 70.
Em tempos de golpe, surpreendentemente Bolsonaro tornou-se um “mito”, vindo a ser eleito Presidente da República num processo eleitoral fraudulento, calcado na prisão do ex-presidente Lula, na perseguição aos movimentos e partidos populares, na supressão da campanha política e finalmente na descarada manipulação dos resultados eleitorais, com a eleição mais direitista do Brasil. Com a ascensão de Bolsonaro e demais golpistas de extrema-direita, cada vez mais o fascismo das ruas corre o risco de se transformar em fascismo de estado, reprimindo, perseguindo, prendendo, torturando e assassinando seus opositores políticos.
Como caracterizar esse movimento e como dar combate a ele? É possível derrotar o fascismo nas instituições ou através do voto? Essas e outras questões serão discutidas na 43ª Universidade de Férias do PCO! Venha estudar conosco!
Procure o PCO e inscreva-se já:
(11) 96388-6198 (Vivo)
(11) 97077-2322 (Claro)
(11) 93143-4534 (Oi)