Nesta terça-feira (17), 16 horas, Rui Costa Pimenta, presidente do PCO-Partido da Causa Operária, fez mais uma aguardada Análise Política na TV 247.
O começo do programa foi permeado por uma avaliação da atual situação na Ucrânia. Rui falou sobre a guerra e os desdobramentos da situação militar quanto aos avanços do exército russo sobre o território ucraniano. “Os russos estão ocupando todo um vasto território do leste da Ucrânia, desalojando as milícias nazistas”, disse acrescentando que a única resistência se deu por parte dessas milícias, o que demonstra que o exército da Ucrânia está totalmente controlado pela extrema-direita.
A seguir ele comentou que o imperialismo sofreu um golpe muito duro com a ação russa na Ucrânia, o que teria provocado uma erosão do controle imperialista a nível global. “Já estamos vendo em escala internacional um esfacelamento da autoridade do imperialismo mundialmente”, analisou, opinando ainda que tal evento pode provocar uma escalada do conflito militar, uma vez que esse bloco se vê obrigado a agir com mais dureza para tentar retomar o controle da situação.
Rui Costa Pimenta falou também a respeito da intenção de entrada na OTAN manifestada pela Finlândia e Suécia. Quanto a isso, afirmou que os dois Estados pertencem a um grupo de países europeus em grande medida colonizados pelos Estados Unidos desde a Segunda Guerra Mundial. “Esses países são totalmente dominados pelos serviços de informação norte–americanos”, disse.
A seguir Rui abordou e analisou as questões mais importantes da situação política nacional e as eleições. Quanto à terceira via, Rui acredita que ainda estão tentando montar a alternativa desse setor político, mas o problema chave seria o posicionamento da burguesia empresarial que está em vias de se deslocar massivamente para o lado de Bolsonaro. “A terceira via está a ponto de se esgotar completamente”, afirmou.
A respeito ainda da terceira via, Rui foi questionado sobre Ciro Gomes e quais seriam as possibilidades dele se tornar o candidato dessa alternativa política. “Ele não conta com a confiança da burguesia para ser presidente na atual situação. Eles devem achar que ele é uma pessoa muito pouco definida, alguém cheio de ambiguidades”, pontuou. Além disso, num contexto mais amplo, Rui acrescentou que a burguesia procura eliminar todo tipo de participação popular no regime político.
Quanto à campanha eleitoral, Rui externou grande preocupação quanto à ausência de mobilização popular em apoio a candidatura Lula. Ele considera que Lula depende do povo, visto que não há apoio real em nenhum outro setor da burguesia, mesmo com a imposição de Alckmin como vice. A esse respeito Rui deixa entrever que a falta de mobilização coloca em risco a eleição de Lula frente a Bolsonaro, o que seria uma verdadeira tragédia para o país.
Ainda sobre essa situação, Rui pondera que não está havendo um chamado ou apoio às mobilizações populares para a campanha de Lula porque os recursos estão sendo direcionados unicamente para as candidaturas individuais à deputado, senador e governador. Diante dessa situação, Rui avalia que só haverá alguma mobilização popular pela eleição de Lula caso esta venha de baixo, ou seja, partindo do próprio povo.
Rui Costa Pimenta teceu também comentários a respeito do panorama geral das eleições, a qual, a seu ver, estaria se desdobrando como uma eleição do povo contra a burguesia. Nesse sentido afirmou que “Toda a burguesia está trabalhando contra o Lula, o país tá polarizado. E a polarização é o povo, os trabalhadores e tudo o mais contra os capitalistas nacionais e estrangeiros, o imperialismo e a extrema-direita”.
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