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Eleição 2022

Edson Dorta é o pré-candidato do PCO ao governo de São Paulo

Companheiro é trabalhador dos Correios, já tendo participado do movimento estudantil na PUC-Campinas

Daqui há pouco menos que três meses, ocorrerá o primeiro turno das eleições gerais de 2022. O pleito, que promete ser o mais polarizado em décadas, está marcado por uma série de escândalos anteriores ao seu acontecimento que ainda darão muito o que falar. É o caso, por exemplo, dos ataques do Supremo Tribunal Federal ao Partido da Causa Operária, que, após despacho do fascista de toga Alexandre de Moraes, teve todas as suas contas nas redes sociais derrubadas.

Ou seja, serão eleições marcadas por ataques ferrenhos às liberdades democráticas rumo a um regime verdadeiramente ditatorial. Afinal, o PCO é um partido legalizado que tem a sua imprensa digital censurada meses antes das eleições presidenciais no Brasil por parte do Estado burguês. Autoritarismo às claras.

Ao mesmo tempo em que cresce essa tensão, a burguesia, apoiada sobre o STF, procura emplacar a chamada Terceira Via que, no momento, tem como sua principal representante a emedebista Simone Tebet. O principal veículo para tal se dá pela imprensa burguesa que, detentora do monopólio da comunicação no País, leva adiante uma campanha massiva em prol de Tebet e, para tentar fabricar uma oposição, contra Bolsonaro. Isso sem contar na propaganda contra Lula que já engatinha com “notícias” de que o ex-presidente estaria ligado com o PCC, teria abusado mulheres etc.

No fim, um verdadeiro circo que só ficará completamente claro com o passar do tempo e o desenvolver da situação.

É preciso usar as eleições como tribuna de luta

Neste ano, como declarado com muita antecedência, o Partido da Causa Operária dará seu total apoio à candidatura de Lula, tanto por ser o único candidato que verdadeiramente representa o povo, quanto pela compreensão de que a principal luta deve ser contra o imperialismo. Este, há mais de uma década, articula um golpe no Brasil que culminou com a prisão de Lula e a eleição de Bolsonaro. Logo, o apoio está mais do que justificado e se mostra cada vez mais como a política revolucionária a ser seguida neste período.

Dentro disso, o PCO lançará centenas de candidaturas em todo o País para os demais cargos: deputados estaduais e federais, senadores e governadores. Todavia, assim como sempre o fez, o Partido utilizará tais candidaturas como verdadeiras tribunas para propagandear e divulgar a luta contra o golpe. Principalmente, a luta pela liberdade de expressão, que já toma local central de toda a mobilização política nesse próximo período.

Para tal, o Partido contará com candidatos verdadeiramente atrelados ao povo e à militância comunista em todos os estados do País. Será uma intensa mobilização que vai utilizar do espaço das eleições, instituição ainda muito presente na vida da classe operária brasileira, para levar adiante reivindicações profundamente revolucionárias aos trabalhadores.

Edson Dorta, pré-candidato do PCO ao governo de São Paulo

Em São Paulo, o principal estado de todo o Brasil, Edson Dorta foi o escolhido pela militância do PCO para representar o programa do Partido na disputa por Governador.

Com exclusividade ao Diário Causa Operária, Edson conta um pouco de sua história:

“Sou militante do Partido da Causa Operária desde 98. Participei do movimento estudantil da PUC-Campinas, depois fui diretor do Sindicato dos Correios da cidade de Campinas e região. Fui diretor da Fentect, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares de 2012 até meados de 2015.”

Além disso, Dorta conta um pouco sobre sua participação anterior nas eleições como candidato do Partido.

“Já fui candidato do PCO para Deputado Federal, para Prefeito em Campinas, para Vice-Presidente da República em 2010 e, agora, estou me candidatando ao cargo de governador do estado de São Paulo”, coloca Edson.

Sobre o papel de um comunista nas eleições dentro do regime burguês, Edson explica que toda a campanha eleitoral do PCO gira em torno da mobilização dos trabalhadores:

“Vamos utilizar as eleições como um palanque do Partido no sentido de mostrar para a população que as suas reivindicações só vão ser atingidas através de sua própria mobilização. Elas nunca foram atingidas pelas eleições ou por qualquer candidato que seja”.

Para justificar tal afirmação, Edson explica um pouco do funcionamento do estado burguês no que diz respeito ao seu caráter antipopular, colocando que “a estrutura do Estado burguês é uma estrutura em que os órgãos de controle do Estado, os órgãos que têm poder de executar, legislar etc., estão sobre o controle da burguesia. É preciso que a mobilização popular force o estado a conceder os direitos que os trabalhadores necessitam […] Nesse sentido, a gente participa das eleições para levantar as reivindicações dos trabalhadores e chamar os trabalhadores a lutarem por essas reivindicações através de sua mobilização”.

O programa do Partido para as eleições

Em sua declaração, Edson reforçou o programa do Partido da Causa Operária, destacando alguns pontos que terão local especial na mobilização do Partido nessas eleições. Foi o caso da redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais sem redução salarial, que, segundo Dorta, “visa proporcionar uma possibilidade de ter mais emprego diante dessa questão do desemprego nacional”.

Ademais, o candidato destaca “a questão da luta contra as privatizações das empresas estatais e reestatização das empresas que foram privatizadas, ou seja, roubadas do próprio povo. Porque essas empresas promovem a riqueza geral da população no sentido do seu próprio serviço, como também no sentido da sua contribuição na própria evolução das  questões sociais no Brasil”. Especialmente sobre essa questão das privatizações, Edson relembrou a sua profissão como trabalhador dos correios, empresa que está na mira das privatizações.

Ainda neste ponto, Edson destacou a situação no estado em que irá concorrer:

“Em São Paulo, os governos do PSDB vem destruindo o estado através da entrega desse patrimônio do povo, que são as empresas estatais, para o capital privado. Chegaram ao ponto de privatizar praças, assim como o próprio Pacaembu”, explicou o militante.

Adiante na conversa, Edson Dorta afirmou que, assim como nos últimos anos, a campanha do Partido nas eleições se dará em torno da luta contra o golpe.

“Nós [o PCO] também utilizamos as eleições para mostrar para a população que estamos em um período, desde 2013, de um golpe de estado, no qual a burguesia nacional, junto com o imperialismo, principalmente o americano, implementou um golpe, retirando o governo do PT, eleito legitimamente pelo povo, para colocar governos que são verdadeiros fantoches dos interesses dos grandes capitalistas internacionais. Para isso, eles precisam fazer uma política de rapinagem aqui no País: retirada dos direitos trabalhistas, expropriação das riquezas nacionais etc.

Então, a nossa campanha também vai servir para denunciar esse golpe e muito mais já que, agora, o PCO está sofrendo uma perseguição do próprio Estado golpista através do ministro Alexandre de Moraes, que ganhou o cargo no STF após a tomada do poder pelo golpista Michel Temer”, afirmou Edson.

Sobre a questão dos ataques que o Partido vem sofrendo, que ameaçam colocar a legenda na ilegalidade, Dorta ressaltou a gravidade da situação:

“Eles estão querendo calar a voz do PCO, estão querendo colocar na ilegalidade o Partido porque o PCO vem denunciando justamente que o STF é um dos pilares do golpe que se originou em 2016 e vem se desenvolvendo no País. Este golpe pode, inclusive, ter um novo desdobramento nas eleições de 2022.”

Acompanhe entrevistas exclusivas com demais candidatos do Partido da Causa Operária neste Diário. Fique ligado!

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