Encerrado o primeiro turno das eleições nacionais de 2022, um primeiro e rápido balanço da atividade política do Partido da Causa Operária indica o seu desenvolvimento diante de uma campanha cheia de desafios e sabotagens.
Um balanço detalhado vai ser elaborado pela direção partidário e debatido na 33a. Conferência Nacional do PCO, que se realiza nos próximos dia 8 e 9 de outubro, em São Paulo.
Sob fogo cerrado
Antes mesmo das eleições o Partido da Causa Operária sofreu um ataque vindo do Judiciário, através do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que o incluiu no inquérito das “Fake News” e cassou, baniu as redes sociais ligadas ao partido, incluindo o canal no YouTube, Causa Operária TV (COTV), com mais de 112 mil inscritos.
Não bastasse isso, o mesmo Alexandre de Moraes, como presidente do TSE, decidiu bloquear o acesso ao fundo eleitoral, recurso financeiro que os partidos políticos têm direito para fazer campanha. Mesmo sem base legal, e com parecer contrário do Ministério Público Eleitoral, os recursos do Fundo Eleitoral do PCO, a menor cota de todos os partidos, foi liberado com 20 dias de atraso – de uma campanha de apenas 45 dias – o que causou enormes prejuízos à campanha.
5 milhões de panfletos
Sem se render, o PCO saiu às ruas, com uma combativa campanha por Lula presidente e por suas candidaturas, em mais de 20 estados, publicou e distribuiu cerca 5 milhões de panfletos, além de jornais, adesivos, “santinhos”, fez reuniões, comícios, percorreu bairros populares, grandes centros urbanos, foi às fábricas e universidades, realizando esta que foi a maior participação eleitoral desde a sua fundação, tendo lançado 150 candidatos e realizado uma intensa atividade em quase todos os Estados do País.
Tudo isso amparado em uma ampla mobilização da militância partidária, incluindo simpatizantes e colaboradores de todo o País e do exterior.
O resultado foi um expressivo crescimento político e organizativo do Partido, ainda que isso seja refletido em termos de votos, em muitos lugares, em um processo eleitoral profundamente antidemocrático como é o brasileiro.
Em eleições marcadas pela fraude e manipulação grotesca, o êxito de uma campanha baseada num programa e numa política de verdadeira transformação social mede-se no envolvimento, na aproximação das pessoas, no apoio nas ruas e nas redes.
Esse crescimento se intensifica desde quando o partido se destacou na luta contra o golpe de Estado de 2016 que derrubou o governo de Dilma Rousseff, do PT, e em defesa da liberdade de Lula e de sua candidatura.
Nestas eleições foi visível para milhões de pessoas o papel destacado da campanha do PCO em favor de Lula, por um governo dos trabalhadores e na defesa de reivindicações imediatas e centrais do povo explorado: como a defesa da reposição de 100% das perdas salariais, da redução da jornada de trabalho para o máximo de 35 horas semanais; a dissolução da PM, o direito do armamento de toda a população, a luta contra as privatizações e a defesa dos direitos democráticos do povo, contra a crescente violação das liberado democráticas, dentre outras.
Como parte dessa luta, várias candidaturas socialistas do PCO tiveram amplo destaque na luta pelas reivindicações de setores mais diversos da população explorada, além da classe trabalhadora, as mulheres, os negros, a juventude, os indígenas, os sem terra, sem teto etc.
Alguns resultados do PCO nas eleições 2022
Estado |
Governo |
Senado |
RS |
* |
* |
SC |
829 votos |
* |
PR |
2.096 votos |
3.402 votos |
SP |
5.305 votos |
13.280 votos |
RJ |
1.844 votos |
1.198 votos |
MG |
2.012 votos |
3.229 votos |
DF |
373 votos |
613 votos |
GO |
258 votos |
* |
MS |
2.892 votos |
(sem candidato) |
BA |
826 votos |
1.549 votos |
PE |
* |
666 votos |
PI |
1.924 votos |
1.730 votos |
AP |
634 votos |
(sem candidato) |
TO |
384 votos |
(sem candidato) |
Fechamos esta edição nas primeiras horas após a divulgação dos resultados. Uma análise mais detalhada de todo o processo será feita nas próximas edições deste Diário.