O Partido da Causa Operária, o PCO, convocou, sua 32ª Conferência Nacional. O tema da discussão será único: O ataque do STF contra as liberdades democráticas. Em especial, os ataques contra o Partido, que teve pedido de bloqueio de todas as redes sociais de forma ilegal e ditatorial por Alexandre de Moraes.
A conferência ocorrerá nos dias 18 e 19 de junho em São Paulo, militantes e filiados de todo o Brasil organizarão caravanas para comparecer a esse ato político em favor da liberdade de expressão e da garantia dos direitos democráticos de nossa população.
Na última quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou o bloqueio de todas as redes sociais de nosso Partido. Trata-se do fechamento de nossos meios de comunicação, uma tentativa de calar a voz dos trabalhadores por meio da censura ao PCO.
A cruzada do STF contra os direitos democráticos chegou a um nível mais elevado. Tentam censurar um Partido político legal por discordar das ações de um tribunal, por considerar que seu flagrante abuso de poder é um golpe contra o regime democrático. Por defender a democracia, estamos sendo acusados de atentar contra ela.
Moraes incluiu o Partido no inquérito das “Fake News”, onde têm sido investigados comunicadores e militantes que agem em favor do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro. Presidente esse que só ocupa o cargo graças a esse próprio órgão ditatorial, que impediu o ex-presidente Lula de concorrer nas eleições através de sua prisão ilegal.
O ministro, que não foi eleito, mas possui mais poder que qualquer político escolhido pelo voto popular, acusa o PCO de atentar contra o Estado Democrático de Direito, acusação lançada inicialmente contra a extrema-direita.
O caso mais significante do ataque do STF aos bolsonaristas, foi o do deputado Daniel Silveira, um direitista em grande medida inofensivo, um peixe pequeno se comparado a elementos como o minístro Paulo Guedes, que atenta contra o patrimônio público na tentativa de agradar a burguesia para a campanha eleitoral.
O próprio Bolsonaro fala e age de maneira bem pior que o deputado e continua impune, pois precisa estar disponível caso o fracasso da terceira via de fato aconteça, candidatura essa para a qual Alexandre de Moraes de fato trabalha.
Dois fascistas em favor da burguesia e do imperialismo, um deles eleito artificialmente e o outro, mais poderoso, nem isso. Bolsonaro quer ser o ditador, mas Moraes de fato é.
Quanto as chamadas fake news, podemos considerar na verdade que se tratam apenas de opiniões divergentes da imaculada corte dos supremos juízes federais e informações duvidosas divulgadas pelos bolsonaristas em grupos de whatsapp e redes sociais, conteúdo inclusive muito mais inofensivo do que as mentiras e opiniões tendenciosas sistematicamente veiculadas pela grande imprensa golpista. Essa sim considerada como a verdadeira porta-voz da verdade absoluta. Um cinismo completo.
Não se trata apenas da censura, porém algo muito mais grave: a determinação do fechamento da imprensa digital do PCO por um único juiz golpista.
A situação piora, pois no referido inquérito, há a determinação de que a Polícia Federal proceda com uma investigação sobre o camarada Rui Costa Pimenta, nosso principal dirigente. Dessa maneira, a possibilidade de prisão do companheiro durante a própria audiência é algo que pode se concretizar. Algo que configura uma clara ação de perseguição e intimidação de nosso partido.
O caráter arbitrário da ação é obvio: após fechar a imprensa do partido, a Polícia pode ainda prender nosso presidente. É uma ação de repressão do Estado brasileiro contra nosso partido e militância.
Durante um longo período alertamos toda a esquerda dos riscos da omissão diante dos abusos deste tribunal. Estamos a quatro meses das eleições mais importantes da história política desse pais, em meio à organização de uma candidatura dos banqueiros, através da chamada terceira via, o STF se vira para a esquerda e desfere um golpe contra o PCO. Podemos ser os primeiros desta nova onda de ataques contra a esquerda, mas não seremos os últimos.
Diante de tamanha gravidade, devemos contra-atacar rapidamente. Para organizar a ofensiva contra o autoritarismo ditatorial de uma corte de juízes autoritários e ilegítimos liderada por Alexandre de Moraes, devemos colocar nossa campanha nas ruas e reagir imediatamente.
A conferência a ser realizada não se trata apenas de uma simples reunião, mas sim um ato político de extrema importância para a situação atual do país.
Como partido, sempre fomos contra a figura do poder não-eleito. Podemos agora perceber os problemas causados pelo excesso de poder em poucas mãos.
O ministro Alexandre de Moraes quer ditar o debate político de acordo com seus próprios interesses, mesmo que ele não tenha tido um único voto. Ele não responde a ninguém senão a própria classe capitalista e ao imperialismo, principalmente o norte-americano.
É preciso exigir o fim do Supremo Tribunal Federal, como Poder que define e pode modificar a Constituição. É preciso exigir eleições diretas para o Judiciário! Pelo fim do STF!
