Em entrevista com a Kotter TV, Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária, analisa os destaques da semana e comenta as vésperas do 7 de setembro, os atos bolsonarista.
Em sua fala, Rui comenta os erros da esquerda pequeno-burguesa, que se mostra esperançosa com os ministros da Suprema Corte, a CPI da Covid-19; optando por não demonstrarem a força que a tem, sendo um fator constante de regresso as manifestações, pois ao invés de convocarem os atos de maneira seria, levantarem fundos e não insistissem na realização de uma frente com os movimentos políticos diametralmente opostos, deixaram desperdiçar, desde dos atos de maio, o poder de mobilização, que colocaria realmente pressão direta nas instituições para uma movimentação real, ainda que esfaceladas pelo golpe, e no Bolsonaro.
“A esquerda tem se limitado a apoiar as medidas do STF contra Bolsonaro, medidas estas de caráter persecutório […] A esquerda ficou no limbo ao ficar a reboque do STF, o STF não tem o que opor ao Bolsonaro, tomando medidas puramente de aparência […] falta de determinação ao fazer as coisas, a esquerda não sabe se ela apoia a direita tradicional contra o Bolsonaro, se ela luta contra o Bolsonaro com seus próprios recursos, não tem uma concepção clara”
Rui demonstra que há um conflito entre setores da burguesia, emplacando um embate entre a direita abertamente fascistas e a direita “nem tão fascista assim”, o que gera a articulação do campo bolsonarista, que deu uma grande demonstração de força, e um setor da burguesia que tenta se sustentar em um candidato artificial, João Doria, candidato declarado do PSDB, apoiado pela Globo e demais campos da burguesia que veem seus interesses prejudicados com a barbárie bolsonarista.
“O outro setor da burguesia que seria bolsonarista, esta buscando uma alternativa viável para 2022 […] a burguesia se organiza em certo sentido, apesar de não ter forças para enfrentar o Bolsonaro, está articulando a candidatura do Doria [..] o PSDB não coloca esse pessoal na rua do mesmo tanto que o Bolsonaro, mesmo com muito dinheiro, eles não tem esse poder de fogo”
Em outro comentário, a seguir de uma partir de considerações sobre o 18 de Brumário de Luís Bonaparte, Rui coloca que o fracasso entre os membros da direita “democrática”, pois após o golpe de 2016, perderam espaço para o bolsonarismo, que emergiu devido ao vácuo de poder que se instaurou depois da derrubada de um governo legitimo, os partidos burgueses que não conseguiram sustentar com as próprias pernas, cederam lugar a uma força maior, o fascismo, emergindo da manipulação midiática, de movimentos financiados pelo imperialismo e as fraudes judicias dos processos contra o ex-presidente Lula.
“O fracasso da burguesia, da burguesia dita democrática, a direita tradicional, o fracasso deles já se mostrou no golpe, conseguiram derrubar o governo do PT, mas logo na sequencia, se afundaram totalmente e tiveram que votar no Bolsonaro, um grande fiasco, e penso que ate agora não conseguiram se restaurar totalmente”