A perseguição contra o PCO
A campanha eleitoral de 2022 começou oficialmente no dia 16 de agosto e, passadas quase três semanas desde então, o Partido da Causa Operária (PCO) ainda não recebeu até o momento os recursos do fundo eleitoral a que tinha direito.
O Ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quem cumpria julgar o requerimento da liberação do fundo, bloqueou a destinação dos recursos ao PCO sob o argumento da não prestação das contas eleitorais de 2016.
Ocorre que essa compreensão das coisas não encontra qualquer respaldo legal. O próprio Ministério Público Eleitoral (MPE), manifestando-se nos autos do processo, destacou a inexistência de qualquer impedimento legal ao recebimento do fundo. O PCO, por exemplo, recebeu normalmente sua quota do fundo em 2018 e 2020.
O PCO encontra-se numa posição, no mínimo, peculiar: é o único partido político que não recebeu o dinheiro do fundo eleitoral.
O partido está sendo perseguido pelo Judiciário desde o mês de junho quando teve todas as suas contas de redes sociais bloqueadas a mando do ministro Alexandre de Moraes. Agora o magistrado está impedindo o Partido de utilizar o seu fundo eleitoral na tentativa de sabotar sua campanha eleitoral.
Campanha financeira: uma resposta militante à perseguição
O partido, prontamente, deu uma resposta à medida arbitrária do Judiciário golpista. Recorreu ao método que cabe tradicional e historicamente aos partidos operários e revolucionários: apoiou-se na sua própria organização, nas suas próprias forças, isto é, no conjunto da sua militância e de seus apoiadores.
Lançou uma campanha financeira e fez um chamado às suas bases para que contribuíssem e lutassem contra a censura à campanha eleitoral do partido. Dito e feito. As bases do partido responderam ao chamado e aderiram à luta do partido. A campanha financeira está longe de estar concluída e deve continuar durante todo o período eleitoral (para contribuir acesse: https://doe.pco.org.br/, ou entre em contato com qualquer militante do partido), mas os seus primeiros frutos já começaram a aparecer.
Contra e apesar da vontade do TSE, o PCO já imprimiu sua primeira leva de materiais de campanha e colocou o bloco na rua.
Mutirões da campanha eleitoral em várias partes do país
Neste domingo (4), militantes e ativistas do PCO e dos Comitês de Luta saíram às ruas em praticamente todas as regiões do país para distribuir os materiais da campanha eleitoral impressos graças à campanha financeira levada a cabo.
Na região sul do país, as atividades ocorreram nas capitais dos estados. Em Porto Alegre (RS), a militância se concentrou no Parque da Redenção. Em Curitiba (PR), a atividade aconteceu no Lago da Ordem pela manhã. O mesmo aconteceu em Florianópolis (SC).
Em São Paulo-Capital, o mutirão aconteceu na tradicional Avenida Paulista, com concentração em frente ao Museu de Arte de S. Paulo (MASP).
Na cidade do Rio de Janeiro, os militantes fizeram a atividade na conhecida Feira da Glória, local de grande circulação de pessoas aos domingos.
Em Belo Horizonte (MG), os ativistas montaram sua banquinha e distribuíram os materiais na Feira Hippie.
Em Salvador, na Bahia, a atividade de panfletagem ocorreu no Engenho Velho de Brotas.
Com o desenvolvimento da campanha financeira e a consequente produção dos materiais, as atividades de rua tendem a ganhar tração. O PCO nunca esperou as eleições para ir às ruas. Na verdade, nunca saiu delas. As eleições consistem em mais uma etapa da luta política em curso ― e deixamos claro: não se trata nem da etapa mais importante. A perseguição contra o partido não barrará o seu avanço. Estas eleições assim mostrarão.
