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Cafe da Manhã

Na DCM TV: Rui denuncia o golpe de BolsoDoria no 7 de setembro

Rui Costa Pimenta fala mais uma vez sobre o risco para a esquerda nas eleições de 2022, e faz um chamado para que a esquerda saia às ruas no dia 7 de setembro

Nesta sexta-feira, 27 de agosto, Rui Costa Pimenta participou de mais um café da manhã no DCM com Leandro Fortes. A pauta da conversa girou em torno, mais uma vez, da situação política do Brasil para o dia 7 de setembro e a situação da esquerda para o ano de 2022. Além disso, Rui apresentou também uma análise sobre a situação do imperialismo após o ataque do Estado Islâmico ao aeroporto de Cabul.

Logo ao início da conversa o entrevistador Leandro Fortes questionou Rui sobre a possibilidade de um golpe de Bolsonaro no dia 7 de setembro. Para o presidente do PCO a possibilidade de um golpe imediato é baixa, entretanto as forças bolsonaristas estão se mobilizando e a manifestação da extrema direita irá contar com um amplo apoio do setor armado da sociedade, como as polícias militares. “O que houve foi uma queda de braço, Bolsonaro ameaça para aliviar a pressão que ele está sofrendo, e na minha opinião ele se saiu bem da situação. A burguesia não tem uma bala na agulha para enfrentar ele, tanto que os atos públicos foram caracterizados como atos golpistas e não aconteceu nada”, afirma Rui.

O objetivo de todo esse movimento contra Bolsonaro é de diminuir a sua votação no ano que vem, já que o setor que se opõe ao presidente não tem força para eliminá-lo da eleição. Desta forma, eles estão tentando levar a eleição para um ângulo mais favorável a eles, mais uma vez apoiando o projeto da 3ª via. A proibição das manifestações da esquerda em São Paulo é prova disso, e mostra um acordo entre os dois setores da direita, confirmando que o principal inimigo da burguesia não é Bolsonaro, mas sim Lula. “A eleição tem um padrão de que primeiro o Lula não pode ganhar, esta é a primeira questão. Já tem armado um esquema para impedir a vitória do Lula. A segunda questão é ver se eles conseguem lançar um candidato alternativo ao Bolsonaro que parece muito difícil, mas não é tão incomum assim, já que, em várias eleições a burguesia conseguiu fazer com que fosse vitorioso um candidato com muito pouco voto”, completou Rui.

Sobre a situação do Afeganistão, o presidente do PCO afirmou mais uma vez, baseado na análise da imprensa burguesa internacional, que a derrota do imperialismo representa um desastre incalculável para o imperialismo. A principal discussão apresentada é a recuperação da imagem militar dos EUA, e o ataque do ISIS no aeroporto de Cabul aprofunda ainda mais a crise, visto que mesmo com o acordo fechado com o talibã os Estados Unidos não estão conseguindo tirar seus apoiadores do país. Segundo Rui: “Biden tem que latir grosso, mas a pergunta é se ele vai conseguir fazer alguma coisa. Na minha visão a única escapatória seria eles procurarem o talibã e pedir para que eles controlem esse problema, que seria apenas para salvar sua imagem”. Diante disso a possibilidade de novos bombardeios americanos na região se torna possível, entretanto uma nova invasão após esta derrota é muito difícil.

No Brasil, entretanto, a situação é vista por um ângulo distinto, é o único país em que até a esquerda vê a derrota do imperialismo como algo negativo, o que é um mal sinal, mostrando que estamos sendo influenciados de forma agressiva pela ideologia imperialista. É impressionante como a esquerda brasileira não consegue admitir a vitória do Talibã, e muito menos entender a situação de um país invadido pelos norte-americanos. Nos últimos vinte anos o êxodo do país foi de 2,6 milhões de pessoas, o que prova mais uma vez a insatisfação de um povo que tem seu país tomado por um império. 

A mesma coisa aconteceu na época de Saddam Hussein, quando a imprensa imperialista apresentou o governante como um diabo encarnado na terra. Na realidade, o Iraque, na época, era um dos países mais industrializados da região, possuindo uma indústria nacional, era também o país com melhor serviço social do Oriente Médio, além de ser um dos governos que mais respeitava a diversidade ideológica, pois era o único que apoiava monetariamente todas as igrejas da região. Diante disso, fica claro que a propaganda era um movimento ideológico e criminoso, “era um regime político que tinha vários pontos positivos. Era uma ditadura, porque no Oriente Médio não tem democracia, mas não era uma ditadura como eles pintavam”, completou Rui.

Sobre as manifestações do dia 7 de setembro, é de enorme importância que a esquerda saia às ruas, caso contrário a falta de um ato representaria em um suicídio político. Nós não podemos deixar que este dia seja marcado por enormes atos bolsonaristas e que não haja um contraponto. “O que eu tenho falado é que, enquanto a esquerda fica sonhando com a eleição, sem fazer nada de concreto, o Bolsonaro está fazendo uma intensa propaganda no interior dos corpos armados que existem no Brasil, em primeiro lugar na PM, mas também na GCM e principalmente nas bases das forças armadas, será a primeira manifestação com uma movimentação explícita da Polícia Militar, o que significa como um passo muito importante para ele e está passando despercebido. No processo de constituição de um golpe fascista no país, esse é um passo fundamental”, completou Rui.

Assista:

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