O comunismo sempre teve como uma de suas principais tarefas a luta contra as calúnias, os ataques vis, as mentiras, as falsificações e as acusações grotescas da burguesia. E não poderia ser diferente: o comunismo é a doutrina das condições de libertação do proletariado, é o programa de um movimento poderoso, que irá, inevitavelmente, colocar o capitalismo abaixo.
Há, no entanto, um episódio sombrio na história do movimento operário que alimenta a campanha da burguesia contra o comunismo. A política da burocracia que comandou a União Soviética durante cinco décadas, conhecida como stalinismo, é chamada pelos setores mais ignorantes e reacionários da intelectualidade de “comunismo”. E, como o stalinismo é a antítese do comunismo, a confusão entre stalinismo e “comunismo” serve apenas de propaganda contra a verdadeira tradição marxista.
O comunismo é uma etapa superior da sociedade, a superação completa do capitalismo e a abolição das classes sociais. Só pode ser concebido, portanto, por meio de uma revolução mundial. O stalinismo, por sua vez, é um fenômeno soviético, localizado, resultado de condições muito específicas. Os comunistas são aqueles que dedicam a sua vida à luta pelo comunismo. Compreendem que o comunismo não é uma forma de engenharia social, mas sim que, a cada momento, a luta de classes exigirá dos comunistas uma posição que dirija os trabalhadores para uma posição mais avançada. Os stalinistas, por outro lado, consideram que o comunismo é a União Soviética, e que, por isso, a tarefa maior dos comunistas seria a de proteger os interesses de sua burocracia, independentemente dos interesses da classe operária mundial.
Chamar a União Soviética de “comunismo” não foi, no entanto, uma mera jogada de propaganda dos stalinistas. Dizer que haviam estabelecido o comunismo era uma espécie de licença para levar adiante uma política criminosa. A burocracia stalinista tomou de assalto o Estado Operário russo, conquistado após a revolução mais espetacular da história moderna, e o manipulou de todas as maneiras para impedir a revolução mundial.
Apenas para manter os seus privilégios, a burocracia soviética sabotou a revolução na Alemanha, afogou em sangue a revolução na China, impediu a revolução na Inglaterra e traiu a revolução na Grécia, entre tantos outros estragos. Liquidou toda uma geração de revolucionários na Rússia, inclusive a maior expressão da Revolução Russa de 1917 após Vladimir Lênin, o ucraniano Leon Trótski.
Nenhuma propaganda da burguesia contra o comunismo é tão forte como os feitos de Josef Stálin. Afinal, os crimes de Stálin, que não cabem em um único livro, são reais. Embora haja distorções por parte da extrema-direita, é fato que Stálin conseguiu fazer o que Adolf Hitler não fez: matou milhares e milhares dos mais importantes quadros revolucionários do planeta.
Não é de se espantar, diante disso tudo, que pessoas progressistas, envolvidas com a classe operária, não se declarem comunistas. Tendo Stálin como modelo, o comunismo não parece algo pelo que se valha a pena lutar.
Para limpar o terreno e separar o joio do trigo, demonstrando o que é o comunismo e o que foi a barbárie stalinista, o Partido da Causa Operária está, desde janeiro, oferecendo o mais completo curso da história sobre o stalinismo. O curso, que é inteiramente online, podendo ser assistido em qualquer lugar do mundo, já concluiu a sua primeira parte. A segunda, no entanto, ainda está acontecendo. “O que foi o stalinismo — parte 2”, que trata da Segunda Guerra Mundial até a queda do Muro de Berlim, já está em sua sétima aula, trazendo, como sempre, um conteúdo exclusivo, analisado sob a ótica do marxismo.
Todas as aulas da primeira parte foram ministradas por Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO e militante trotskista há mais de 40 anos. As aulas da segunda parte também estão sendo lecionadas pelo companheiro Rui.
Se você ainda não se inscreveu, ainda há tempo! Todas as aulas ministradas encontram-se disponíveis na plataforma da Universidade Marxista. Além de servir para transmitir o curso ao vivo, que tem aulas terças e quintas-feiras às 19h, a Universidade Marxista conta ainda com um grande acervo de obras raras e importantes na Biblioteca Socialista, bem como um amplo repertório de verbetes na Enciclopédia Marxista para consulta ilimitada.
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