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Uma interpretação marxista

Começou o maior curso de todos sobre a história do Brasil

"Brasil: 500 anos de história, uma interpretação marxista" é ministrado por Rui Costa Pimenta, presidente do PCO

Nesta terça-feira (15), a primeira aula do curso Brasil, 500 anos de história, foi ao ar. A aula inaugural, aberta para todos os públicos, foi transmitida ao vivo pelo YouTube, no canal da Causa Operária TV (COTV).

Nessa primeira exposição, o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária, deu uma breve introdução de como será o decorrer da Universidade Marxista, além de uma preparação teórica básica para qualquer interpretação marxista.

A proposta do curso

A principal proposta do curso Brasil, 500 anos de história, é a de apresentar uma interpretação marxista acerca da história do Brasil. Vamos utilizar o método do marxismo, o materialismo histórico, para interpretar, entender, definir e, principalmente, explicar a história nacional.

Com isso, surge a pergunta: isso já não foi feito antes? E, para a surpresa de muitos, não! Como o companheiro Rui disse, o curso será histórico também pelo fato de que é a primeira ocasião em que a história do Brasil está sendo sujeita a uma firme análise à luz do marxismo.

Decerto que existem muitos autores que se dizem marxistas e consideram suas análises como sendo provenientes do materialismo histórico. Entretanto, isso não é verdade, e o motivo está justamente no desenvolvimento da luta dos trabalhadores no Brasil, explicou Rui.

A maioria desses autores eram, ou são, do Partido Comunista Brasileiro. Não o PCB logo após a sua fundação, o PCB verdadeiramente ligado à luta dos trabalhadores brasileiros. Mas sim, o partido já em sua época de completa decadência programática, ideológica e política. São autores que foram formados no auge da crise da Terceira Internacional, com a derrota da Revolução Russa, ou seja, uma crise no movimento operário de todo o mundo.

Por isso, continua Rui, não podemos considerar suas obras como verdadeiras análises marxistas. Aqueles que representam a continuação do marxismo, os trotskistas, surgiram tardiamente no Brasil.

Para explicar essa questão, Rui nos mostrou que o movimento trotskista brasileiro teve uma vida curtíssima. Após o Levante Comunista de 1935, extremamente mal concebido e executado, houve uma completa supressão da política no País. A maioria dos trotskistas ou fugiu para outros países, ou foi para a cadeia. O regime só se recuperaria depois da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Mas, naquela altura, o PCB já estava completamente dominado pelo stalinismo e, ademais, outros agrupamentos trotskistas ficaram devendo muito em relação à primeira vanguarda no Brasil.

Rui explicou que os trotskistas entraram em uma crise muito grande na época da ditadura. Até então, houve o posadismo, uma caricatura grotesca do marxismo que, de maneira absoluta, não produziu nada significante, apesar de seus militantes aguerridos. Sem contar no PSTU, em grupos do PSOL e no Trabalho, todos movimentos caducos que também não elaboraram nada.

O sociólogo, o historiador e o revolucionário

Em meio a esse panorama extremamente árido, surgem os defensores dos professores universitários como sendo verdadeiros estandartes do marxismo. Nessa primeira aula, o companheiro Rui explicou que esse grupo não é marxista. Acima de tudo, não são militantes revolucionários. E é aí que está a verdadeira diferença.

O curso Brasil, 500 anos de história, surgiu pela elaboração dos próprios militantes do PCO, ou seja, de quadros revolucionários verdadeiramente ligados ao movimento dos trabalhadores no Brasil. Não é uma formulação ideológica qualquer, provinda da cabeça de pequeno-burgueses.

“Não vamos apresentar uma teoria eclética, uma mistura de diversos tipos de análise incompatíveis entre si, uma espécie de fórmula de alquimia intelectual. A ideia é interpretar a coisa de um ponto de vista rigorosamente marxista. Trabalhar no sentido de conseguir elaborar um ponto de vista científico da história”, disse Rui

Finalmente, explica o companheiro, um historiador é um pesquisador árduo. Não é uma pessoa de ideias, é um bibliotecário de maior porte intelectual. É um cientista que preza pela documentação da história. Por outro lado, um sociólogo é um ideólogo, necessariamente um interpretador da história que, na maioria das vezes, a interpreta com base na doutrina do imperialismo.

“As concepções históricas do Brasil estão determinadas não por historiadores, marxistas ou não. Mas sim, por pessoas que se apresentam como sociólogos”, completa Rui em mais uma evidência da absoluta necessidade do presente curso.

O problema do identitarismo

Finalmente, uma das principais propostas do curso da Universidade Marxista é a de enterrar, de uma vez por todas, os ataques venais que o identitarismo faz contra a história de nosso País. É um revisionismo que deturpa nosso passado, transformando-o em uma verdadeira aberração:

“Chegamos em um ponto que, a julgar por determinadas coisas escritas nos dias de hoje, o Brasil não teria uma história e não seria uma nação. Ele [o Brasil] seria uma espécie de atentado contra a humanidade que existiu por 500 anos”, afirmou Rui.

E mais, o identitarismo não é somente um ataque contra o Brasil, como também um ataque que vem diretamente do imperialismo contra a cultura de nosso país, em uma tentativa de subjugar a classe operária brasileira aos interesses dos capitalistas. Uma verdadeira desmoralização.

Como funcionará o resto do curso?

O curso será dividido em 4 módulos, cada um retratando um período diferente da história do Brasil. O primeiro, intitulado Os Três Primeiros Séculos, acaba de se iniciar. Em seguida, O Império Tropical, o segundo módulo. Depois, Da República ao Fascismo e, finalmente, O Brasil Contemporâneo.

Cada módulo terá, no mínimo, 30 horas de aula, resultando em 120 horas no total. Todavia, se sentirmos que determinado tema não foi bem explorado, aumentaremos o número de horas de cada aula, ou até mesmo de aulas disponíveis neste módulo.

Por fim, por padrão, cada aula terá a duração de 2 horas.

Não perca tempo, inscreva-se agora mesmo!

A primeira aula já foi, o que só significa que você tem ainda mais urgência para se inscrever no maior curso de todos sobre a história do Brasil! As inscrições ainda estão abertas, não perca tempo e acesse agora mesmo o site da universidade marxista por meio deste link.

Se precisar de mais um incentivo, segue, na íntegra, a primeira aula do curso que, com toda certeza, lhe dará um gostinho de quero mais:

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