Nesta sexta-feira, 10 de setembro, Rui Costa Pimenta participou de mais um Café da Manhã no DCM com Leandro Fortes. O assunto principal tratado na conversa foram as manifestações do dia 7 de setembro e o resultado dos atos para a política nacional. Além disso, o presidente do PCO falou também sobre a participação de parte da esquerda nas manifestações da direita no dia 12.
Rui começou a conversa falando sobre os atos bolsonaristas e sobre a diferença entre a opinião principal da mídia. Para ele, o objetivo de Bolsonaro nunca foi dar um golpe, mas sim demonstrar a força e o apoio que ainda têm. Diante disso, a força demonstrada por ele foi considerável, já que os atos da extrema direita foram bastante grandes.”O ato de São Paulo foi o maior da série que tivemos até agora, desde 2016. O ato ia desde a consolação até o Shopping Paulista, é um ato muito grande. Quer dizer, Bolsonaro deu uma grande demonstração de força”.
Após as manifestações, entretanto, o presidente soltou uma nota se defendendo e afirmando que nunca atacou os poderes. Segundo Rui, esta nota tem relação com a greve dos caminhoneiros, visto que estamos em uma situação de enorme instabilidade política, e essa greve poderia piorar consideravelmente a situação de Bolsonaro. “Esta greve está sendo apontada por todo mundo sendo uma greve Bolsonarista, mas isso seria impossível. O que está acontecendo é que os caminhoneiros estão muito insatisfeitos pelo preço do diesel, é o efeito da crise econômica”, completou Rui.
“Os bolsonaristas estavam com a ilusão de que eles irão colocar 125 mil pessoas, que eu não sei se eles esperavam um sucesso tão grande, e a imprensa iria falar que tinham cinco milhões”
Rui Costa Pimenta
A última greve de caminhoneiros que ocorreu conseguiu causar um enorme desabastecimento do país em cinco dias, no entanto diante da crise que estamos vivendo uma greve agora poderia causar o mesmo estrago é bem menos tempo. Se isso acontecesse não seria um cenário favorável nem para a extrema direita nem para a direita tradicional, por causa disso eles precisavam diminuir o calor dos motoristas para que isso não escapasse totalmente de controle.
Outro problema possível a partir da greve dos caminhoneiros seria a facilidade de outros setores seguirem o exemplo e também paralisassem, da forma como os trabalhadores estão totalmente precarizados seria um pequeno passo para que outras empresas também entrassem em greve.
Diante de tamanha demonstração de força de Bolsonaro, os atos da esquerda não tiveram a mesma magnitude. De acordo com rui e com as várias denúncias feitas pelo PCO, a própria esquerda vem boicotando seus atos, desta vez foi criada uma enorme campanha do medo para que as pessoas não saíssem às ruas, com a desculpa de que haveriam vários confrontos entre os atos. este é o momento da esquerda se rearticular e começar a levar as manifestações a sério. É necessário aproveitar o recuo de Bolsonaro para colocarmos o povo na rua para recuperarmos o espaço perdido.
Entretanto, parte da esquerda está confirmando presença nos atos do MBL supostamente pelo impeachment de Bolsonaro. A farsa destes atos se escancara, pois no dia 8 de setembro o PSDB se reuniu para discuti-lo e a maioria do partido foi contra, além de estarem utilizando o mesmo slogan da mídia golpista: “nem Bolsonaro, nem Lula”. Diante disso fica claro a intenção de utilizarem os atos do dia 12 como uma campanha política para a terceira via, a mesma que apoia as medidas tomadas pelo presidente na câmara. “A expectativa é de que eles chamem o ato e sejam apoiados pela Veja, pelo Estadão, pela Folha, pela Globo e outros. Entretanto, a mídia irá mostrar os atos como uma vitória da direita”, afirmou Rui.
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