Nesta terça-feira, 31 de agosto, Rui Costa Pimenta apresentou mais uma análise política no canal Tv 247, juntamente com Leonardo Attuch. A pauta do programa foi principalmente as manifestações do dia 7 de setembro e a situação para as eleições de 2022. Além disso, o presidente do PCO também comentou a situação internacional diante da derrota do imperialismo no Afeganistão.
Já de inicio, Rui Costa apresentou a situação do império norte americano após a saída humilhante de suas tropas, segundo ele a avaliação padrão dos comentaristas internacionais, e principalmente dos porta-vozes do imperialismo, é de que os Estados unidos estão diante de uma catástrofe imensurável, “primeiro que a derrota na guerra em si já é muito negativa, a maneira como a retirada foi feita revelou uma incapacidade do Biden de executar suas ações de maneira estratégica, para o prestígio militar do imperialismo, e segundo que a vitória do talibã é uma inspiração para todos os jihadistas, ou seja, todos os movimentos que estão lutando contra o imperialismo no mundo inteiro”, completou Rui.
A situação do governo Biden diante de todo este combate ao imperialismo não é nada boa, uma grande maioria dos canais de comunicação dos EUA estão o condenando ferozmente diante da derrota. Para o presidente do PCO a possibilidade de que o governo caia não pode ser descartada, principalmente levando em conta, que parte dos que se levantaram contra o governo são democratas.
Sobre as manifestações do dia 7 de setembro, Rui Costa denunciou o apoio de João Doria às manifestações da extrema direita: “Primeiro ele e a PM entregaram a Av. Paulista para os bolsonaristas, sem qualquer acordo ou direito deles assumirem no dia sete, e depois ele tentou proibir o ato convocado para o Anhangabaú, duas ações contra a esquerda e a favor do Bolsonaro, quem supostamente ele combateria”. Entretanto, tudo indica que uma parte da esquerda está acordando para o risco de liberar a rua para um desfile da extrema esquerda, a maioria entendeu que não é possível ficar fora das ruas no momento em que os bolsonaristas estão fazendo uma gigantesca manifestação de força. “Eu acho que o ato da esquerda vai ser grande, mas não vai ser maior do que o de Bolsonaro. É muito importante sair às ruas, isso tem que ficar claro.
Segundo Rui, a chance de confrontos entres os manifestantes da esquerda e os bolsonaristas é bem baixa, porque ambos serão muito grandes e não contarão apenas com militantes, mas também com grupos familiares que saíram às ruas. No entanto, quanto mais pessoas comparecerem aos atos de esquerda menor a chance de um confronto entre os manifestantes.
A ideia de que o Lula estaria se organizando para ir às ruas no dia 7 de setembro foi cogitada na conversa, para Rui o PT deveria avaliar o quão grande os atos serão e, caso a mobilização seja boa, a presença do ex-presidente será uma grande triunfo para os atos da esquerda. Entretanto, caso Lula realmente compareça ao Anhangabaú, isso já deveria ter sido comunicado ao povo, Lula é a personalidade política com maior força na esquerda e com sua presença os atos seriam consideravelmente maiores.
O PT, neste momento, necessita de uma política mais radical e com mais apoio popular, o cenário atual é deveras diferente do apresentado em 2022. Hoje o Lula não tem apoio de nenhum setor da burguesia e a única fonte de poder possível para ele como candidato é o povo, “se ele quer vencer a eleição ele tem que apelar bastante para o Povo. Ele precisa lutar por muita coisa do povo, reverter privatizações, restabelecer os direitos trabalhistas que foram roubados, as aposentadorias, prometer acabar com os barões da imprensa e assim por diante. O Lula precisa de um programa radical, porque a burguesia será radical com ele na eleição”, completou Rui.
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