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Análise Política na TV 247

Rui Costa Pimenta analisa a situação das manifestações do dia 7/9

Rui Costa analisa a situação mundial do imperialismo, após a derrota no Afeganistão, e fala sobre as manifestações do 7 de Setembro

Nessa terça-feira, 24 de agosto, Rui Costa Pimenta participou de mais uma análise política no canal TV 247, entrevistado por Leonardo Attuch. O assunto da conversa girou mais uma vez em torno da vitória do talibã contra o imperialismo norte-americano e as suas consequências para o mundo. Além disso, o presidente do PCO falou sobre as manifestações do dia 7 de setembro e do risco do início de um golpe bolsonarista.

Logo no início da conversa, Rui foi questionado sobre a situação após o final da guerra no Afeganistão. Para ele, o novo governo do talibã, pelo que tudo indica, já se encontra estabilizado no poder, entretanto, o imperialismo sofreu um grande golpe com a derrota, o que mostra as manchetes dos principais jornais estadunidenses chamando o ocorrido de fracasso do governo Biden. Diante disso, o governo atual está passando por um dos seus piores momentos e a sua equipe de política internacional está sendo colocada em xeque pelos opositores. “O que aconteceu no Afeganistão mostrou que a ocupação imperialista já estava podre, mas eles queriam sair de uma maneira que isso não se revelasse. No entanto, a maneira como o Bden efetuou a retirada expôs a fraqueza do imperialismo, e isso é um fato político de grande magnitude”, completou Rui.

O ocorrido no Afeganistão mudou o quadro da situação política mundial, a partir de agora os EUA terão maiores dificuldades de entrar em um conflito com a China e tão pouco enfrentar a Rússia. Ambos os países caminham para reconhecer o governo do Talibã e, daqui em diante, saem fortalecidos com o fracasso dos EUA. Segundo Rui: “A derrota dos americanos abre uma perspectiva muito positiva para o mundo todo, vai facilitar a vida de muita gente. A situação está dada, a derrota escancarou a fraqueza dos Estados Unidos”.

Para a América Latina, a situação decadente do imperialismo é muito vantajosa, governos que se apoiam nos Estados Unidos para se manter no poder, como a Colômbia, terão de repensar sua situação interna, além de fortalecer países como a Venezuela contra os imperialistas. “Essa ideologia vai se espalhar pelo mundo todo com uma sensação de desconfiança (no imperialismo), mas também virão efeitos objetivos, poderemos ter uma nova crise econômica, além de outras crises políticas, dentro e fora dos Estados Unidos”, completou Rui.

Sobre as manifestações do dia 7 de setembro, o presidente do PCO apontou o risco do aumento nos atos bolsonaristas em todo o país. Segundo ele, Bolsonaro está travando uma guerra contra o STF, entretanto o poder judiciário de Brasília apresenta uma força muito menor do que a extrema-direita. Por causa disso, os setores de oposição estão perdidos diante das manifestações e não sabem como barrar a investida. Outro fator importante é o extremo apoio que o presidente tem dentro das polícias militares e civis, desta forma, toda essa crise se encaixou muito bem para Bolsonaro fazer sua primeira manifestação de força, não com uma simples passeata, mas com pessoas que no Brasil inteiro carregam armas”, completou Rui.

Para cessar essa investida da extrema direita seria necessário cada vez mais a mobilização da população trabalhadora para sair às ruas, todavia até mesmo alguns setores da esquerda vem desmobilizando o povo e sabotando suas próprias manifestações. desta forma os bolsonaristas irão todos à rua enquanto a esquerda não conseguiu, ao menos, marcar os lugares de seus atos.

“Nós estamos tirando uma nota exigindo que os atos sejam marcados e que se convoque à coordenação. O que vai acontecer é que o Bolsonaro irá tomar conta das ruas sozinho, com os policiais armados.” 

Rui Costa Pimenta

A esquerda precisa se organizar para a próxima manifestação, os dirigentes, principalmente do PT e da CUT, precisam se reunir e começar uma convocação popular seria. Caso isso não aconteça, o risco de um golpe político, baseado nas forças policiais, se torna cada vez mais próximo e a força de Bolsonaro cada vez maior. Mesmo sem muito apoio da mídia golpista, Bolsonaro ainda conta com certo apoio da direita, em São Paulo, por exemplo, a polícia militar cedeu a Av. Paulista para os bolsonaristas, deixando as manifestações de esquerda de lado. Não podemos deixar o controle da situação nas vias jurídicas, a maior força da esquerda é o povo, e é com ele que nós temos que vencer essa investida de Bolsonaro.

Assista mais em:

https://www.youtube.com/watch?v=IgEJzvH_lWw&t=2860s

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