Passada a 32ª Conferência Nacional do PCO, em defesa das liberdades democráticas, que aconteceu no último fim de semana em São Paulo o Partido já prepara seus próximos passos. A conferência foi convocada a toque de caixa após o ataque do STF ao PCO, que determinou o fechamento de todas as suas redes sociais, à exceção do YouTube, em que o canal da COTV, com mais de 110 mil inscritos foi derrubado de maneira totalmente ilegal. Não só isso como o presidente do Partido, Rui Costa Pimenta, foi intimado a depor na PF e está dentro do processo do inquérito das “fake news”. O próximo passo da luta é organizar o 11º Congresso Nacional do PCO, nos dias 28, 29, 30 e 31 de julho.
O Congresso Nacional reunirá toda a militância do Partido, filiados e simpatizantes observadores na capital paulista e já estava convocado desde muito antes da crise com o STF. O Congresso não só definirá a nova direção do PCO como também discutirá a questão das eleições de 2022, inclusive as candidaturas do Partido, além da política geral, com a campanha contra a ditadura do STF. Será um grande evento que ainda contará com uma grande manifestação nas ruas da capital operária do Brasil, São Paulo. O Congresso assentará todo o ganho político e organizativo do Partido desde 2018, quando houve o 10º Congresso Nacional.
Desde o início do processo golpista, que se iniciou em 2016, o PCO tem ganhado um destaque cada vez maior na política nacional. Nas mobilizações contra o impeachment em 2015 e 2016, na luta contra a prisão de Lula em 2017 e depois na luta por sua liberdade a partir de 2018, ano este também da campanha história por Lula ou nada nas eleições. Foi na esteira dessas campanhas, que mesmo sem a vitória foram um marco na luta política do país que aconteceu o 10º Congresso Nacional do PCO. Mas nos últimos 4 anos, a luta se tornou ainda mais intensa e o papel do Partido de destaque ainda maior.
No próprio ano de 2018, o PCO lançou a campanha pelo fora Bolsonaro, sozinho em toda a esquerda e a levou para as ruas por um ano e meio até que a totalidade da esquerda seguisse o Partido na defesa da derrubada do governo golpista. Não só isso como durante todo o ano de 2019 o Partido liderou a campanha nacional pela liberdade de Lula, essa sim vitoriosa, após três importantíssimos atos em Curitiba o ex presidente Lula, preso a mando do imperialismo pela operação lava jato por 580 dias, foi libertado pela força do movimento operário organizado.
No ano de 2020 o Partido foi o primeiro a sair nas ruas mesmo com a pandemia de covid-19 com um extenso programa para evitar genocídio da classe trabalhadora brasileira. Estatização da saúde e dos laboratórios, pesquisa nacional para a criação de uma vacina e quebra das patentes de todas as vacinas produzidas, dentre muitas outras. Ao mesmo tempo se formava uma política de frente ampla protagonizada por Guilherme Boulos que foi a principal força a sabotar os atos de rua que se iniciaram em maio.
O PCO seguiu incólume durante todo o ano, inclusive no processo eleitoral, neste mais uma vez as manobras de Boulos contra o PT foram denunciadas pelo Partido, que realizou uma campanha nacional em defesa de Lula, já nas eleições de 2020. A culminação de toda a luta durante a pandemia foi o Dia Internacional da Luta dos Trabalhadores, o histórico 1º de Maio de 2021. Neste dia o ato nacional convocado pelo Partido da Causa Operária quebrou a política do fique em casa, apoiada por toda a esquerda nacional, e iniciou uma jornada de 7 meses de mobilizações de rua.
O PCO participou de todas as manifestações, organizou o Bloco Vermelho em defesa de Lula presidente, lutando contra a 3ª via, que tentava se infiltrar nas manifestações de rua. Os verde amarelos, organizados pelo PSDB, por meio da força do bloco vermelho fora escorraçados que ao fim do ano eram completamente vermelhos e tinham a esmagadora maioria apoiando o ex presidente Lula. Mesmo com a sabotagem, que desmarcou o ato de 15 de novembro, o PCO seguiu organizando a Plenária do Bloco Vermelho em novembro e um ato nacional em defesa de Lula presidente, em dezembro.
Durante esse ano o PCO também realizou uma pesquisa das relações da esquerda nacional com o imperialismo e descobriu o escândalo Boulos-Warde. O psolista que havia sabotado as manifestações contra o golpe desde 2015 trabalha no mesmo instituto, o IREE, que os golpistas que derrubaram Dilma. O chefe da polícia federal, Leandro Daiello, o ministro da justiça, Jungmann, e o chefe do Gabinete de Segurança Insitucional general Etchegoyen. Não só isso como instituto é financiado pelo NED, uma fachada da CIA, teve envolvimentos com o juiz da lava jato, Sergio Moro. A ação do PCO em 2021 foi crucial para o enterro da 3ª via, que tentava levantar a cabeça.
Em 2022 o Partido foi o único a sair em defesa incondicional da Rússia em sua guerra contra o imperialismo na Ucrânia, realizando atos de rua e posteriormente enviando dois correspondentes a Rússia e ao próprio Donbas. O PCO teve uma função importantíssima para quebrar o monopólio da imprensa burguesa que iniciou uma guerra de propaganda em defesa da OTAN e de seu regime fantoche na Ucrânia. A campanha em defesa da Rússia foi uma das mais bem recebidas na história do Partido e ganhou frutos na própria esquerda internacional.
Por fim o PCO realizou desde a prisão do deputado Daniel Silveira, em fevereiro de 2021, o PCO lançou sua campanha em defesa dos direitos democráticos contra as investidas ditatoriais do STF e do judiciário como um todo. O Partido manteve a mesma posição, denunciando as arbitrariedades do tribunal até o dia 2 de junho, em que o ministro Alexandre de Moraes, ordenou o bloqueio de todas as redes sociais do PCO e intimou o seu presidente, Rui Costa Pimenta. Após o inicio da perseguição o Partido a nossa mais importante campanha se tornou a campanha pela dissolução do STF e pela eleição dos juízes além de defender o fim do crime de opinião, instaurado no Brasil pelo próprio STF.
É na esteira de todos esses acontecimentos, que o PCO convoca o seu 11º Congresso Nacional. O Partido está nos holofotes da imprensa burguesa, está sendo atacado diretamente por um dos 3 poderes do Estado burguês, o mais ditatorial por excelência, é respeitado pelas bases da esquerda e também pelos setores nacionalistas e anti-imperialista e também está passando por um processo de rápido crescimento. É o momento de organizar o maior congresso da história do PCO. Seguindo as palavras de Lênin: “em sua luta pelo poder a classe operária não tem nada além de sua organização”.
