─ Sputnik News, Victor Ternovosky ─ A batalha crucial entre as aspirações hegemônicas dos EUA e seus aliados e a esperança de um mundo multipolar. É o que está sendo decidido atualmente na Europa Oriental, cenário da operação militar especial russa contra a expansão da OTAN. É apoiado pelos jornalistas brasileiros Eduardo Vasco e Rafael Dantas.
Diante de um “apagão de informação” sem precedentes no Ocidente visando a desconhecer a verdade sobre o conflito na Ucrânia, ambos os comunicadores viajaram para a Rússia e visitaram Donbass para transmitir os acontecimentos em primeira pessoa para o jornal Causa Operária, do partido político do mesmo nome do gigante latino-americano.
Uma comissão de serviço que começou no passado mês de abril e serviu para recolher “material exclusivo” que nada deixa à narrativa da ‘imprensa’ dominante, tanto sobre as causas que obrigaram a Rússia a intervir na Ucrânia, como sobre o que se passa no terreno de combate, entre outros depoimentos colhidos por jornalistas.
Durante sua viagem, eles estiveram em várias cidades devastadas pelo regime de Kyiv, que abandonou os sobreviventes de suas atrocidades à sua sorte, ou seja, sem água, eletricidade ou gás, onde a ajuda vem única e exclusivamente das autoridades de Donetsk e Lugansk. Repúblicas Populares, assim como a Rússia, que faz envios humanitários “todos os dias”.
“Mas a ONU, a Cruz Vermelha não enviam nada para essas pessoas que estão em grande necessidade. Onde estão as organizações internacionais que afirmam defender os direitos humanos?”, perguntaram os jornalistas, denunciando também o silêncio internacional diante das práticas terroristas de as forças ucranianas, como barricar-se em hospitais, jardins de infância, escolas e outras infra-estruturas civis, e usar crianças, mulheres e idosos “como escudos humanos”.
“Eles estão atacando a população civil e pudemos ver isso muito claramente”, enfatizaram.
Segundo os comunicadores, os combatentes que resistem à Ucrânia “são verdadeiros antifascistas”.
Verificaram que “não há lugar no mundo onde haja tantos soldados, tantos voluntários com espírito antifascista e antiimperialista”. Um espírito que se fez sentir não só em Donbas, mas também na Rússia, cujo povo está muito “consciente da importância” da operação militar especial numa Ucrânia que se tornou “uma ferramenta nas mãos do imperialismo” dos EUA e dos seus vassalos dentro da estratégia de eliminar bolsões de resistência à sua hegemonia.
“Se podemos dizer que há um povo que quer a paz neste mundo, é o povo russo”, enfatizaram os jornalistas, insistindo que Moscou não teve escolha a não ser se defender contra o avanço da OTAN e a implantação do nazismo em suas fronteiras.
Por fim, ambos os comunicadores concordaram que a luta que a Rússia está liderando é por um mundo multipolar, onde todos aqueles que desejam uma ordem internacional justa e equitativa devem apoiá-la.
“Nós podemos ser os próximos”, sentenciaram, referindo-se à situação atual deste conflito para a América Latina.
